Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Arthur Betim Estudante Brasil 738

Desejo saber se é gramaticalmente aceito em Portugal «enquanto me dirigia-lhe».

Sei que é válida a soma de pronomes oblíquos como em «deparou-se-me» ou «agradecer-to-ei», coisa que não é válida no Brasil.

No entanto, a presença de enquanto antes do pronome oblíquo me exige a próclise. Assim, qual das possibilidades é verdadeira?

1. Enquanto lhe dirigia-me.

2. Enquanto lhe me dirigia.

3. Enquanto me lhe dirigia.

4. Enquanto me dirigia-lhe.

5. Enquanto me dirigia a ela.

Felicíssimo pela atenção da equipe do Ciberdúvidas. Sempre me ajudam prontamente quando necessito.

Natanael Estevão Estudante Brasil 724

Sabendo-se que contrações não devem ser realizadas quando uma preposição está se referindo a um verbo no infinitivo – «apesar DE O [em vez de do] homem ter morrido, todos permaneceram lá»; «o maior problema está EM ISSO (em vez de nisso) fugir do nosso controle» –, é possível que, no mesmo sentido, uma crase se torne um «a a»?

Por exemplo:

– [A professora subestimou minhas habilidades.] Como respondi "à" professora tê-las subestimado? Aperfeiçoei-as mais ainda.

– [A professora subestimou minhas habilidades.] Como respondi "a a" professora tê-las subestimado? Aperfeiçoei-as mais ainda.

Raquel Santos Estudante Porto, Espanha 493

[...] Na seguinte frase usa-se a preposição para em vez de a:

«Com a democratização do ensino, a escola deixou de ser um espaço restrito para classes mais baixas.»

O que significa esta frase? Que antes a escola era para as classes mais altas? Ou para as classes mais baixas? Pelo conhecimento do mundo, sabemos qual a resposta, mas não sei se o uso de «restringido para» traduz essa ideia. A ideia transmitida seria a mesma se se usasse a preposição a («restringido a»)?

«Com a democratização do ensino, a escola deixou de ser um espaço restrito a classes mais baixas.»

Muito obrigada pelos esclarecimentos e pelo vosso magnífico trabalho!

Miguel Campos Estudante (Engenharia) Coimbra , Portugal 513

Durante o meu estudo (de Matemática), ao transcrever as minhas palavras para o papel, parece que criei duas novas palavras, "explicidade" e "implicidade" (de algo). O tópico era explicitar o modo como uma equação pode ser explícita ou implícita, concretamente se num membro da equação possuir as variáveis, por exemplo x+y=1 é uma equação implícita; por outro lado, se um membro possuir uma incógnita isolada, w=k+1, assim já é uma equação explícita [...].

Como é que eu escrevo «a maneira ou modo que um determinado assunto é explicito/implicito»?

Obrigado.

Ausse Saide Professor Cairo, Egito 377

Sou escritor, verto livros de árabe para português, e às vezes me deparo com situações, como, por exemplo: «eles supõem erroneamente que jamais morrerão!»

A minha questão é como posso discordar? Será que digo: «Sim! Por Deus que vós morrereis»? Ou: «Pois não! Por Deus que vós morrereis»?

E quando posso usar: «pois não!»; «pois sim!»; «claro!»; «sim!»?

Agradeço o que o Ciberdúvidas tem feito para a melhoria do nosso português.

Diogo M. Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 593

Devemos dizer e escrever «ter pressa de» ou «em»? Por exemplo: «Tenho pressa de/em publicar este livro.

Obrigado.

Rivaldo Sade Ié Professor Bissau , Guiné-Bissau 433

Em referência ao Campeonato Africano das Nações, eu pensava que o género seria masculino, tendo em conta o género da primeira palavra (campeonato), mas escuto pelas rádios portuguesas «a CAN», o que me deixa totalmente perdido.

Filomena Miguel Tradutora e Professora Português Língua não Materna Loulé, Portugal 598

Ensino o Português a Estrangeiros e muitos alunos estão a aprender o conjuntivo. Em todas as gramáticas para este fim, a conjunção se é seguida por um futuro do conjuntivo em situações como a seguinte: «Se não houver ajuda, é/será tudo mais difícil.»

No entanto, ouço repetidamente na televisão o uso do presente do indicativo em situações deste género. Ex: «Se não há coordenação, há de facto mais problemas.»

Estas duas frases estão corretas? Como interpretar isto?

Agradeço antecipadamente a vossa resposta à minha dúvida. Muito obrigada pelo vosso trabalho. Recorro frequentemente à vossa página para esclarecer as minhas dúvidas.

Fernando Carval Bibliotecário São Paulo, Brasil 429

Qual é/seria o adjetivo pátrio reduzido de catalão?

Obrigado.

Miguel de Sá Sotomaior Gestor Ponte de Lima, Portugal 696

«O Chile propôs-se tornar-se o país mais barato do mundo» será, no meu entender, uma frase incorreta, uma vez que não necessitaria ser utilizado o primeiro -se, mas há quem insista que está correto. Está correto, ou não? Qual a regra a aplicar?

Obrigado.