Desde já gostaria de felicitar o vosso trabalho! Quero também fazer uma pergunta, porque, como diz, «Ter dúvidas é saber!».
Relativamente à seguinte frase:
«Se o Padre António fosse vivo, talvez não mudasse uma vírgula aos seus Sermões.»
Estou com alguma dificuldade em analisá-la. É uma oração subordinada integrante? O uso do pretérito imperfeito do conjuntivo na frase acima transcrita é justificado por se pretender transmitir uma ideia de relatividade e de hipótese?
Agradecia que me pudessem ajudar.
Numa oração, antes de um verbo no gerúndio, pode/deve ser colocada uma vírgula, ou este, por si só, serve para o efeito e permite a ausência da mesma?
É correcta a locução conjuncional «de maneira a que»? Ou a única forma correcta é «de maneira que»?
Em «Vamos direto ao que interessa», tenho uma dúvida que me tira o sono. Quero saber se, antes do pronome relativo, o «o» é pronome demonstrativo contraído à preposição a, regida pelo nome direto. Se assim for, entendo (a partir do meu limitado conhecimento) que, se o nome direto pede um complemento, ao seria o complemento nominal dele. Porém, há outra dúvida acerca desta bendita frase: se o que é de fato pronome relativo, percebo que tem a função de sujeito da oração subordinada adjetiva restritiva. É isso? Preciso muito de uma luz quanto a minhas considerações.
Muito agradecido.
P.S.: Peço que usem uma linguagem mais 'fácil', por favor, pois sou estudante no Brasil e sei que aí em Portugal a terminologia gramatical é diferente às vezes.
Na oração «O dia amanheceu muito bonito», o termo «muito bonito» é adjunto adverbial de modo, ou predicativo do sujeito?
Pedindo desculpas pela insistência, gostaria que me explicassem se na frase «Os trabalhadores ucranianos, mais qualificados, são menos bem remunerados» as vírgulas estão correctamente colocadas. A frase encontra-se aqui fora de contexto, mas julgo que a ideia original era, comparando as qualificações dos trabalhadores ucranianos com as dos trabalhadores portugueses, realçar a contradição de aqueles serem menos bem pagos, apesar das suas qualificações. Consultando professores de Português, obtive várias respostas que posso resumir do seguinte modo:
1) a utilização das vírgulas seria gramaticalmente incorrecta, por separar o substantivo do adjectivo ou da oração adjectiva;
2) apesar de não ser gramaticalmente incorrecta, seria preferível não utilizar as vírgulas, pois os sinais de pontuação deveriam ser empregados com parcimónia, não acrescentando aquelas nada à frase em causa (opinião de que discordo…).
Se em relação à primeira resposta não tenho os conhecimentos necessários para me pronunciar (parece-me ter lido algumas repostas contraditórias no Ciberdúvidas quanto a esta matéria), confesso que me sinto inclinado a discordar frontalmente da segunda. Quer parecer-me que se verifica, efectivamente, uma tendência para a simplificação dos textos escritos (talvez por influência da língua inglesa), com a redacção de frases mais curtas e com uma assinalável diminuição da utilização de vírgulas. Mas não revelará também essa tendência uma diminuição das competências linguísticas da nossa população escolarizada e o consequente empobrecimento da língua portuguesa?
Antecipadamente grato pela atenção.
Como se classificam as orações na seguinte frase?
«Há muito tempo que não o vejo.»
Obrigada.
«Lula sugere que Walfrido e Agnelo ficam.»
Como devo justificar o uso do verbo ficar no presente do indicativo?
Eu queria saber se você pode analisar gramaticalmente essa frase: «O menino malvado vai estourar o balão da menina.»
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