A locução «em contracorrente»
Li a seguinte frase no título de um artigo e a mesma expressão ocorre várias vezes no texto do mesmo: «Empresas em contracorrente».
É correto ou teria de ser "a contracorrente"? Ou é indiferente? Se este for o caso, algumas delas é mais usual?
Obrigado.
A abreviatura de «previsto e punível»
Que significa "p. e p." no contexto seguinte: «factos susceptíveis ... de configurar a prática do crime de furto qualificado , p. e p. pelo art.204.º, ... do Código Penal»?
Agradecida.
Ditados e toponímia: «se não fora o Pindo e a Panadeira, todas as velhas iam à Ribeira»
Em qualquer provérbio o que interessa verdadeiramente (creio) é o seu alcance, o seu sentido conotativo.
Por vezes, estou também em crer, o seu enunciado, que, duma forma geral ou frequente, tende a ter ritmo e rima, pouco terá a ver com a alegoria para que aponta. E aí é que bate o ponto. Dois exemplos de tais provérbios:
1. «Se não fora o Pindo e a Panadeira, todas as velhas iam à Ribeira»
2. «Acudam Cela, Parada e Outeiro, que arde o centro da religião do mundo inteiro.»
Neste último, e na sua vertente denotativa, parece clara a advertência: acuda o mundo todo, mesmo os lugares mais pequenos (na imagem: as três mencionadas freguesias do concelho de Montalegre), porque Roma está em chamas. Já o sentido conotativo da sentença penso que poderá ser o seguinte: perante uma calamidade, uma catástrofe, a congregação de todos os esforços para ajudar a vencê-la não são demais. Ora o enunciado deste, se bem que, à primeira vista, não seja de fácil atinência, sempre se chega lá.
Gostava, no entanto, que me confirmassem ou infirmassem o meu raciocínio.
Já quanto ao primeiro: Pindo, quanto julgo saber, será o mesmo que Pindelo, nome de vários lugares ou freguesias do nosso país. Panadeira, acho que é uma espécie de tamboril. Dando isto como certo, não alcanço a alegoria.
Naquele primeiro ditado é que não vislumbro a conotação que se pretende com os termos do texto. Sei que em muitas sentenças populares, repito, a letra pouco (ou nada) tem a ver com a "careta" (passe o plebeísmo).
Sobretudo para o primeiro ditado peço a vossa esclarecida opinião e ajuda.
Grato.
A expressão interrogativa «a que título»
Qual o significado da expressão «a que título»?
A expressão «conversa de bastidores»
Gostaria de saber se ambas as construções a seguir são corretas e em que contextos podemos usá-las: «conversa de bastidor» e «conversa de bastidores».
Muito obrigado!
«A teu gosto» e «ao teu gosto»
Qual a maneira correta de se dizer/escrever o seguinte exemplo: «Podes pintar A teu gosto» ou «podes pintar AO teu gosto».
Obrigada.
As expressões «de gabinete», «de salão» e «de café»
Existe alguma tradução consagrada em português para a expressão inglesa «from the armchair?
Como em «[...] analyses performed by philosophers from "the armchair".»[*]
Ou se não consagrada, pelo menos com precedentes de utilização?
[N. E. – tradução livre: «análises realizadas por filósofos [que ficam] de poltrona»]
A história da expressão «ouvidos de mercador»
Em 2009 este assunto foi aqui tratado e a opinião foi que a expressão «ouvidos de marcador» não fazia sentido. Mas hoje encontrei a referência seguinte, que poderá fazer sentido:
«Não é “ouvidos de mercador” e sim “ouvidos de marcador”. Na origem do provérbio está a marcação de escravos com ferro quente, com o nome do seu dono, para que fossem facilmente identificados. “O marcador” nunca "ouvia" as súplicas e gritos daquelas pessoas» (@vilminha_reis, Twitter, 07/05/2022).
Qual é a vossa opinião?
Obrigado.
«Figura de prol», «figura de proa»
Gostaria de saber qual seria a forma correta ou qual a diferença entre as expressões «figura de prol», «figura de proa» e «figura de prumo».
Todas elas significam «personalidade destacada, notável»? Alguma delas tem a conotação específica de «liderança»?
«Por medida» e «sob medida»
Qual das seguintes frases é linguisticamente consagrada:
a) Corta-se chapa à medida;
b) Cortam-se chapas à medida;
c) Corta-se chapas sob medida;
d) Cortam-se chapas sob medida.