Na frase «Eça partiu para o Egito em 23 de outubro de 1869 para assistir à inauguração do Canal de Suez e regressou a Lisboa em 3 de janeiro de 1870», a expressão «... a Lisboa...» desempenha que função sintática?
Obrigada.
Diz-se «as regras existem para ser cumpridas», ou «para serem cumpridas»? Porquê?
Obrigada!
Diz-se «munidos de», ou «munidos por/pelo/pela»?
Obrigado.
Diz-se caloriar, ou transpirar?
Qual destas frases utiliza a forma correcta?
A) «Para lá talvez caminhemos, sonâmbulos, a passos de caranguejo.»
B) «Para lá talvez caminhemos, sonâmbulos, em passos de caranguejo.»
Existe alguma diferença entre as duas formas? Se existe, qual o significado de cada uma delas?
NOTA: O «para lá» refere-se ao Portugal pré-1974, a propósito de umas fotografias que o fotógrafo Alfredo Cunha acaba de partilhar no Facebook.
Vulgarizou-se «quais é que são» por «quais são». É permitido?
Atentemos neste excerto do tratado monumental de Vitrúvio que colige saberes arquitectónicos – « […] si autem natura loci impedierit […].» Traduzi-lo-ia por «mas se a natureza do lugar [o] tiver impedido», substituindo o futuro perfeito do indicativo latino através do futuro perfeito do conjuntivo português. Ora, ao fazê-lo, garanto, por um lado, que a nuance semântica apologética da tentativa se mantém e, por outro, que se respeita o sistema hipotético do português. Devido a este mesmo último entrave, o francês, cioso da dita nuance semântica, poderia traduzi-lo por «mais si la nature du lieu [l’]a empêché», visto que não se pode fazer seguir um futuro a um «si» hipotético. Agora, a tradução bastante recorrente por presente é absolutamente despropositada em português e em francês (a saber: «mas se a natureza do lugar [o] impede»/«mais si la nature du lieu [l’]empêche»).
Pedia um comentário aos meus escritos, com especial enfoque sobre a importância de se salvaguardar a dita nuance semântica.
É correcta a frase assim: «Tudo aparece como se (fora) escrito com letras de fogo»? Ou devia-se dizer assim: «Tudo aparece como que escrito com letras de fogo»? Ou simplesmente «Tudo aparece como escrito com letras de fogo»? Qual o vosso parecer?
Grato.
Gostaria de saber se o emprego do verbo distar está correto em frases como a que se segue: «O período que dista entre a entrada de António e o momento atual foi demasiado longo.»
Agradeço a atenção.
Estou com dúvidas quanto ao modo de introduzir a palavra pirueta numa frase. «Damos uma pirueta», ou «fazemos uma pirueta»? À semelhança de uma cambalhota ou de um salto mortal, por exemplo, «daria» uma pirueta; mas, por outro lado, trata-se de uma figura que se apresenta, daí que também me parece aceitável dizer que se «faz» uma pirueta. Qual é a correcta?
Muito obrigado.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações