Amílcar Caffé - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Amílcar Caffé
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Amílcar Caffé é jornalista. Mestre em Literaturas Modernas.

 
Textos publicados pelo autor

Cibernota: Amílcar Caffé é brasileiro e, no Brasil, a palavra dinossáurio não está dicionarizada. Em Portugal, alguns dicionários registam-na, apesar de ser termo mal formado e os etimologistas preferirem dinossauro, pelos motivos explicados na resposta Dinossauro melhor que dinossáurio, de 16 de Dezembro de 1999.

A esse respeito, deixo a opinião de Napoleão Mendes de Almeida (Dicionário de Questões Vernáculas, São Paulo, Ed. Caminho Suave, 1981, pág. 94):

«Em cores – Em horas, a agressividade dos atuais meios sônicos de comunicação transformam erros de linguagem em padrões de vernaculidade. Não preparados para cirandar vocábulos e expressões, locutores de rádio e de televisão os passam para os ouvintes como os vêem num precipitado comunicado escrito e dão ao erro foros de uso, de populari...

Uma das dificuldades da nossa língua provém do facto de ela não ter uma lógica geral. São várias lógicas que se misturam e, muitas vezes, chegam a ser conflitantes. Desde o plural de mão não ser «mães» até a possibilidade de se utilizar majoritário e maioritário ou a evolução do «planum» latino para chão e plano, cada palavra tem a sua história, marcada pela origem histórica e condicionalismos regionalistas. Não adianta tentar encontrar um fio único para interpretar a língua portuguesa, que s...

Apesar de concordar com a explicação dada por José Neves Henriques à questão «esse» versus «este», a mim também assaltam as dúvidas quanto à utilização no caso da tradução "site"/página.

O consulente escreveu para a página que estava à sua frente no computador – assim como estaria à frente de uma pessoa do outro lado do mundo. Portanto, escreveu para esta página – em substituição de para os responsáveis pela página em questão –, por uma questão de proximidade. Mas também p...

Sábado, 3 de Janeiro, na TVI. Por acaso, por volta das 15 horas liguei a televisão e estava passando o programa Feedback. Era uma entrevista com o grupo irlandês The Korrs. À primeira resposta, a tradução usou uma conjugação que me é desconhecida: «ir-mos». Três legendas mais tarde, apareceu outra pérola: «expor-mo-nos» (sic). Imediatamente desliguei a televisão.
   Não há como cobrar responsabilidades por estas barbaridades? Ninguém responde pela ignorância encartada? Será que...