Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa
<i>Geringonça</i> a palavra que deu a volta ao texto

Sobre a palavra do ano 2016 em Portugal, na votação do passatempo promovido pela Porto Editora, e a sua conotação política – nesta crónica do autor, publicada no "Diário de Notícias" de 5 de janeiro de 2017.

475 anos de geringonça

Geringonça, a palavra escolhida como sendo a do ano em 2016 em Portugal, já existe há quase 500 anos. E, na sua origem, não tem nada a ver com máquinas e mecanismos.

[Henrique Monteiro, Expresso digital do dia 4/1/2017]

Pobre Língua

«Qualquer gramática de Português indica que a preposição "de", ou as locuções prepositivas compostas por "de", não se fundem ou contraem com o artigo seguinte (definido ou indefinido) ou com um pronome quando o verbo da frase está no infinitivo», lembra o autor, neste apontamento crítico a este erro cada vez mais vulgar na imprensa portuguesa.

[in blogue Causa Nossa, 2/01/2017]

Lisbon Revisited

«(...)  A língua portuguesa não é a mais adequada para se falar da capital da famosa e mui frequentada West Coast of Europe.

O Christmas Spirit, ou Geist, olorando as almas e dando leveza aos sacos das prendas, a Lisboa dos Hotéis e dos Hostels, dos Tuk-Tuk e da algaraviada de línguas, só fica bem em inglês. (...)

Sem pés para andar

«Sendo uma convenção internacional, o AO só poderia ser modificado por acordo entre os governos dos países que o ratificaram», escreve neste apontamento o constitucionalista português Vital Moreira, em referência às proposta de alteração anunciadas pela Academia das Ciências de Lisboa, primeiro em notícia aqui reproduzida, e depois nas declarações prestadas pelo respetivo presidente, Artur Anselmo, em entrevista ao jornal “Público” de 12/12 p.p.

«Nós consideramos que o normal<br> é o respeito pelas ortografias nacionais»

Entrevista do presidente da Academia das Ciências de Lisboa, Artur Anselmo, ao jornal "Público" de 12/12/2016, a propósito do anunciado documento "Subsídios para o Aperfeiçoamento do Acordo Ortográfico". Ver, ainda a segunda parte desta entrevista, «Dizer que o Brasil cedeu alguma coisa é uma hipocrisia total»

«Dizer que o Brasil cedeu alguma coisa<br> é de uma hipocrisia total»

Segunda parte da entrevista do presidente da Academia das Ciências de Lisboa, Artur Anselmo, ao jornal "Público" de 12/12/2013 – ver «Para nós, o normal é o respeito pelas ortografias nacionais» –, para quem «o respeito pelas normas de cada país é essencial para um bom entendimento em matéria ortográfica: um mesmo sistema, o da Língua Portuguesa, e várias normas, consoante os países a que digam respeito.» Por isso, na sua opinião, o Acordo Ortográfico não tem sentido.

Até que o vós me doa

Crónica do humorista Ricardo Araújo Pereira sobre o desuso em Lisboa – e não só... – da segunda pessoa do plural, do imperativo e conjuntivo... substituídos por «uma mixórdia linguística».

Contributos para um aperfeiçoamento do AO90

Texto do autor, publicado na sua página pessoal, a propósito dos anunciados contributos em estudo por parte da Academia das Ciências de Lisboa para o «aperfeiçoamento do Acordo Ortográfico de 1990», no contexto dos trabalhos, igualmente em curso para a 2.ª edição do seu Dicionário do Português Contemporâneo.

A geringonça vocabular do ano

Se o autor acertar quanto à palavra de 2016 em Portugal – uma iniciativa da Porto Editora desde 2009 –, como escreve neste artigo saído no jornal Público de 6/12/2016, «será a vitória do calão, assim fazendo jus à sua presença crescente na linguagem oral e nas redes sociais.» No caso, «um vocábulo da política [portuguesa] deste ano, cognome da maioria governamental, que teima em querer contrariar o que, nos dicionários, significa algo mal engendrado, tosco e desenculatrado.»