Pergunta:
Gostaria de saber se são correctas as seguintes grafias para estas capitais africanas:
– Conakry (Guiné): "Conácri" ou "Conacri"?
– Yamoussoukro (Costa do Marfim): "Iamussucrô" ou "Iamussucro"?
– Libreville (Gabão): será "Librevile" legítimo?
– Brazzaville (República do Congo): estará "Brazavile" correcto?
– Mbabane (Suazilândia): "Babane" (à semelhança do caso "N'Djamena" (Sudão), que deu Jamena)?
– Moroni (Comores): Moroni ou Moróni?
– Asmara (Eritreia): Asmara ou Asmera?
– Dar es Salaam (Tanzânia): Dar es Salam? E com ou sem hífen?
– Abidjan (Costa do Marfim): Abijão ou Abijã?
– Nairobi (Quénia): Nairóbi ou Nairobi?
Um muito obrigado!
Resposta:
Consultei o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP, PE) da Porto Editora (2009), que aplica o novo Acordo Ortográfico de 1990, e o Vocabulário da Língua Portuguesa (VLP, RG), de Rebelo Gonçalves, publicado em 1966 e que segue um acordo ortográfico anterior, o de 1945, que dentro de algum tempo deixará de vigorar em Portugal. Note-se que as profundas mudanças políticas ocorridas nos últimos cinquenta anos explicam que muitos nomes não tenham tradição, porque não faziam parte do universo de referência das práticas discursivas em português; trata-se, muitas vezes, de adaptações gráficas e fonológicas recentes.
Sendo assim, seguem-se as formas portuguesas dos nomes em questão:
Conacri: assim registado no VOLP, PE, não consta do VLP, RG.
Iamussucro: assim registado no VOLP, PE, não consta do VLP, RG.
Libreville: VOLP, PE, não consta do VLP, RG; seria de esperar "Librevile", que não se encontra atestado, uma vez que não existe "ll" na ortografia portuguesa.
Brazaville: assim registado no VOLP, PE, não consta do