Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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A finalidade moral da literatura
Um contributo para o perfil do aluno no final da escolaridade obrigatória

A literatura pode e deve ser edificante, no sentido de ajudar a formar pessoas responsáveis, autónomas,  integras, inovadoras. Altruístas, sensíveis, criativas.

Esta potencialidade da literatura poderá ser reforçada pela atualidade dos temas que aborda, tornando-a dinâmica, atemporal, reflexiva. Se a todos esses fatores acrescentarmos o deleite, o prazer de ler, o desenvolvimento da compreensão escrita, da expressão, do raciocínio, a literatura é, indubitavelmente, a maior ferramenta de desenvolvimento do aluno, do ser humano, em geral.

Uma reflexão da professora Lúcia Vaz Pedro.

 

<i>Ir</i>
Do verbo de movimento aos movimentos da vida

A versatilidade do verbo ir, desde os significados de deslocação espacial às combinações plurais que permite, na crónica* de Carla Marques.

*Crónica emitida no programa Páginas de Português, na Antena 2, no dia 19 de setembro de 2021.

Dos anos letivos, os velhos e o novo
Reflexão acerca das mudanças

«Gosto de contar estas histórias [acerca de algumas mudanças no ensino] aos mais novos, especialmente os meus estudantes, que não sabem (e não têm como saber) como era Portugal há 50 anos e que, como tal, não têm defesas contra os crónicos detratores do sistema, pregadores das desgraças da democracia e das instituições democráticas, fanáticos do elitismo e da sociedade estratificada, defensores do "antigamente é que era bom", avessos à liberdade e aos direitos que a maioria de nós apenas conquistou depois de 1974» – declara a linguista Margarita Correia nesta crónica publicada no Diário de Notícias no dia 20 de setembro de 2021.

Os filmes são coisas filmadas…
Os verbos filmar e gravar na área do cinema

«Que faz com que já não se fale em filmagens, havendo cada vez mais discursos que descrevem os filmes como resultado de uma gravação? Deparamos mesmo com membros da mais antiga e admirável aristocracia cinematográfica – refiro-me aos actores e actrizes – a dizerem que estiveram a gravar um filme.» É com base nesta premissa que o autor, o crítico de cinema João Lopes, escreve acerca do desuso de alguns termos na área do cinema para dar lugar a outros, num artigo publicado no Diário de Notícias em 19 de setembro de 2021 (mantém-se a ortografia de 1945, seguida pelo autor).

 

O poder mágico da literatura
Um desafio, uma escolha

A grande missão do professor de Língua Portuguesa, seja ele o de Portugal, o do Brasil, o de Angola, ou de outros países lusófonos é a de levar até aos seus alunos um pouco do outro através do exercício da leitura literária, para que ele interiorize verdades. Poderá ser através da poesia, do romance, da peça de teatro, mas que, acima de tudo, seja capaz de cumprir um papel de formação social e humana e que contribua para a educação estética e a sensibilidade perante o mundo.

Uma reflexão da professora Lúcia Vaz Pedro.

Como evitar a ambiguidade?
Três casos (de algum modo) resolúveis

«Alguns dias atrás, perguntaram-me o que deve ser feito para evitar a ambiguidade na escrita – há algum macete, alguma fórmula?» Neste texto, Gabriel Lago trata de três situações ambíguas recorrentes na língua portuguesa, nomeadamente: o comparativo como na indicação do objeto; o relativo que com mais de um termo que pode ser retomado; o artigo ou preposição a antes do possessivo feminino. Apontamento publicado originalmente no Facebook Língua e Tradição no dia 12 de setembro de 2021.

O ponto e vírgula existe na língua portuguesa
Como usá-lo

«Uma das dúvidas que mais recebo é sobre como usar corretamente o ponto e vírgula. Esse sinal de pontuação tem o didático papel de enumerar» – observa o autor do texto, o colunista e gestor Diogo Arrais, a respeito do uso do ponto e vírgula na escrita administrativa e de secretariado. Apontamento publicado na edição digital da revista Exame, em 31 de agosto de 2021.

Linguística para psicólogos. Precisa-se.
Da pretensa “invasão” do português do Brasil

Nesta crónica, a professora universitária e linguista, Margarita Correia, analisa a interpretação de uma psicóloga relativamente à influência do português do Brasil no vocabulário dos mais novos.

Língua e democracia
Dominar a linguagem para evitar deturpações

«Uma das formas de garantir que democracias como a brasileira não morram é ter o seu povo ciente da sua responsabilidade ao eleger os seus representantes, e para isso é necessário que tenham acesso a uma educação de qualidade, que o prepare para atuar na sociedade de modo consciente e crítico» – sustenta a professora Edleise Mendes na crónica que escreveu e leu para o programa de rádio Páginas de Português de 12 de setembro de 2021.

Tenho escrito, tenho escritos
Do particípio passado ao adjetivo

«Pense bem nas duas construções [...]: 1. "Tenho escrito muitos artigos"; 2. "Tenho escritos muitos artigos." São válidas ambas as frases?» Acerca do comportamento do particípio passado associado ao verbo ter, o escritor e revisor de textos Gabriel Lago reflete acerca da legitimidade de duas construções num texto publicado originalmente no Facebook Língua e Tradição no dia 5 de setembro de 2021.