Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Gramática
Ana Correia Bibliotecária Lisboa, Portugal 485

Como explicar que com o nome dor se utiliza a preposição de, na maioria dos casos («dor de costas», «dor de dentes»), mas nalguns casos se utiliza com a preposição em («dor nos joelhos», «dor nas costas»)?

Dalila Guerrinha Professora aposentada (Português e Francês) Azeitão, Portugal 361

A nomenclatura relacionada com a área específica da gramática tem vindo a alterar-se profundamente, desde o pronome oblíquo ao sujeito nulo; desde a expansão dos grupos verbais e nominais ao desaparecimento do condicional como modo, substituído agora pelo futuro perfeito ou futuro do pretérito.

Fico inquieta com tanta alteração que remove a lógica em que assentou toda a minha aprendizagem.

Mais do que uma pergunta, trata-se de um desabafo.

Obrigada.

Pedro Fidalgo Contabilista Portugal 537

Qual das seguintes frases está correta?

«Eu próprio/mesmo lhe disse a verdade», ou «Eu próprio/mesmo disse-lhe a verdade»?

Por outro lado, sabem dizer-me onde posso consultar uma lista com todas as palavram que provocam próclise?

Muito obrigado pela vossa atenção.

Diana Gonçalves Professora Coimbra, Portugal 446

Estas duas frases são aceitáveis?

«Ontem, enquanto eu fiz o jantar, ele fez as sobremesas.»

«Ontem, enquanto eu fazia o jantar, ele fazia as sobremesas.»

Normalmente, enquanto está associado ao pretérito imperfeito quando se ensina português a estrangeiros, surgindo essa regra frequentemente em livros, para quando se trata de ações simultâneas no passado.

No entanto, a frase com o pretérito perfeito simples também me parece aceitável.

Muito obrigada pelo vosso trabalho.

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo), Brasil 321

Será possível que tem gente que não sabe o significado da palavra de pior, por aqui, no Brasil para cometer essa verdadeira e imensa atrocidade («menos pior»...)?

Muitíssimo obrigado!

Carlos Augusto Kavan Estudante São Paulo, Brasil 490

Lendo alguns fóruns na Internet, deparei-me com o seguinte modelo de frase: «Jorge gosta de frutas porque faz bem.» Nota-se que há a conjunção porque, não sendo precedida de vírgula.

O fórum cita o porque explicativo e causal, citando suas diferenças, sendo uma delas a de que o porque causal não pode ser precedido de vírgula e estabelece uma causa entre as duas orações; neste caso, a causa de Jorge gostar de frutas deve-se ao fato de estas fazerem bem, o que explica a ausência de vírgula. No entanto, tal análise torna-se, de certa forma, muito subjetiva, gerando uma dúvida no leitor. Da mesma forma que o porque da frase pode ser entendido como causal, também pode ser entendido como explicativo; a explicação do motivo de Jorge gostar de frutas deve-se ao fato de elas fazerem bem.

Li por vários outros fóruns e sites atrás de métodos para diferenciá-los, mas não obtive sucesso.

Afinal, há algum método de diferenciá-los com exatidão ou podemos nos esbarrar nesse mesmo problema de ambiguidade na análise?

Grato.

Inês Barbosa Professora Rio Maior, portugal 448

Qual a expressão correta: «Praticamente metade da superfície agrícola em Portugal são pastagens» ou «praticamente metade da superfície agrícola em Portugal é pastagens»?

Obrigada.

Thiago Rodrigues Estudante Rio de Janeiro, Brasil 397

Aliás, também e sobretudo são classificados como advérbios de quê?

Sophie Martins Desempregada Alverca, Portugal 359

Tenho que indicar classe e subclasse das palavras da frase seguinte:

«Iriam decerto ordenar que este maldito bobo fosse metido a ferros na mais escura masmorra deste castelo!»

Surgiram as seguintes dúvidas:

«iriam»: verbo principal transitivo indireto?

«ordenar»: verbo?

«fosse»: verbo auxiliar da passiva?

«metido»: verbo principal no particípio?

«a»: preposição?

Obrigada.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 362

Talvez se possa clarificar a resposta a Nelson Brás, em 6/4/2022, se tomarmos uma frase com o termo login, como «É preciso fazer login na página para ter acesso às informações».

Não se diz «É preciso fazer um login na página...», o que parece dar razão ao revisor citado pelo consulente.