DÚVIDAS

Tomara e tomara que
A palavra tomara usa-se como interjeição e é equivalente a oxalá, quem me dera. Como se classifica gramaticalmente? Por outro lado, ao usarmos a estrutura tomara que (expressão de desejo), obriga-nos ao conjuntivo. Pode usar-se «Tomara que seja verdade» e «Tomara que fosse verdade», «Tomara que tivesse sido verdade» dependendo do sentido? Deve usar-se um ponto de exclamação, após este uso? Se sim, podemos classificá-la como interjeição ou locução interjectiva?
O termo caraças na Primeira Guerra Mundial
Li, há alguns meses, um livro escrito por um português, cuja acção decorre, em grande parte, durante a Primeira Guerra Mundial. Nessa obra, é frequente os soldados portugueses destacados na Flandres empregarem caraças com o sentido com que hoje diriam, talvez, «Bolas!», «Gaita!» ou qualquer outro termo menos apropriado para constar aqui. Não creio que tal fosse possível naquela época. Suponho-o um termo recente. Tenho tentado confirmar esta minha suspeita, mas, até à data, não o tenho conseguido. Daí o ter decidido usar este contacto para vos pedir ajuda no sentido de satisfazer a minha curiosidade. Grata pela atenção dispensada à minha questão, desejo longa vida a este sítio da Net.
Os sentidos da interjeição «Puxa...!»
Sou espanhol, e trabalho num grupo de tradução de textos teológicos do espanhol para o português. Tenho uma dúvida: estou traduzindo um texto de uma mística espanhola, a qual, nas suas descobertas e visões espirutuais, exclama em espanhol "Andá...!" O nosso tradutor propõe traduzi-lo com a interjeição "Puxa...!" Mas eu duvido se esta palavra tem o mesmo sentido de surpresa e maravilha diante de uma descoberta espiritual. Duvido também se é uma palavra demasiado coloquial ou talvez vulgar, e se fica bem no meio de um texto místico e teológico. Obrigado.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa