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Início Respostas Consultório Tema: TLEBS
Ermelinda Soares da Silva N/D N/D, Portugal 13K

Qual a subclasse a que pertence o advérbio sim de acordo com a nova terminologia?

Patrícia Junqueira Porto, Portugal 7K

Agradecia a vossa ajuda na resolução de mais uma dúvida suscitada pela TLEBS.
No domínio da sintaxe, é declarado que as subordinadas substantivas completivas podem exercer a função sintáctica de sujeito, complemento directo, complemento preposicional de um verbo, nome e adjectivo.
Como exemplos são dadas as seguintes frases:

1. Impressionou a Maria [que o João comesse tantos bolos]. - função sintáctica de sujeito
2. O Manuel [quer [comer bolo]. - função sintáctica de complemento directo
3. A Maria [pensou [em [comer o bolo todo]]]. - função sintáctica de complemento preposicional do verbo
4. A [possibilidade [de [recorrerem da decisão]]] foi vedada aos candidatos. - função sintáctica de complemento preposicional do nome
5. Aprendemos um teorema [difícil [de [demonstrar]]]. - função sintáctica de complemento preposicional do adjectivo

Compreendo perfeitamente os exemplos, mas a designação das funções sintácticas (em particular a última), deixa-me com dúvidas.
No exemplo 3, não será suficiente a designação complemento preposicional, uma vez que este é sempre seleccionado como complemento de um verbo (de acordo com a TLEBS)?
No exemplo 4, a função sintáctica correcta não é complemento frásico do nome/complemento preposicional não frásico do nome?
E que função sintáctica é o complemento preposicional do adjectivo? Não encontro esta designação na TLEBS! Nem encontro referência a funções sintácticas seleccionadas por adjectivos. Pelo que entendo da TLEBS, há vários constituintes que seleccionam complementos ou são acompanhados de modificadores: nomes, verbos ou frases. Mas não adjectivos (estes podem apenas ser modificadores). Daí não compreender de onde surge esta nova noção.
Gostaria que me explicassem esta "nova" função sintáctica, que não surge nenhuma outra vez na TLEBS. E gostaria também que confirmassem se a frase usada no exemplo 5 é realmente uma substantiva completiva, como
referido na TLEBS, pois de acordo com a designação dada as
«substantivas completivas são introduzidas pelas conjunções
subordinativas completivas "que", "se" e "para" ou por um elemento omisso». E no subdomínio das classes de palavras, são «conjunções subordinativas completivas "que","se" e "para"». Mas esta substantiva completiva é introduzida pela preposição "de". Está correcto?
Agradeço antecipadamente a vossa atenção, pedindo desculpa pela extensão da minha dúvida.

Célia Barbosa Professora Penafiel, Portugal 3K

Na frase «Que lindo dia!», como se classifica morfologicamente o «que» nela inserido? Não encontro classificação adequada nem na terminologia utilizada até agora nem na nova terminologia (TLEBS).

Irina Ribeiro Portugal 6K

1. Tendo em conta a definição de complemeto do nome [«Constituinte do grupo nominal que se encontra à direita do núcleo (o nome) e é seleccionado por ele. O complemento do nome pode ser um grupo preposicional (frásico ou não frásico) ou um grupo adjectival.»], será que posso chamar
– Complemento preposicional não frásico do nome em vez de Complemento preposicional nome?
– Complemento preposicional frásico do nome em vez de Complemento frásico nome?

2. Na TLEBS não aparece o Complemento adjectival do nome, mas devia, não devia?
3. Na terminologia surgem os termos: modificador do nome, modificador do nome restritivo, modificador adjectival.

Mas será que posso usar os seguintes termos?:

– Modificador adjectival restritivo do nome: Função sintáctica desempenhada por um constituinte adjectival que pode ser constituído por adjectivo ou grupo adjectival. Este modificador, apesar de não ser seleccionado pelo grupo nominal que modifica, restringe (limita) a referência do núcleo (nome). Ex. [Os alunos interessados] visitaram com o museu Soares dos Reis.

– Modificador preposicional restritivo do nome: Função sintáctica desempenhada por um grupo preposicional que, apesar de não ser seleccionado pelo grupo nominal que modifica, restringe (limita) a referência do núcleo (nome). Ex. [A viagem de Braga ao Porto] foi divertida.

Patrícia Junqueira Portugal 8K

A TLEBS dá como exemplos de quantificadores indefinidos:
– «algum»/«alguns»; «bastantes»; «certo(s)»; «outro(s)»; «pouco(s)»; «tanto(s)»; «vário(s)»/«vária(s)».
Gostaria de saber se «bastante» também se considera um quantificador indefinido, uma vez que todos os exemplos dados apresentam a flexão no singular, à excepção de «bastantes». Gostaria também de saber se «nenhum», «inúmeros(as)», «diversos(as)», «centenas» e «milhares» podem ser considerados quantificadores indefinidos.
Para além disto, a consulta do dicionário gerou uma outra dúvida: é que «vário» e «vária» são classificados como adjectivos (só no plural é possível a sua classificação enquanto quantificadores indefinidos). Afinal, o que está correcto?
Agradeço antecipadamente a vossa atenção.

Sónia Junqueira Porto, Portugal 33K

Gostaria que me ajudassem a esclarecer algumas dúvidas relativamente aos conceitos de homonímia e homografia. São conceitos que nunca me suscitaram quaisquer dúvidas, mas ao ler as definições da TLEBS, fiquei confusa.
De acordo com a TLEBS, a homografia é a «propriedade semântica característica de duas unidades lexicais que possuem a mesma forma gráfica (homógrafos), formas fonéticas idênticas, mas conservando significados diferentes». O exemplo dado é:
«canto – verbo cantar, presente do indicativo, 1.ª p.s.
canto – substantivo masculino»

A homonímia é definida como a «propriedade semântica característica de duas unidades lexicais que partilham a mesma grafia e/ou a mesma pronúncia, mas que conservam significados distintos». Os exemplos dados são:

«Existe homonímia entre:
sede – vontade de beber
sede – local

Existe homonímia entre:
canto – verbo cantar, presente do indicativo, 1.ª p.s.
canto – substantivo masculino»

Julgava que as palavras homófonas se caracterizavam pelas formas fonéticas iguais, tendo, no entanto, formas gráficas e significados diferentes (ex: “conselho”/ “concelho”); e que as palavras homónimas se caracterizavam pelas formas fonéticas e gráficas iguais, mantendo significados diferentes (ex: canto/canto).

Assim sendo, consideraria “sede”/”sede” palavras homógrafas, uma vez que apresentam formas fonéticas diferentes ([ɛ] vogal semiaberta e [e] vogal semifechada) e significados diferentes e formas gráficas iguais. Além disso, não consideraria “canto”/”canto” palavras homógrafas, mas sim homónimas.

Iolanda Baptista Professora Lisboa, Portugal 8K

Relativamente aos advérbios e à nova terminologia, gostaria de saber qual a subclasse de «muito», em, por exemplo «Hoje jantei muito» e em «um rapaz muito formoso».
Poder-se-ão considerar advérbios adjuntos de modo?

Manuela Cunha Professora Porto, Portugal 3K

Em «eles admiravam a forma como o herói pegava no bastão», como se dividem as orações e quais as funções sintácticas que aqui se encontram segundo a nomenclatura tradicional e segundo a TLEBS?

Irina Ribeiro Portugal 9K

Gostaríamos de colocar três questões:

1. O que significa a palavra «reanálise» da seguinte definição retirada da TLEBS?

«Composto morfo-sintáctico: Composto resultante da intervenção de um processo de composição morfo-sintáctica. É formado por duas ou mais palavras que integram uma de três estruturas sintácticas: subordinação, coordenação ou REANÁLISE.»

2. Os compostos morfo-sintácticos coordenados só podem ser formados por nomes ou adjectivos? Não podem ser formados por verbos ou palavras invariáveis?

«Composto morfo-sintáctico coordenado:
Nos compostos morfo-sintácticos com estrutura de coordenação, todas as palavras têm idêntico estatuto e idêntica contribuição para a interpretação semântica. Os compostos morfo-sintácticos deste tipo são sobretudo NOMES, mas também há alguns ADJECTIVOS: a flexão de número afecta, de igual modo, (...)»

3. Como podemos classificar as seguintes palavras?
«Guarda-chuva» (verbo + nome)
«Abaixo-assinado» (palavra invariável + adjectivo)
«Pão-de-ló» (dois nomes ligados por preposição)

Agradecemos desde já a vossa atenção.

Ana Carvalho Professora Porto, Portugal 6K

Gostaria que me explicassem, de acordo com a TLEBS, a diferença entre empréstimo interno e externo.

Muito obrigada pela vossa atenção e parabéns pelo excelente trabalho do Ciberdúvidas.