Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Margarida Nunes Publicitária Porto, Portugal 10K

Qual é mais correto: aceleração ou aceleramento?

Arsénio Sacramento Tradutor Cascais, Portugal 2K

O Ciberdúvidas disponibiliza diversos artigos sobre a regência do verbo chamar. Porém, não sinto que se tenha abordado suficientemente a questão que se prende com a forma passiva do verbo. Em português europeu, qual seria a construção mais natural:

(a) «O João é chamado Camões Júnior porque escreve belos poemas»;

(b) «O João é chamado de Camões Júnior porque escreve belos poemas»;

ou

(c) outra?

Daniel Marques Estudante Faro, Portugal 5K

Enquanto estudava História, reparei numa frase curiosa que figurava no manual, mas que não sei se está de acordo com a sintaxe do português europeu. Transcrevo apenas o essencial:

«... confiscação de patentes, como o caso da da aspirina.»

Conforme se pode ver, esta ocorrência da contração da preposição é estranha, embora desconheça o grau de similitude com a seguinte reformulação:

«Confiscação de patentes, entre as quais a da aspirina.»

Se, com efeito, o primeiro segmento for agramatical, gostaria de saber por que motivo, então, se pode censurar a coocorrência da contração, mas não a de «...a (patente) da aspirina» (reformulação).

Obrigado.

Paulo de Sousa Tradutor Cascais, Portugal 6K

A expressão inglesa dog-whistle politics («política do apito do cão» – alusão ao som alto emitido por um apito, o qual só um cão consegue ouvir) é sobretudo usada nos EUA quando, na mensagem política, são empregados termos e conceitos aparentemente inócuos, mas potencialmente controversos, e que apenas uma porção (fação) do eleitorado compreende e identifica, deixando a maioria na ignorância ou com uma ideia muito diferente.

Por exemplo, a atual candidata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, diz que o seu adversário, Donald Trump, sobrevive à custa dessa prática política, referindo ainda que a dog-whistle politics não é solução para os problemas da América, e muito menos do mundo.

Considerando que política do apito do cão não seria entendível, pois não vigora (ainda) na linguagem corrente (nos países de língua inglesa, quando começou a ser usada há cerca de uma década, careceu de explicação por parte dos meios de comunicação social), pergunto: seria aceitável traduzir-se por «política demagógica», «política da demagogia» ou «demagogice política», ou talvez outra expressão que pudessem sugerir?

Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 10K

Acabo de ler uma frase em que se diz «talvez dois seguiram com os estudos». Não seria mais correto dizer «talvez dois tenham seguido com os estudos»? A pergunta, num sentido mais genérico, prende-se com a questão de saber qual a construção verbal que deve seguir uma hipótese desde género.

Obrigado.

Lindalva dos Santos Analista de sistemas Curitiba, Brasil 1K

Na frase «ele disse que me ama», fico confusa sobre a harmonia dos tempos verbais usados. Acredito que o correto deveria ser usar os dois verbos no passado: «Ele disse que me amava.» Mas, neste caso, isso mudaria o sentido da frase. Gostaria de saber se há algum problema em frases como a do meu primeiro exemplo.

Obrigada.

Sandra Santos Professora Porto, Portugal 2K

Devemos escrever «afetiva-sexual» ou «afetivo-sexual»?

«Apesar de vivermos numa sociedade mais inclusiva, fala-se pouco da área afetivo-sexual destes jovens.»

Sara Monteiro Professora Lisboa, Portugal 1K

Gostaria de saber qual a forma correta de uso: «tiro ao arco», ou «tiro com arco»?

Obrigada.

Daniel Marques Estudante Olhão, Portugal 14K

Enquanto lia um artigo no jornal Expresso surgiu-me uma dúvida que ainda não consegui esclarecer, referente à retoma do pronome cujo, nem sempre apropriada em todas as ocasiões. Destarte, proponho a seguinte frase: «É uma forma de assinalar os 20 anos de carreira literária através de uma panorâmica dos livros já escritos pelo autor de “A Máquina de fazer espanhóis”, para cuja nova edição Caetano Veloso escreveu um prefácio.».

Obrigado.

Álvaro Vaz Engenheiro civil Maputo, Moçambique 4K

Penso que a forma correcta de nos referirmos a algo que acontece inúmeras vezes é «vezes sem conto». No entanto, vejo ser cada vez mais utilizada a expressão «vezes sem conta». Qual é a forma correcta?

Obrigado.