Marco Neves - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Textos publicados pelo autor
A origem extraterrestre da língua portuguesa
Sobre pensamentos nebulosos e história do português

 «[...] [T]ambém há teóricos da conspiração para todos os gostos no mundo da língua: o português veio do fenício, veio do árabe, veio do grego, veio disto ou daquilo… Que tantos e tantos estudiosos tenham acumulado toda uma história complexa e ainda não terminada do caminho que a nossa língua percorreu do latim popular até ao português de hoje em dia, passando pelos séculos em que o português e o galego não se distinguiam — nada disso interessa!»

Crítica do professor universitário e tradutor Marco Neves a quantos elaboram teorias infundadas sobre a origem das línguas, entre elas, a língua portuguesa (que é latina). Texto publicado no blogue Certas Palavras em 14 de março de 2022 e aqui transcrito com a devida vénia, mentendo a ortografia de 1945, seguida pelo original.

 

Português: uma língua à portuguesa nas Caraíbas?
O papiamento de Curaçau

«[...] Sobre o papiamento podemos dizer com segurança que é uma língua com uma intrigante proximidade às nosssas línguas ibéricas, com uma história que passa pelas conversas dos escravos, dos judeus sefarditas fugidos do Brasil, da mistura de europeus, africanos e nativos americanos.» 

Texto do tradutor e professor universitário Marco Neves, dedicado ao papiamento, uma língua crioula falada na ilha de Curaçau, nas Caraíbas e que faz parte do Reino dos Países Baixos. Transcreve-se com a devida vénia o artigo publicado no blogue Certas Palavras em 14 de outubro de 2018, mantendo-se a grafia do original, que segue a norma ortográfica de 1945.

História das línguas de Lisboa
(antes de Portugal)

«Há 7000 anos, quem vivesse à volta do estuário do Tejo ouviria palavras de viajantes de outras zonas da Ibéria, que falariam [várias] línguas antigas. Não seria impossível encontrar falantes do basco da época, do tal ibérico, de línguas mais próximas que hoje não têm nome — e ainda palavras das línguas do Norte de África. Não se ouviria, certamente, uma só língua. É difícil reconstruir a paisagem linguística desses tempos. Temos apenas vislumbres.» 

Texto do tradutor e professor universitário Marco Neves, dedicado à história das línguas que se falaram em Lisboa, das mais remotas, pré-indo-europeias, até à implantação medieval do galego-português na cidade que veio a tornar-se a capital do reino de Portugal. Transcreve-se com a devida vénia o artigo publicado no blogue Certas Palavras em 6 de março de 2022, mantendo-se a grafia do original, que segue a norma ortográfica de 1945.

 

O português e as línguas da Ucrânia
Também a propósito de bilinguismo na história de Portugal

«Falo em russo, mas posso mudar para o ucraniano quando é mais apropriado, visto que as duas línguas são tão semelhantes entre si como o português e o espanhol. Frequentemente na televisão ou em apresentações de livros as pessoas conversam nas duas línguas simultaneamente.» 

Apontamento* do tradutor Serge Lunin, falante de russo e de ucraniano,  dando conta da história da sua aprendizagem do português, cuja história lhe serve de mote para uma reflexão sobre o bilinguismo na Ucrânia.

 *Texto apresentado pelo professor universitário Marco Neves, que o incluiu no seu blogue Certas Palavras em 6 de fevereiro de 2017, com tradução de Ivan Mestre. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945, seguida pelo original.

 

Cf. A situação linguística na Ucrânia: apontamentos históricos

 

 

Qual é a origem da palavra <i>guerra</i>?
Uma relação etimológica com varrer

«Como é que guerra e varrer têm a mesma origem, mas significados tão diferentes» A respeito da etimologia mais remota da palavra guerra, no contexto da crise política e militar na Ucrânia, um apontamento que o professor universitário e tradutor Marco Neves publicou no blogue  Certas Palavras 13 de fevereiro de 2022.

Na imagem, guerreiros francos. Fonte: "The Frankish way of war" in Weapons and Warfare. History and Hardware of Warfare (consulta em 17/02/2022).