Um caso de hipálage (figura de retórica)
Gostaria de saber que figura de retórica/tropo se encontra nesta frase:
«O castigo deveria ser pesado e ter o braço longo.»
Considero que não se trata de uma simples personificação, mas que se poderá ali encontrar uma metáfora, tendo em conta a dimensão semântica que se pretende atingir.
Obrigada pela atenção.
Quiasmo e anástrofe, novamente
Peço desculpa pelo exemplo que vou dar (retirado de uma quadra escatológica tradicional que se podia antigamente encontrar rabiscada nas paredes de qualquer quarto de banho de café da cidade do Porto), mas, de momento, não me ocorre nenhum exemplo retirado de escritas literárias mais elevadas. Reza assim a tal quadra:
«A cagar puxei um cigarro,
A cagar o acendi,
A cagar o fumei todo,
A fumar caguei para ti.»
Agora, a minha dúvida: como se chama a figura de estilo presente nos últimos dois versos da quadra, com a inversão dos verbos cagar e fumar: «a cagar fumei», «a fumar caguei»?
Muito obrigado e, mais uma vez, o meu pedido de desculpas pelo exemplo escatológico que dou. Se bem me lembro, este era um recurso estilístico comum no Padre António Vieira, mas não dispunha à mão de nenhuma colectânea das suas obras.
Recurso expressivo em «O ladrão entrou em casa, saltou-lhe o cão, bufou-lhe o gato...»
Nesta frase, «O ladrão entrou em casa, saltou-lhe o cão, bufou-lhe o gato, tropeçou no rato, caiu no chão», qual é o recurso expressivo?
Muito obrigada.
A figura de estilo na expressão «havia que ser fiel»
Qual a figura de estilo presente na expressão «havia que ser fiel» na frase «Mas tinha de ser na noite seguinte, esta já estava tomada pela Mausi, havia que ser fiel, uma verdade de palavra do Porto.»
Interpretação da frase «fingir é conhecer-me» (Fernando Pessoa)
Porque é que Fernando Pessoa (ortónimo) afirma que «fingir é conhecer-me»?
Disfemismo: «Vomita já essa história toda...»
Na frase «Vomita já essa história toda...», a expressão «vomita» pode ser considerada uma hipérbole, ou é uma metáfora?
A dupla negação em Tabacaria (Álvaro de Campos)
Após ler os vários artigos sobre o uso da «dupla negação» em português, gostava de solicitar a análise da mesma nos três primeiros versos da Tabacaria, de Álvaro de Campos («Não sou nada/Nunca serei nada/Não posso querer ser nada»).
Antecipadamente grato.
«Cimentando-as com o seu sangue»: hipérbole e metáfora
Nos versos «Os seus irmãos construindo vilas e cidades/Cimentando-as com o seu sangue», qual é a figura de estilo presente? Estou na dúvida entre metáfora ou hipérbole.
Obrigada.
Recursos expressivos: sinestesia, aliteração, assonância, elipse
Na frase «O ar estava azul, e o mar, tão morno», qual o recurso expressivo presente?
Metáfora e neologismo: «"guarda-chuva" conceptual»
Estou a redigir uma tese de doutoramento e com frequência preparo também artigos para publicação em revistas científicas da área. Muitas vezes deparo-me com uma dúvida relativamente ao uso de palavras que no contexto em questão são usadas não no seu sentido literal. Exemplo «guarda-chuva conceptual». Por hábito coloco a expressão guarda-chuva em itálico para evitar as aspas, que na escrita científica têm outra utilização muito específica. Ainda assim tenho dúvidas se o correcto seria usar o itálico ou aspas simples.
Agradeço desde já a atenção dispensada.
