Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

É bem possível que o mandarim venha a ser a língua franca. Neste momento, esse estatuto é ainda do inglês, por via do domínio económico, científico e cultural dos EUA, ao longo do século XX. Há muito que se reconhece que um bom domínio do inglês é uma competência básica do desempenho profissional e que essa competência não concorre em nada com o bem falar e o bem escrever (n)a língua materna.

Na sua permanente luta contra a praga da discordância verbal em frases contendo como sujeito o pronome relativo que (recordemos ter Camões escrito em Os Lusíadas «Era este Catual um dos que estavam corruptos pela Maumetana gente» e não «Era este Catual um dos que estava corrupto pela Maumetana gente»), o provedor [do leitor do Público] regista mais alguns casos recentes retirados da leitura ocasional do Público (...)

Está para breve o arranque do Europeu, e os relatos e os comentários sobre futebol vão ter máximo lugar de honra nas rádios e nas televisões. Veremos e ouviremos os jogadores a «recepcionar bem bola» ou a «temporizar bem», em excelente exercício de «triangulação» e trabalho de «entrosamento», em espectaculares «produções ofensivas»...

Marcelo Rebelo de Sousa insiste em dizer «há meses "atrás"» e "precaridade" em vez de precariedade, associando-se a outros políticos, jornalistas e pivôs, que mantêm o mesmo espinoteante tolejo e acrescentam-lhe "competividade" em vez de competitividade.

Por M.E.

O texto do Acordo Ortográfico, que vai ser ratificado na Assembleia da República [no dia 15 de Maio], contém erros ortográficos, gralhas, irregularidades na pontuação e outras incongruências. A notícia foi avançada [no dia 7 de Maio p. p.] pela SIC (...).

Mais um atentado  do <i>Público</i> contra a língua

 

O provedor do leitor do Público não se tem cansado de chamar a atenção do jornal para a catadupa de erros linguísticos e culturais que assolam as páginas do diário. Sem resultados, como sabem os leitores habituais. Descobrir um erro linguístico no Público é mais fácil do que resolver um sudoku. Por isso, já nem como passatempo funciona.

Precariedade, precariedade, precariedade – dizia sempre o ministro português do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva. Mas quem o entrevistava, numa manhã destas, no Rádio Clube Português, teimava no "precaridade". E, para que não houvesse dúvidas na diferença, a terminação errada era sempre sublinhada na entoação. O que fará um jornalista – da rádio, ainda por cima – ter um ouvido tão insensível ao disparate?

 

O nosso leitor Amadeu Silva está convencido — ou convicto — de que o correcto é: «O Benfica tem ganhado» e não «O Benfica tem ganho». E é disso mesmo que tem procurado convencer os seus amigos. Mas, apesar dessa convicção, o leitor pergunta-nos se ele tem ou não razão.

Depois de a PT anunciar «Xamadas a zero xêntimos por minuto», vem agora a UZO oferecer um serviço telefónico a baixo preço para todas as redes — e avisa: «Cênt.-se para não cair».

Sem cairmos em nostalgias bafientas, há que reconhecer que deixaram saudades sloganes de antigamente, como «Aquela máquina!» (Regisconta) ou «Foi você que pediu um Porto Ferreira?». Alguns entraram até no linguajar da época; outros ecoam ainda nos dias de hoje. Lembro somente o título do livro de Dinis Manuel ...

Parece-me, no mínimo, pouco profissional que o jornal [Público] apresente na sua plataforma “on-line” um vídeo (e respectivo texto escrito)1 com um erro grave de português. Será mais um "detalhe", será mais «uma coisa do diabo». Mas fica tão mal...

Falo do vídeo "Cultura: O rapaz do YouTube que se tornou estrela de cinema" ("link" aqui), em que a narradora (jornalista?) utiliza "entretia" como sendo a conjugação do verbo entreter na terceira pessoa do singular no pretérito imperfeito.