Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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A língua portuguesa está em decadência?
A ideia de o português andar pior do que nunca

«A ideia da decadência linguística é simples: estamos a falar pior, a comer letras, a usar menos palavras, a reduzir a complexidade... É uma ideia baseada nas impressões individuais e no ouvir dizer. Ouvimos tanta gente dizer tal coisa que só pode ser verdade. Mais: ouvimos tanta gente a falar mal!» A partir desta premissa, o professor universitário e tradutor Marco Neves,  em crónica incluída no portal SAPO24 em 11 de julho de 2021, desmonta a ideia do que será uma língua em decadência, mostrando que tal não acontece com a língua portuguesa. 

Oficializar a língua cabo-verdiana? (1)
Discussão e reflexão sobre a sua consagração

«Reconhecer e conferir estatuto oficial à língua cabo-verdiana é um desejo legítimo e compreensível, sobretudo num jovem país que há meio século não mais era que parte de um domínio colonial. A língua cabo-verdiana é a língua nacional de Cabo Verde, endógena, definidora da identidade do seu povo». Este é o ponto de partida da crónica da liguista portuguesa Margarita Correia publicada no Diário de Notícias de 12 de julho de 2021.

Como falar buzinês
Um código para o uso da buzina

«[E]stou a aprender a linguagem portuguesa da buzinação e já vi que não será nesta vida que eu hei-de dominá-la» – lamenta o escritor Miguel Esteves Cardoso, que fala de um código para o uso da buzina do automóvel, o "buzinês", e cria termos para dois tipos de buzinadela – "cortinadela" e "curtinatória".

Crónica incluída no jornal Público em 9 de julho de 2021.

 

Recepcionou suporte para experienciar a sua resiliência?
Quando na língua as "modas" são retrocesso

Há «palavras que têm vindo a substituir, automaticamente, outras bem mais simples, e muitas vezes sem atender ao seu real significado», escreve * o jornalista português Nuno Pacheco, criticando certos modismos, como é o caso a troca de expressões vernáculas por neologismos (experienciar, gerenciar) e estrangeirismos semânticos (resiliência) que obscurecem a comunicação.

Artigo de opinião incluído no jornal Público em 8 de julho de 2021.

Estalo de génio
Curiosos nomes de pequenas e médias empresas portuguesas

A originalidade do nome de pequenas e médias empresas em Portugal motiva uma crónica* do sociólogo e crítico literário João Pedro George, que conclui que, em Portugal, «a poesia está em tudo».

 

in revista Sábado, de 27 de junho de 2021.

Oxítonos
Baticum, pangaré Xodó e outras palavras agudas menos correntes

«Os proparoxítonos são nobres. Os paroxítonos , triviais (correspondem à maior parte do léxico).  O que dizer dos oxítonos? Com a tônica na última sílaba, eles têm um quê de retumbante e definitivo. Só se dão por inteiro. Nada os pode mutilar, sob pena de lhes destruir a alma, o icto, a sílaba tônica.»

O escritor e jornalista  brasileiro Chico Viana brinca em torno das palavras agudas (palavras oxítonas), particularmente abundantes nas variedades linguísticas do Brasil, neste texto publicado no Facebook Língua e Tradiçãono dia 2 de julho de 2021.

Surto
Os polos da significação de uma palavra

O termo surto tem feito parte do léxico quotidiano da pandemia. Na sua crónica, a professora Carla Marques propõe uma reflexão em torno da sua significação. 

 

 

Crónica emitida no programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 4 de julho de 2021

Há racismo editorial no mundo literário em língua portuguesa?
O privilégio de que alguns escritores africanos gozam

«Não é novidade que os escritores africanos negros dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) têm mais dificuldades de publicar no estrangeiro se comparados aos seus pares brancos ou mestiços. Mia Couto, de Moçambique, ou José Agualusa, de Angola, por exemplo, têm sido uma espécie de "porta-bandeira" dos seus países na arena editorial internacional», escreve a linguista, escritora e jornalista moçambicana Nadia Issufo, nesta peça publicada no portal da Deutsche Welle no dia 25 de junho de 2021.

Ser capaz de dizer
O se calhar em português significa «de certeza» e o vou precisar significa «preciso»

Os usos de expressões como «se calhar» ou «vou precisar» estão imersos na cultura portuguesa. É o que comprova na sua crónica o escritor Miguel Esteves Cardoso

Crónica incluída no jornal Público em 29 de junho de 2021.

Os professores de português e o “porém” de Vasco Palmeirim
Da evolução terminológica e da formação de professores

Uma pergunta do programa Joker da RTP1 deu azo à reflexão da professora Lúcia Vaz Pedro sobre a evolução da terminologia gramatical em contexto escolar e sobre a formação dos professores.