Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Francisco Mendes Desempregado Lisboa, Portugal 2K

Tenho encontrado com frequência a expressão pop-up store, referente a uma loja que abre para fazer negócio durante um período curto.

Não haverá expressão portuguesa equivalente? A expressão inglesa é mesmo necessária?

Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 1K

Num livro que estou a rever, a autora escreve «clariaudiente» e precisa que o termo significa o oposto de «clarividente». [...] Este termo existe mesmo?

Muito obrigado. E parabéns pelo vosso trabalho: é uma ajuda preciosa!

Pedro Davides Gestor Porto, Portugal 11K

É correcto usar «muito pior»?

Manuela Borges Estudante Porto, Portugal 3K

Gostaria que me esclarecessem como fica a seguinte frase na passiva:

«O filho foi chamar o pai.»

Obrigada pela vossa sempre preciosa ajuda.

Ricardo Almeida Publicitário Pesqueira, Brasil 19K

A palavra ranque existe em nosso dicionário, ou devemos utilizar a palavra inglesa ranking (em itálico) em nossos textos?

Mário Braga Ginecologista Omsk, Rússia 1K

O feminino do adjetivo entradote não existe? É correto dizer «a mulher era um bocado entradote»?

João Baptista Estudante Lisboa, Portugal 3K

«Uma descoberta desta importância deve estar rodeada do mais absoluto segredo!»

Em que grau se encontra o adjetivo absoluto? Para mim e alguns colegas, o adjetivo está no grau superlativo relativo de superioridade, mas nas soluções do exercício diz que está no grau normal.

Será que é um erro?

Markus Dienel Teólogo Leipzig, Alemanha 6K

Não posso concordar [quando se diz] que é aceitável dizer «eu disse para fazeres isso». Correcto é (e sempre foi assim): «Eu disse que fizesses isso.» E porquê? Porque eu disse: «Faz isso!» Logo, fica: «eu disse que fizesses isso»; mas nunca «eu disse para fazeres isso», pois tal não faria sentido nenhum. Da mesma maneira que se diria: «eu ordenei que fizesses isso», e nunca «eu ordenei para fazeres isso», nem «eu mandei para fazeres isso», mas, sim, «eu mandei que fizesses isso»; pois a ordem, ou o mandado, foi: «Faz isso.» E o mesmo se aplica ao verbo pedir: Eu pedi: «Faz isso.» «Eu pedi que fizesses isso»; e não: «Eu pedi para fazeres isso».

O uso de para seria correto neste caso: «Eu disse aquilo, para te animar»; «eu pedi aquilo, para te animar». Esse erro parece-me, mais, ser uma corrupção pelo inglês, em que se costuma dizer: «I told/ask you to do that», que, vertido literalmente para português, seria, efectivamente: «Eu disse-vos/pedi-vos para fazerdes isso»; mas cuja tradução em português correcto é: «Eu disse-vos/pedi-vos que fizésseis isso» («eu disse-vos/pedi-vos: Fazei isso»). Isto, sim, faz pleno sentido. Erros devem ser condenados prontamente; e não devem ser tolerados, só porque são muitos os que os cometem. E os doutores têm a obrigação de fazer isso mesmo. Quando prevaricam, o erro espalha-se velozmente.

Javier Galán Marketing Corunha, Espanha 13K

Devo dizer «do que o costume», «do que de costume», ou «que de costume»?

Obrigado.

Jacinto Braga Economista Setúbal, Portugal 2K

Gostaria de saber a vossa opinião acerca da gramaticalidade das seguintes frases:

(a) Um terço das mulheres presentes está grávida.

(b) Das mulheres presentes, um terço está grávida.

Este assunto foi discutido [num] fórum. O que se passa nestas frases é que temos uma concordância mista: um adjetivo, grávida, que concorda em número com o sujeito gramatical, «um terço das mulheres/das mulheres, um terço», e em género com o sentido desse sujeito, que são várias mulheres (coisa que tenho visto designada por concordância siléptica).

[O] vosso artigo "Concordância total e parcial ou atrativa" discute uma concordância “mista” (global em número, atrativa em género) no caso de um sujeito composto por uma lista de nomes, e diz que há gramáticos que a admitem. Não me parece grande acrobacia adaptar essa concordância “mista” às minhas frases acima. Mas gostaria de saber se isto é considerado aceitável ou até mesmo recomendável face a alternativas como «das mulheres presentes, um terço está grávido/estão grávidas».