Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Português, língua nacional angolana – 2
As responsabilidades do segundo país com mais falantes de português no mundo

Segundo artigo* do jornalista, escritor e ex-ministro angolano João Melo sobre a situação do português no segundo país com mais lusofalantes em todo o mundo, depois do Brasil, com considerações ainda sobre o impasse no país sobre Acordo Ortográfico de 1990.

* in Jornal de Angola, de 8 de julho de 2020 (a transcrição conserva a  norma ortográfica do original, de 1945, ainda em vigor em Angola).

Na imagem, Novo dia alegre em Luanda – III (2016), de Álvaro Macieira. Fonte: página pessoal do artista.

Português, língua nacional angolana – 1
Política linguística precisa-se em Angola

«Que língua portuguesa é essa que os angolanos falam? Quando mais virou “mas” e sou é substituído por , por exemplo, a resposta pode ser perturbadora», escreve o escritor, escritor e ex-ministro João Melo, neste primeiro artigo* em que aborda a situação da língua portuguesa no segundo país da CPLP com mais lusofalantes, defendendo que tudo passa pela «escola» – com as indispensáveis «balizas (normas ortográficas, gramática, vocabulário, etc.).»

 *Publicado em 1 de julho de 2020 no Jornal de Angola, a que seguiu um segundo texto, ambos escritos conforme a norma de 1945, ainda em vigor no país.

Na imagem, Paisagem de Angola com embondeiro e figuras (1990), de Albano Neves e Sousa (1921-1995). Fonte: Invaluable.

Qual é a origem da palavra <i>avião</i>?
Máquinas, palavras e inventores

«Numa semana em que a TAP e a falta de aviões cheios de ingleses dominaram as notícias, investigo a origem da palavra avião» – declara o tradutor, professor universitário e divulgador de temas de linguística Marco Neves, a propósito do que foi notícia em 5 de julho de 2020. Crónica publicada no Sapo 24 e no blogue Certas Palavras e aqui transcrita, mantendo a ortografia original (norma de 1945).

O português, o espanhol e a intercompreensão
Ouvir a língua do vizinho

«Não se tenha a ilusão de que falar “portunhol” seja garantia de se ser compreendido, nem de se comunicar com mais eficácia do que falando português de forma pausada e bem articulada», observa* a linguista Margarita Correia na sequência do E-Fórum 2020 – Potencial das Línguas na Recuperação das Economias: Contributos do Espanhol e do Português, encontro que a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).

*Artigo de Margarita Correia in Diário de Notícias do dia 7 de julho de 2020, a seguir transcrito com a devida vénia.

A questão do português de Angola
Dificuldades na sua fixação

Desenvolvendo uma reflexão repartida por três textos publicados em 28 de junho de 2020 no Jornal de Angola, o professor universitário Luís Kandjimbo tece considerações a respeito das repercussões institucionais – nomeadamente, no ensino –  da falta de um debate fundado e crítico da situação linguística de Angola, bem como sobre a questão da elaboração da variedade angolana do português.

– "O problema da variedade angolana do português";

– "Defender a soberania epistemologia";

– "Linguística da literatura angolana".

 

 

O problema da variedade angolana do português
Para um pensamento crítico autónomo

«[S]em uma teoria angolana da planificação linguística e correspondente política linguística não há sinais que assegurem a possibilidade de admitir a existência da variedade angolana do português» – sustenta o professor universitário angolano Luís Kandjimbo num artigo publicado no Jornal de Angola no dia 23 de junho de 2020, a propósito dos constrangimentos institucionais causados pela falta de conhecimento fundado do português de Angola (escrito de acordo com a norma ortográfica de 1945, que continua a vigorar em Angola).

Ler também textos associados "Defender a soberania epistemológica" e "Linguística da literatura angolana".

Defender a soberania epistemológica
A qualidade do debate sobre a variedade angolana do português

Sobre a situação linguística de Angola, Luís Kandjimbo considera que «[...] em Angola, os argumentos circunstancialmente dominantes sobre o Acordo Ortográfico não acrescentam razões que assegurem a consistência devida para serem legítimos no debate sobre a variedade angolana do português». Reflexão associada aos textos associados: "O problema da variedade angolana do português" e "Linguística da literatura angolana".

Linguística da literatura angolana
Uma diferenciação já antiga

«[...] [A] linguística da literatura angolana continuará a ser uma fonte inestimável para legitimar o português angolano», afirma o professor universitário angolano Luís Kandjimbo em parte do conjunto de reflexões* sobre o português angolano que publicou em 28 de Junho de 2020 no Jornal de Angola.

 

* Ler também os textos associados: "O problema da variedade angolana do português" e "O problema da variedade angolana do português".

Português, língua nacional angolana
Um veículo de comunicação e um fator de unidade em Angola

«Dois fatores fazem do português uma língua nacional angolana: a pertença histórica e o alcance. [...] Em relação a pertença histórica, [...] o português é tão angolano como as restantes línguas existentes no país, pois foi nacionalizada pelos angolanos [...]. Quanto ao alcance, é por todos reconhecido que o português é a única língua de comunicação nacional dos angolanos e fator da sua unidade, o que, aliás, esteve na base da opção dos líderes independentistas em torná-la a língua oficial do país.» Estas considerações fazem parte do artigo que o jornalista e escritor angolano João Melo assinou em 5 de julho de 2020 no Diário de Notícias, a propósito do papel do português na coesão e identidade de Angola.

Ler também "Português, língua nacional angolana – 1" e "Português, língua nacional angolana – 2", em que o autor dá maior desenvolvimento ao tema.

As grafias duplas
Palavras com alternância do ditongo ou/oi (mas com o mesmo sentido)

Os pares louro/loiro, ouro/oiro ou touro/toiro mostram uma alternância fonética há muito aceite pela própria representação ortográfica. Trata-se de casos de dupla grafia, conforme explica a professora Lúcia Vaz Pedro neste apontamento originalmente publicado em 24 de abril de 2016 no Jornal de Notícias.