Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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«Quando for assim»
Uma maneira de dizer para certas situações

«Quando for assim» é uma frase feita que, em Portugal, «ocorre sempre depois de um acidente estúpido e irrepetível», conforme observa o escritor Miguel Esteves Cardoso nesta crónica de tom humorístico, incluída na edição de 13 de julho de 2020 do jornal Público (mantém-se a ortografia de 1945, em que o original está escrito).

Variação da língua portuguesa

A língua portuguesa é uma língua pluricêntrica com normas diferentes: há as normas linguísticas nacionais, como a portuguesa e a brasileira, já tradicionais; e as normas linguísticas nacionais emergentes, ainda por codificar mais sistematicamente, como a angolana e a moçambicana. No entanto, o ensino da língua nas escolas ainda perpetua a ideia de uma língua bicêntrica, e é sobre este tema que a linguista Margarita Correia fala neste texto, transcrição de um seu  depoimento incluído no programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 10 de julho de 2020. 

A qualidade do exame de Português do 12.º Ano
Sobre as críticas feitas à prova nacional

«[...] [E]sta prova de exame de Português do 12.º Ano corresponde ao exigido, pois respeita o indicado nos referidos documentos de referência [...]», defende Maria Regina Rocha, professora de Português e coautora do Programa e Metas Curriculares de Português do Ensino Secundário, numa réplica a críticas feitas* à prova do 12.º ano da disciplina de Português. Texto publicado em 13 de julho no jornal Público.

* Ler nas Controvérsias,  a transcrição do artigo de opinião  "Ainda o inenarrável exame de Português do 12.º ano", de Elisa Costa Pinto, incluídos na edição de 11 de julho de 2020 do jornal Público. Ver também "O exame de 12.º ano: quem, como, porquê?", de António Carlos Cortez,.

A escola e a norma linguística
Um assunto que não é pacífico

«O conhecimento da norma e o seu uso devem, acredito, fazer parte da formação de cidadãos livres e com igualdade de oportunidades», considera a linguista e professora universitária Margarita Correia em crónica publicada no Diário de Notícias em 14 de julho de 2020.

Ainda o inenarrável exame de Português do 12.º ano

Reforçando o parecer negativo do poeta e professor António Carlos Cortez (no jornal Público em 11 de julho de 2020), a professora Elisa Costa Pinto também critica o exame nacional de 12.º ano da disciplina de Português do ensino secundário de Portugal. Artigo divulgado em 11 de julho de 2020 na edição eletrónica do jornal Público.

Refutando as críticas. leia-se na edição de 13 de julho 2020 do mesmo jornal a réplica de Maria Regina Rocha, professora de Português e coautora do Programa e Metas Curriculares de Português do Ensino Secundário.

A rebeldia dos autores antiparalelos
Variações estilísticas sobre a simetria sintática e o paralelismo semântico

Há escritores que sabem subverter com criatividade certos critérios de correção sintática e semântica, como é o caso do paralelismo de construções como «escolher entre amar e trabalhar muito» (melhor que «escolher entre o amor e trabalhar muito»). Um apontamento da autoria da brasileira Lara Brenner, advogada e professora de Língua Portuguesa, e publicado do dia 10 de julho de 2020 na página de Facebook de Língua e Tradição.

O exame de Português do 12.º Ano em 2020 (Portugal)
Discórdia sobre uma prova nacional em tempos de pandemia
Por Vários

Em Portugal, o exame nacional da disciplina de Português do 12.º ano realizou-se em 6 de julho de 2020, depois de o calendário de exames de 2019/2020 ter sido alterado para fazer frente à grave disrupção causada pela pandemia de covid-19 também na vida escolar.

Se, por um lado, a apreciação da Associação de Professores de Português (APP) foi globalmente positiva, por outro, houve quem se posicionasse de forma muito crítica em relação à prova.  Documentando esta discussão, transcrevem-se aqui, com a devida vénia:

–  de Elisa Costa Pinto , professora de Português e autora de manuais escolares, o texto "O inenarrável exame de Português", veiculando uma visão muito negativa do exame (Público, 11 de julho 2020);

– de Maria Regina Rocha, também professora de Português e coautora do Programa e Metas Curriculares de Português do Ensino Secundário, o artigo intitulado "A qualidade do exame de 12.º ano", contrariando as críticas (Público, em 13 de julho de 2020).

«Você sabe com quem está falando?»
Expressão coloquial brasileira

A expressão foi consagrada pelo antropólogo e professor titular do Departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio, Roberto DaMatta, como o próprio conta neste
artigo da autoria da jornalista Carolina Callegar, publicado no jornal O Globo, do dia 8 de julho de 2020 – a seguir transcrito, com a devida vénia.

O género de covid
Afinal é «o covid» ou «a covid»?

«Se diferentes especialistas podem, de forma legítima, questionar qual a forma correta das palavras, o linguista vê aqui um fenômeno muito interessante: por que as pessoas atribuiriam gêneros distintos a esse item lexical? Mera indecisão, fruto de um amplíssimo desconhecimento? Parece-nos que esse juízo depreciativo impede a percepção das lógicas que subjazem à variação», escrevem Eduardo Henrik Aubert e Marcelo Módolo neste artigo * sobre o género da nova palavra covid. 

* in revista digital brasileira Roseta, v. 3, n.º 1, 2020.

Despedir e pedir
Verbos da covid-19

As notícias de que, em Portugal, há trabalhadores que escondem sintomas da doença covid-19, com receio de despedimento, dão o mote que leva à origem da palavra despedir e ao cotejo com o verbo pedir, que embora tenha sonoridades semelhantes, não partilha sentidos com despedir. Uma crónica da professora Carla Marques emitida no programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 12 de julho de 2020.