Vi no cursinho que durante, mediante, senão e salvo podem ser considerados preposições acidentais.
Eu sei que segundo pode ser representado um numeral (2.º) e uma preposição ao ligar palavras («segundo ele, estamos bem»).
Mas qual a outra classe gramatical dessas quatro palavras acima? Seriam substantivos? Não consegui encontrá-las em nenhuma outra classe para fazer a comparação.
Obrigada.
O pronome pessoal se pode ter vários valores. Relativamente ao valor reflexo, sabemos que a ação cai sobre quem a praticou, por isso, verbos como vestiu-se, lava-se, deitar-se, etc., são fáceis de identificar. Sei também que a expressão «a si mesmo/próprio» é uma boa maneira de identificação.
A minha questão é sobre o que se passa em outros verbos, por exemplo, cruzar-se, intromete-se ou apercebeu-se.
A frase «Ele intromete-se (a si próprio) na vidas das outras pessoas» não me parece descabida de todo, no entanto, num livro de exercícios de gramática que estou a usar indicam que este se não tem valor reflexo, assim como nos outros verbos que mencionei.
Há alguma outra maneira de identificar mais facilmente o valor do pronome pessoal se?
No verso «que não se muda já como soía», do soneto "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" qual é a classe e subclasse da palavra que? É uma conjunção explicativa ou causal? Parece-me explicativa ( não estaremos perante uma relação de coordenação?).
Agradecia que me ajudassem a explicitar esta dúvida.
O verbo vir é ou não considerado um verbo de movimento?
Parece uma pergunta estúpida mas não é, tendo em conta algumas considerações que já ouvi sobre o mesmo...
Obrigada.
Nas frases «O meu amigo é inglês» e «O meu amigo é professor», temos inglês como adjetivo e professor como nome, se não me engano.Tenho dificuldade em compreender porquê.
Julgo não poder usar inglês numa comparação como «O João é mais inglês do que o Paulo», tal como não posso dizer «O João é mais professor do que o Paulo», pois ou se tem a nacionalidade inglesa ou não.
Não posso dizer «muito inglês» neste sentido, como poderia afirmar de um adjetivo, tal como «muito bonito».
Como reconhecer quando inglês funciona como nome ou como adjetivo?
Muito obrigado pelo esclarecimento.
A palavra pouco pode inserir-se em diferentes classes/subclasses, como a dos quantificadores existenciais, a dos pronomes indefinidos, a dos advérbios de quantidade e grau ou até a dos nomes. Além disso, o dicionário prevê ainda que este vocábulo seja um adjetivo. Em que contextos? Nesse caso, como distinguir dos quantificadores? Obrigado pela vossa ajuda!
Na frase «Realizei o procedimento conforme as instruções», o constituinte conforme é preposição ou advérbio?
Caso seja preposição (por unir palavras que exercem funções sintáticas distintas: «procedimento» – núcleo do objeto direto; «instruções» – núcleo do adjunto adverbial), por que não poderia ser advérbio, visto que é palavra invariável que modifica o valor da forma verbal «realizei»?
Gostaria de saber também se realmente preposições são definidas como constituintes invariáveis que ligam palavras com funções sintáticas diversas, de acordo com o que supus no texto acima, e se está correta minha análise sintática em relação às palavras procedimento e instruções.
Grato mais uma vez.
Preciso entender a sintaxe do verbo evadir, pois os dicionários que consultei me deixaram com mais dúvidas do que já tinha.
O Dicionário Online de Português mostra que esse verbo é transitivo direto e pronominal quando a definição for «afastar-se de uma resposta direta». Porém, logo em seguida, cita uma frase com preposição: «evadir-se a uma crítica». Se o verbo é transitivo direto, a frase correta não seria «evadir-se uma crítica»? Porém, admito que ficaria estranho. Portanto, o mais correto não seria dizer que o verbo é transitivo indireto, citando a referida frase como exemplo (evadir-se a uma crítica)?
A minha dúvida vem da frase que pretendo escrever em que um filho faz uma pergunta a que a mãe não sabe como responder. A frase é: «Pega de surpresa, ela sorri desconcertadamente e tenta se evadir da resposta.»
Fico grato se puderem me elucidar esse enigma!
Minhas dúvidas estão em volta de uma coisa que foi me ensinada no ensino fundamental e que eu diversas vezes presenciei: que, quando numa sala cheia de "garotas" e com somente um "garoto", os termos corretos a se dizer são sempre no masculino, por ex., «todos vocês».
Logo, se há mais de um gênero de pessoas num mesmo espaço, é obrigação do enunciador dizer os termos em masculino.
Isso não implica que o gênero masculino é também, em determinadas circunstâncias, o termo neutro da língua portuguesa?
Logo, mesmo me referindo a um grupo formado somente por não-binários e mulheres, o correto termo a usar é “eles”.
Então, o termo neutro da língua portuguesa, (pelo que eu entendo ser o “elus”), só pode ser usado para se referir a um grupo de não-binários, e não a todos os gêneros que forma o espectro?
Seria tudo isso correto, ou o uso do masculino, quando se fala com o público geral, é só um sinal do machismo/misoginia na língua portuguesa?
Se o verbo intransitivo fala só por si, porque na frase «A Alda caminhou muito» dizem que é verbo intransitivo, mas tem um complemento – muito?
Agradeço a vossa explicação.
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