DÚVIDAS

A pronúncia de pecã (noz-pecã)
Não tendo encontrado referências sobre a pronúncia de pecã nas fontes onde normalmente procuro, gostaria de saber a vossa opinião sobre esta questão. Surgiu na sequência de uma conversa sobre alimentação saudável em que foi sugerido este produto, o qual foi dito como "pécã" (pɛˈkɐ̃). O meu instinto foi corrigir de imediato a pessoa para que dissesse "pecã" (pəˈkɐ̃), mas a pessoa garantiu-me que em todas as suas conversas com outras pessoas onde esta palavra entrava foi sempre dito por todos "pécã". Vejo esta palavra na ordem de romã, satã, maçã, onde a regra é a sílaba tónica ser na palavra com til caso a outra sílaba não seja acentuada e, assim, a vogal da primeira sílaba ser fechada (caso esteja errado, por favor corrijam-me). Agradeço desde já a ajuda.
O prefixo justa- (no verbo justapor)
Gostaria de saber a vossa opinião sobre o processo de formação das palavra justapor. Julgo saber que justa é um prefixo latino, cujo sentido de «ao lado de» poderá não ser imediato para os falantes e por isso ser considerado um eruditismo. Mesmo assim, o elemento justa parece manter as características prototípicas de um prefixo. No vosso entender há fundamento para considerar a palavra justapor como formada por composição? E nesse caso, o elemento justa é visto como radical ou palavra?
«Estudar o português» = «estudar português»
«Estudar português» e «estudar o português». Existe alguma diferença entre as opções acima? Uma explicação que me foi dada é que a primeira exprime a ideia de estudar a disciplina de português, enquanto a segunda insiste mais na ideia de estudar a língua. Mas parece-me uma daquelas explicações espontâneas. Se as duas possibilidades são corretas, há alguma diferença entre elas em termos de registo? É que os meus alunos que estudaram no Brasil sempre dizem o segundo... Agradeço desde já.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa