A regência do verbo ajudar
Os jornais noticiam palavras do presidente do STF: «O Supremo ajudou para a melhoria...»
Gostaria de saber: é «ajudou para» ou «ajudou na»?
A regência do verbo rumar
Como se diz a expressão: «Rumar ao/a/para sul»?
Obrigada.
As acepções de perceber
Hoje no trabalho e num relatório, escrevi a frase abaixo que todos insistem em dizer que não faz sentido, mas acho que faz, e, se me puderem ajudar, agradeço:
«Ora, julga o requerente que esteve a perceber o Suplemento por um valor inferior ao que, efectivamente, tem direito.»
O maior problema prende-se com o perceber que escrevi como sinónimo de receber ou auferir e a fim de evitar repetições daquelas palavras no relatório, mas todos acham que não faz sentido, apesar de lhes ter mostrado o dicionário normal e um de sinónimos onde aparece o perceber como sinónimo de receber, «receber honorários», «receber rendas», etc.
A sintaxe do verbo oficiar
Deve dizer-se «oficie ao serviço de finanças», ou «oficie o serviço de finanças»? Obrigado.
Outra vez haver, «existir», numa perífrase de futuro («ir haver»)
Costumo ouvir o programa Jogo da Língua, na Antena 1 [RTP, Portugal], e num concurso da minha escola, formulei num jogo uma pergunta que ouvi nesse programa, que foi a seguinte: «Como se diz? "Sabes que feriados vão haver?", ou "Sabes que feriados vai haver?"?» Lembro-me de que a resposta correcta dada na Antena 1 foi a segunda opção. Agora, alguns colegas de Língua Portuguesa disseram-me que a pergunta está mal formulada e que não é nem uma opção nem outra. Como sou professora de Matemática e não me lembro da explicação da professora Sandra Duarte, nesse dia na rádio, gostava de ficar esclarecida e perceber a razão de ser a segunda opção a correcta. Ou talvez tivesse ouvido mal.
Obrigada.
Suportar (anglicismo) e fundamentar
Leio sempre frases do mesmo tipo e sinto arrepios por saber que não está correta. Gostaria de sua explicação para onde ajudar a corrigir quando necessário. A frase em questão é: «Prestação de contas deve ser suportada por notas fiscais.» O verbo suportar neste caso está incorreto, certo? Qual o sinônimo que poderia substituí-lo?
Obrigada.
A sintaxe do verbo favorecer
Primeiro agradeço pelas várias vezes em que fui atendido, em minhas dúvidas, pelo Ciberdúvidas.
Minha dúvida é a respeito da construção de uma frase que, aos meus ouvidos, não pareceu muito apropriada: «Professor, para favorecer que os alunos construam uma história pessoal de leitura...» Esse «para favorecer que os alunos» me pareceu agramatical, pois entendo que favorece-se alguém ou alguma coisa (inclusive procurei a construção em www.corpusdoportugues.org e não encontrei nada semelhante), de modo que, para mim, a construção adequada seria: «para favorecer os alunos a que construam (a construir) uma história...» Estou certo, ou a outra construção é possível?
Muito obrigado.
O uso de pegar no meio da frase
Tenho observado que os brasileiros, ao falarem que fizeram/vão fazer alguma coisa, dizem constantemente «eu peguei e fiz isso». Um exemplo seria: «Ontem estava nervoso, daí eu peguei e liguei para ela» ou «Estou muito nervoso. Vou pegar e ligar para ela». Existe uma explicação para o uso desse pegar no meio da frase? Seria possível fazer uma análise sintática?
Muito obrigada.
Duplo particípio: expulsado e expulso
Gostaria que me esclarecessem uma dúvida. Hoje, ao ler um jornal desportivo nacional, deparei-me com uma dúvida, que em baixo transcrevo:
«Árbitro devia ter expulsado Luisão no lance com Liedson?»
A minha dúvida é: se neste contexto a palavra expulsado estará bem? Ou seria antes expulso?
Obrigado.
O uso do pretérito perfeito composto (em relatos de futebol)
É muito normal ouvir um tempo verbal que me deixa sérias dúvidas.
Frequentemente em relatos de futebol (mas o "fenómeno" tem vindo a espalhar-se...), ouve-se «se ele tem acertado», «se ele tem passado», etc., em vez do que me parece mais correcto «se ele acertasse», «se ele passasse» ou ainda «se tivesse acertado» ou «se tivesse passado». Pois sempre tive a ideia de que dizer «se tem passado» implica uma ideia de continuidade no tempo.
É correcto usar «se o jogador tem acertado na baliza» (sem existir a tal noção de continuidade em vez de «se o jogador tivesse acertado» ou «se o jogador acertasse» (naquele preciso momento)?
Obrigado!
