Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Ricardo Madureira Professor Juiz de Fora, Brasil 343

Primeiramente gostaria de cumprimentá-los pela excelente prestação de serviços com que somos brindados pelo Ciberdúvidas!

No português brasileiro, a oposição pronome reto X pronome oblíquo átono não é levada a sério na fala espontânea, ficando restrita à língua escrita formal. Assim, são comuns frases como «eu conheço ele», «eu encontrei ela», «eu vi elas», etc.

O único caso que se obedece é a oposição eu e me e, mesmo assim, entre pessoas de muito baixa escolaridade, pode-se ouvir um «ele viu eu» ou, ainda pior, «ela me viu eu». [...]

Eu gostaria de saber, afinal, se em Portugal, na fala espontânea, podem-se encontrar construções com o pronome reto empregado em vez do oblíquo átono.

PS.: Não há problemas para o brasileiro, mesmo de pouca instrução, em relação às formas tônicas.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 383

Por que se diz a expressão «boa esperança»? Dessa forma, como «Nossa Senhora da Boa Esperança», «fazenda Boa Esperança», etc.?

O uso do adjetivo se dá por ênfase, já que se espera que toda esperança seja boa, sendo estranho ter-se uma «má esperança»?

Muito obrigado, desde já.

Sylvio Lyra Publicitário Luís Eduardo Magalhães, Brasil 459

«Tem que ter tinta na caneta.»

Este ditado vem de onde?

João Alferes Gonçalves Jornalista Lisboa, Portugal 374

É possível torcer o uso de enveredar, para considerar que se trata do verbo sinónimo de envidar, neste caso?

«No sentido de demonstrar ao povo ucraniano que não está sozinho nesta luta pela independência e liberdade, pela democracia, por um Estado de direito e pela paz, apelamos a Vossa Excelência para que possa enveredar os seus mais diligentes esforços junto do Conselho Supremo da Ucrânia (Parlamento Ucraniano – Verkhovna Rada) para que uma delegação de deputados desta Comissão possa realizar uma missão parlamentar com os seus congéneres ucranianos» (Público, 26/04/2022) – refere a proposta assinada pelos deputados Ricardo Baptista LeiteTiago Moreira de SáPedro Roque.

Obrigado.

Tomás Tavares Bancário Ponta Delgada, Portugal 456

Qual a diferença entre estrutural e estruturante?

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo), Brasil 321

Será possível que tem gente que não sabe o significado da palavra de pior, por aqui, no Brasil para cometer essa verdadeira e imensa atrocidade («menos pior»...)?

Muitíssimo obrigado!

Carlos Augusto Kavan Estudante São Paulo, Brasil 490

Lendo alguns fóruns na Internet, deparei-me com o seguinte modelo de frase: «Jorge gosta de frutas porque faz bem.» Nota-se que há a conjunção porque, não sendo precedida de vírgula.

O fórum cita o porque explicativo e causal, citando suas diferenças, sendo uma delas a de que o porque causal não pode ser precedido de vírgula e estabelece uma causa entre as duas orações; neste caso, a causa de Jorge gostar de frutas deve-se ao fato de estas fazerem bem, o que explica a ausência de vírgula. No entanto, tal análise torna-se, de certa forma, muito subjetiva, gerando uma dúvida no leitor. Da mesma forma que o porque da frase pode ser entendido como causal, também pode ser entendido como explicativo; a explicação do motivo de Jorge gostar de frutas deve-se ao fato de elas fazerem bem.

Li por vários outros fóruns e sites atrás de métodos para diferenciá-los, mas não obtive sucesso.

Afinal, há algum método de diferenciá-los com exatidão ou podemos nos esbarrar nesse mesmo problema de ambiguidade na análise?

Grato.

Pedro Ludgero Professor Vila Nova de Gaia, Portugal 319

Gostaria de saber se a expressão "vigésima quinta hora" existe no português de Portugal (conheço-a do seu uso na língua inglesa...). E, caso não se use, se há uma expressão equivalente.

Muito obrigado.

Margarida Sofia Estudante Rio de Janeiro, Brasil 534

Existe alguma diferença no significado de provocativo, provocatório e provocante?

Grata

José Saraiva Leão Estudante Foz do Iguaçu, Brasil 515

Em Portugal, é geral o evitar-se o hiato «a água» com "a iágua", ou trata-se dum uso dialetal?

Muitíssimo reconhecido ao vosso trabalho!