DÚVIDAS

A grafia de torriense
Em 1945 o gentílico «torreense» desapareceu. Uma palavra que está registada na história de Torres Vedras. Mas nos escritos nacionais atuais não existe e é considerado um erro. Porquê não voltar a colocá-la no dicionário? Este “erro” nos dias de hoje ainda existe. Dá nome ao clube de futebol da cidade, dá nome a várias empresas desta terra e relembra as bandas, a filarmónica, os refrigerantes e tantas outras empresas que atualmente já não existem. Reforço, porquê não voltar a colocar esta palavra com história no dicionário? De acordo com o ponto C da alínea 2 da base V do Acordo Ortográfico de 1990, estabelecia desta forma as grafias: “goisiano (relativo a Damião de Góis), siniense (de Sines), sofocliano, torriano, torriense [de Torre(s)]”. É curioso que sineense, (também uma palavra com história local), atualmente existe no dicionário e também é considerada nos escritos nacionais atuais um dos gentílicos de Sines. Torreense, uma palavra com história e memória local, é atualmente uma palavra sem significado e inexistente nos escritos nacionais atuais. Aguardo uma resposta. Obrigado.
«Estar a» + infinitivo com pronomes pessoais átonos
Sempre grato pelo vosso trabalho, venho por este meio novamente pedir esclarecimento a uma dúvida gramatical que me surgiu. Estou a fazer um exercício sobre o uso da estrutura estar + a + infinitivo, para ações em processo. Há um caso particular em que devo utilizar o verbo pronominal vestir-se. A minha primeira resposta foi «nós estamos a nos vestir», pois, segundo o que estudei antes, a presença da preposição a exige que o pronome esteja antes do verbo. Contudo, a correção do livro mostra «nós estamos a vestir-nos». Assim sendo, qual é a posição correta do elemento pronominal em dita estrutura? Desde já, obrigadíssimo pela ajuda.
Ambiguidade na frase «odeio algumas pessoas, como tu, racistas.»
Gostaria de saber se a vírgula é sempre obrigatória nos casos em que se pretende subentender o verbo, ou se, quando o resultado é dúbio, se pode prescindir dela. Por exemplo: «Odeio algumas pessoas, como tu, racistas.» O que se quer dizer é que X odeia algumas pessoas da mesma forma que Y odeia racistas. Mas, com a vírgula a subentender o verbo «odiar» não poderá a frase passar a ideia de que X odeia algumas pessoas, como por exemplo a pessoa Y e racistas? Poderia ser correcto, neste caso, grafar a frase assim: «Odeio algumas pessoas, como tu racistas»? Obrigado.   O consulente escreve de de acordo com a norma ortográfica de 1945.
Concordância verbal com «cidade após cidade»
Gostaria de saber se, em frases como as a seguir exemplificadas, o verbo deve ser conjugado no plural ou no singular: À medida que cidade após cidade iam caindo... / À medida que cidade após cidade ia caindo... Geração após geração de professores acreditavam que... / Geração após geração de professores acreditava que... Estudo após estudo demonstrou que... / Estudo após estudo demonstraram que... Vieram geração após geração de... / Veio geração após geração de... Obrigado.
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