O privilégio de «ser professor de Português» e a importância do ensino da obra maior de Luís de Camões, Os Lusíadas, descrito neste texto de Lúcia Vaz Pedro, docente do Ensino Secundário, em Vila Nova de Gaia.
O privilégio de «ser professor de Português» e a importância do ensino da obra maior de Luís de Camões, Os Lusíadas, descrito neste texto de Lúcia Vaz Pedro, docente do Ensino Secundário, em Vila Nova de Gaia.
Na sua crónica divulgada no programa programa Páginas de Português, a professora Carla Marques aborda os significados do adjetivo preto, desde a sua relação com a cor às ideologias que pode veicular na comunicação: uma reflexão motivada pela polémica suscitada em Portugal, por causa de uma notícia da agência Lusa em que uma deputada foi identificada pela cor da pele.
«As línguas que têm ortografia unificada continuam a ter registos diversos e as que não têm ortografia unificada continuam a ter um idioma-padrão compreendido por toda a gente.Não é megalomania entender esta realidade.» Réplica do historiador e político Rui Tavares a uma nova crónica de Sérgio Rodrigues (Folha de S. Paulo, 19 de maio de 2021) e a um artigo de Nuno Pacheco (Público, 20 de maio de 2021), no contexto do debate à volta do sentido que tem atualmente a ideia de lusofonia e de unidade linguística.
O humorista português Ricardo Araújo Pereira comenta o caso ocorrido com uma notícia da agência Lusa em que uma deputada era identificada como «preta»– em crónica publicada na revista Visão em 20 de maio de 2021.
Uma língua língua pluricêntrica, como é o português – lembra a linguista brasileira Edeleise Mendes * – «significa o reconhecermos em toda a sua diversidade, como língua de muito(a)s, não apenas no espaço dos países que o têm como língua oficial, mas também incluindo a sua grande diáspora, além dos seus falantes como língua não materna, cada vez em maior número. Isso implica que em cada espaço onde a língua portuguesa se desenvolveu, a ela foram-se agregando novos elementos, linguísticos e culturais, decorrentes das características geográficas, sociais e culturais locais, bem como do contato com muitas outras línguas que com ela convivem.»
*Crónica escrita e lida para a emissão de 16 de maio de 2021 do programa de rádio Páginas de Português, na Antena 2 . Imagem de br.freepik.com (17/05/2021).
É tempo de o português do Brasil se tornar a língua brasileira? O jornalista e escritor brasileiro Sérgio Rodrigues diz que sim, em crónica publicada na Folha de S.Paulo (12 de maio de 2021), mas o historiador e político português Rui Tavares acha que não (Público, 14 de maio de 202).
Duas posições que, podendo ser antagónicas, concordam como indícios de que algo não corre bem no seio da chamada lusofonia.
Incluiu-se também o que, a propósito desta troca de argumentos, escreveu o jornalista Nuno Pacheco no jornal Público, de 20 de maio de 2021, assim como, sobre esta mesma querela, o texto Afinal, existe 'língua brasileira'?, da autoria do professor Sérgio Nogueira.
«Uma decisão intempestiva de autonomizar oficialmente parte da língua portuguesa teria também de ter origem num governo nacional (por ação, no caso do Brasil; por omissão, no caso de Portugal) [...] não mudaria em nada a intercompreensão entre as centenas de milhões de falantes da língua mas [...] teria um impacto desastroso para o português do ponto de vista da sua estratégia internacional.» A observação é do historiador e político português Rui Tavares, como reação à crónica do jornalista e escritor brasileiro Sérgio Rodrigues, que, na Folha de S. Paulo (12 de maio 2021), defendeu a proclamação, como língua independente, do português falado e escrito no Brasil (ler aqui).
Crónica do jornal Público em 14 de maio de 2021.
As reflexões sobre o lugar da língua portuguesa no mundo e sobre as formas de a conceber dão mote ao artigo* de Ana Paula Laborinho, diretora em Portugal da Organização de Estados Ibero-americanos, no rescaldo das celebrações do Dia Mundial da Língua Portuguesa, de 2021.
* in Diário de Notícias em 12 de maio de 2021, a seguir transcrito com a devida vénia.
Cf. Dia Mundial da Língua Portuguesa em 2021 + A língua entranhou-se tanto que já sonham em português: seis histórias de cidadãos estrangeiros a viver em Portugal + Português. Quanto vale a língua mais falada no hemisfério sul? + Uma língua que cresceu 27 vezes, de Leonídio Paulo Ferreira + Uma língua do mundo, para o mundo
«Quando se fizer a história da língua portuguesa das últimas décadas, obrigatória será a menção ao enriquecimento que o seu léxico conheceu graças à adesão de Portugal à UE e ao trabalho constante dos funcionários do Departamento de Língua Portuguesa», afirma a professora universitária e linguista Margarita Correia, no seu artigo a propósito da celebração do Dia da Língua Portuguesa na União Europeia.
*Artigo publicado no Diário de Notícias em 10 de maio de 2021.
O cronista Miguel Esteves Cardoso dedica a sua crónica ao verbo falecer, tornado modismo com uma amplitude tal que parece ocupar todos os espaços do verbo morrer.
*Crónica publicada no jornal Público em 8 de maio de 2021. (mantém-se a ortografia de 1945, seguida no original).
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