«A pluralidade de perspetivas sobre a língua, associada ao facto de esta ter uma dimensão poliédrica que permite inúmeras abordagens, deu ao Ciberdúvidas a multiplicidade de rubricas que o caracterizam.»
«A pluralidade de perspetivas sobre a língua, associada ao facto de esta ter uma dimensão poliédrica que permite inúmeras abordagens, deu ao Ciberdúvidas a multiplicidade de rubricas que o caracterizam.»
No 25.º aniversário do Ciberdúvidas, a professora Carla Marques deixa um balanço do percurso do projeto que mostra, de forma clara, a sua vitalidade e pertinência.
Em entrevista feita pelo jornal Público, em 8 de janeiro de 2022, a Rui Duro, gestor da empresa de cibersegurança Check Point Software, nota-se uma profusão de termos técnicos em inglês que os mais ciosos do vernáculo desejarão evitar.
Apresenta-se de seguida uma lista dessas palavras com comentários sobre contextos e significados destas palavras, com a indicação de equivalentes portugueses possíveis ou já com uso efetivo e estável.
Numa altura em que as eleições antecipadas se aproximam em Portugal, a palavra eleição foi a escolhida para a crónica da professora Carla Marques, no programa Páginas de Português, da Antena 2 (dia 9 de janeiro de 2022).
«Com a questão da nacionalidade portuguesa dos descendentes dos judeus sefarditas na ordem do dia, ocorre-me lembrar que Bento de Espinosa, em cuja concepção de Deus Einstein se revia, falava e pensava em português.»
Artigo incluído no jornal Público em 6 de janeiro de 2022 e da autoria do professor universitário António Bento (Universidade da Beira Interior), que relembra que é praticamente segura a tese de o filósofo Bento (ou Baruch) Espinosa (1632-1677) ter tido o português como língua materna, apesar de viver imerso nas comunidades hebraica e neerlandesa da Holanda do século XVII.
«Sem duvidar da utilidade de avaliar (quando necessário) a nossa relação com o mundo das máquinas, nos seus múltiplos parâmetros – e isso pode ser feito de forma seca e eficaz, sem rodriguinhos a fingir que “está ali uma pessoa” –, somos invadidos por idiotices a que apetece dar um berro.»
Crónica do jornalista Nuno Pacheco incluída no jornal Público em 6 de janeiro de 2022, à volta do excesso de mensagens automáticas associadas a aplicações digitais, as quais em vez de facilitarem a comunicação acabam por lhe criar novos problemas.
Da palavra tradição e dos seus significados em contexto natalício trata a crónica da professora Carla Marques no programa Páginas de Português, na Antena 2, no dia 26 de dezembro de 2021.
«Na festa de Ano Novo, a língua se transmuta em poesia e assume o poder de alterar futuros, de vislumbrar novos começos e grandes conquistas. Assim, palavras como paz, saúde, sucesso, felicidade, luz, alegria, benção, fé, sorte ganham renovada força e são, em si mesmas, amuletos para os tempos que virão.»
Crónica da linguista Edleise Mendes (Universidade Federal da Bahia) para o programa Páginas de Português, em 2 de janeiro de 2022. A autora refere-se à força que ganham certas palavras pelo Ano Novo e enumera diferentes tradições e rituais propiciatórios nos países de língua portuguesa – por exemplo, vestir roupa branca no Brasil ou tomar o primeiro banho de mar –, lembrando, com Carlos Drummond de Andrade, que o novo ano está, afinal, dentro de cada pessoa.
Fonte da imagem: Grande Hotel da Barra (acesso em 03/01/2021).
«Moçambique constitui, entre os países africanos de língua portuguesa, aquele que mais tem progredido na descrição e codificação da sua variedade nacional, graças ao excelente trabalho de uma plêiade de linguistas de renome internacional.»
Crónica da linguista Margarita Correia publicada no Diário Notícias de 20 de dezembro de 2021, sobre a importância que tem o português de Moçambique e o contributo que a sua descrição linguística, a par da criação literária, tem dado à construção da própria identidade moçambicana.
«A determinação da causa de morte é um acto médico, que só ao médico diz respeito. Está longe de ser uma ciência infalível, como toda a medicina também não o é. Mas obedece à melhor interpretação dos dados clínicos disponíveis, e é feita com a mesma seriedade com que nos aplicamos na busca de um diagnóstico.»
O médico português intensivista Gustavo Carona contesta o comentador político José Miguel Júdice, que em 21 de dezembro de 2021, na SIC Notícias, declarou estarem «a morrer pouquíssimas pessoas, e que a maioria é com covid e não de covid». Para Gustavo Carona, trata-se de uma afirmação tóxica para a opinião pública, lesiva da boa comunicação científica, pois despreza os critérios e a responsabilidade dos atos médicos. Artigo incluído em 22 de dezembro de 2021 no jornal Público (mantém-se a ortografia de 1945, adotada pelo original).
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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