Pergunta:
Há uma campanha recente cuja apresentação levantou algumas dúvidas de análise, cujo link [está aqui]. O texto linguístico é:
«Óbidos Vila Natal»; «Das 18h00 de 22 de Novembro/ Às 18h00 de 24 de Novembro, 3,50/ Bilhete/ Campanha Especial Natal» (texto em destaque). «Compra mínima de 4 bilhetes e máxima....» (letras mais pequenas).
Ora, considero o texto «Óbidos Vila Natal» uma marca, com um logótipo respetivo, e o restante texto em destaque o slogan. O texto em letras mais pequenas será a argumentação.
Há quem considere o texto «Óbidos Vila Natal» como um slogan. Estará correto? Para confirmar a minha opinião, verifico que existem notícias com o título «Já há bilhetes para o Óbidos Vila Natal». Portanto, este evento amplamente conhecido é, a meu ver, uma marca, que anualmente apresenta diferentes frases apelativas, ou seja, slogan.
Grata pela atenção.
Resposta:
O cartaz em questão visa não a promoção direta do evento «Óbidos, Vila Natal», mas antes a divulgação de uma campanha associada à venda de bilhetes. Tem, portanto, um intuito publicitário muito direcionado.
O cartaz da campanha é composto pelos seguintes elementos: uma imagem; a marca («Óbidos, Vila Natal») e um texto informativo sobre a campanha (com indicação dos preços e das datas). Este último texto informativo pode também ser entendido como tendo uma orientação argumentativa, na medida em que pretende veicular a ideia de que os preços praticados são vantajosos, pelo que deverão ser adquiridos.
Para concluir, será importante referir que os atuais modelos de cartaz publicitário são muito diversificados, pelo que nem sempre incluem todos os elementos considerados tradicionalmente, como é o caso do texto argumentativo. Com alguma frequência, este último não é apresentado, devido ao poder persuasivo da imagem, do slogan e da própria marca.
Disponha sempre!
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