Envio-vos um post que publiquei em 26/03/2019 na minha página de Facebook sobre o termo abesbílico.
Ouvi a palavra abesbílico, pela primeira vez, da boca de um jovem estudante que participava no programa Prós e Contras”sobre o clima (“A ameaça silenciosa”), [...] [em] 25.3.2019.
Entre o minuto 20:50 e 21:04, ouvimos o jovem Luís Sampaio Esteves dizer: «Às vezes fico abesbílico com certas coisas.»
Não tendo compreendido, a apresentadora Fátima Campos Ferreira pergunta: «Fica quê?!»
«Abesbílico, fico pasmado…» – responde o jovem.
Numa consulta rápida ao Google, encontrei muita gente jovem a usá-la com este mesmo sentido, desde há alguns anos. Percebi, pelos contextos, que abesbílico significa «pasmado, abismado».
Nenhum dicionário ainda a regista, mas esta palavra já vai, de vento em popa, fazendo o seu percurso…
Num artigo [do Blog dos Cinco] datado de abril de 2008, lê-se:
«Há já alguns dias que ouço a palavra abesbílico. Fiquei curiosa e fui pesquisar. Não encontrei nada em nenhum dicionário. Encontrei sim alguns posts onde se fazia referência a este vocábulo maravilhoso. Pensei durante algum tempo e... pensei e... abesbílico deve ser qualquer coisa entre o abismado ("abesmado", com pronúncia) conservado em álcool etílico.
Não satisfeita com os meus pensamentos, resolvo ir diretamente ao início do problema. Pergunto então, com ar intrigado, assim como quem não quer a coisa e... Aaaahh, espanto total! De quem ouço esta palavra com bastante frequência (aliás esta e outras mais que serão objeto de análise), após interrogatório exaustivo sobre afinal que coisa era essa, apenas recebi risadas atrás de casquinadas com a diastema à mostra de tanta risota.»
No Ciberdúvidas, encontrei alguém, em 20/11/2009, a querer saber a origem deste vocábulo ("A palavra 'abesbílico'"), e a consultora Ana Martins, que deu a resposta, terminava assim:
[...] Conheço (de ouvido) abesbílico (palavra esdrúxula), com o sentido que descreve. Admito que seja uma formação (parodiante) de abismado (sendo o e a opção gráfica eventual para a não realização fónica da vogal). Mas esta é apenas a minha intuição de falante.
Uma vez que o Ciberdúvidas tentou já esclarecer a origem deste termo em 2009, gostaria de saber se têm, atualmente, mais algumas informações sobre este neologismo.
Muito obrigado,
Escreve-se numa resposta anterior à mesma questão que «Considerar a palavra Homem para representar toda a humanidade é já controverso».
Pondo de lado a questão mais ideológica e cingindo-nos à linguagem falada já desde o «homo» latino, gostaria de saber, por favor, se a palavra deve ser grafada com inicial maiúscula ou minúscula.
Obrigado.
Que se diria sobre a escrita de aguardente feita na forma «água ardente», por um personagem fictício, em um romance?
Existe alguma aceitabilidade, talvez como licença poética?
O nome das moedas estrangeiras (leu, som, forint, etc.) devem ser escritos em itálico, tal como outras palavras estrangeiras?
Qual a forma de escrever correctamente?
É "mercado da Ribeira" ou "Mercado da Ribeira"?
Muito obrigado.
Tenho uma dúvida sobre «nó de pinho». Há hifens em «nó de pinho»? Por quê?
Outro detalhe, essa palavra composta não consta no Dicionário Houaiss (2009).
Muito obrigada!
Qual é a forma correta "pelo o" ou "pelo"?
Como é usado o "pelo/pela"?
«Cristiano Ronaldo viajou pelo o Brasil» ou «Cristiano Ronaldo viajou pelo Brasil»?
Obrigado.
O dicionário da Porto Editora regista o termo «contravontade». Não percebo bem quando devemos escrever «contra vontade» e quando devemos escrever «contravontade».
Acabo de ler «Ele fez isto um pouco a contravontade», o que – além do termo em si –, me desperta dúvidas relativamente ao precendente «a». Podem ajudar-me, por favor, a perceber esta especificidade.
Muito obrigado.
Qual a forma correta "transdução" ou "transducção"?
É caso de dupla grafia?
Desde já grato,
Relativamente à grafia do adjetivo convectiva («chuvas convectivas»), podemos escrever sem o c ("convetiva"), sendo um caso de dupla grafia?
Cordialmente.
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