Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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A «transversalidade» de Cristina Ferreira

A palavra transversalidade é atualmente utilizada ao serviço da descrição de diferentes realidades: tanto se aplica a uma dimensão pedagógica como à personalidade de alguém. Mas o que significa verdadeiramente?... 

«Foice o tempo»

«Foice o tempo» ou «Foi-se o tempo»? Uma reflexão de Maria Eugénia Leitão* sobre a dimensão do tempo e sobre a forma como os humanos o percecionam. Há, efetivamente, uma «foice» que nos leva o tempo...

 

*Transcrito, com a devida vénia, do semanário Sol", de 31 de agosto 2018.

<i>Zigzag</i> – rádio portuguesa ou rádio francesa?

Apontamento de Sara Mourato sobre a forma incorreta "zigzag", que teima em aparecer na escrita mediática, desta vez, como nome de uma nova estação de rádio em Portugal.

À volta dos significados de <i>ter</i> e <i>experienciar</i> numa perspetiva jovem

As novas formas de encarar a vida parecem estar relacionadas com a atribuição de uma importância diferente aos verbos ter e experienciar e seus respetivos significados.

A volta do y, do k e do w

« (...) Portugal decretara o fim do y (e do k, do w, do ph, do th, dos mm, dos mn e dos nn) na sua grande reforma ortográfica de 1911 que o Brasil, teimoso e desobediente, não seguira. Com isso, naqueles primórdios do século, o milenar Portugal já modernizara a sua língua enquanto o Brasil, que se julgava avançado e do Novo Mundo, continuara a escrever coisas como phonographo, Nictheroy e hypertrophia. Para piorar, condenara seus Ruys a um lado do Atlântico enquanto os Ruis ficavam do outro. (...)»

Assim se confessa o jornalista e escritor brasileiro Ruy Castro, que, em crónica publicada no Diário de Notícias de 2 de setembro de 2018, conta o que tem sido escrever o seu nome próprio com y no meio dos (des)entendimentos ortográficos entre o Brasil e Portugal.

O entãosismo

A propósito dos debates à volta da atualidade política internacional  na Europa, o historiador e cronista* Rui Tavares cria o neologismo entãosismo, com base no marcador discursivo «e então...?» e para traduzir o inglês whataboutism, termo aplicável a uma variante do argumento tu quoque, isto é, um contra-argumento falacioso através do qual se acusa o interlocutor de não praticar o que diz.

* in jornal "Público" de 31 de agosto de 2018.

Liberal já significou «generoso»; <br> hoje interpreta-se «egoísta»
Mudanças semânticas no discurso polírtico-ideológico em Portugal

«Algumas das palavras mais importantes do nosso vocabulário político mudaram de sentido no século XVIII para adquirirem um significado mais amplo», lembra neste artigo* o historiador Rui Tavares, a propósito do lançamento de um novo partido em Portugal que se reclama de «liberal» – à semelhança de outros dois já existentes, igualmente no espectro ideológico de direita. 

* in  jornal  português "Público". de 22 de agosto de 2018

«Andar à torrina/torrinha/torreira do sol»
Usos diferentes no Alentejo e na Cova da Beira

No Alentejo usa-se a expressão «andar à torrina do sol», similar ao que ocorre na Cova da Beira: «andar à torrinha do sol» e «andar à torreira do sol», também não dicionarizadas. Qual a origem delas?

Palavras mágicas da comunicação

O nome próprio, a saudação «como está?» e as expressões coloquiais «imagine que...», «seria possível?» ou «não se preocupe» são algumas das palavras-chave para uma boa comunicação. «Uma arte» – como escreve a linguista Sandra Duarte Tavares, neste texto transcrito da edição digital da revista Visão, de julho.

Ainda o trema e as consoantes ditas mudas

A reafirmação do autor sobre a importância do trema para a distinção da pronúncia do u – que se enquadra no seu conceito «de que devem ser facultativas e não proibidas as utilizações gráficas na língua que facilitem a aproximação com a pronúncia do falante» –, em referência ao artigo do jornalista Nuno Pacheco, Ascensão e queda dos pontinhos voadores.