Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Ortografices ao correr da pena
Recordando as vozes críticas ao AO-90 de Maria Lúcia Lepecki, João Ubaldo Ribeiro e Afrânio Coutinho

«Uma das vozes mais activas no combate [na imprensa portuguesa] contra o Acordo Ortográfico, cuja vigência intensamente contesta» – como o assinalou a Sociedade Portuguesa dos Autores no Prémio de Jornalismo Cultural 2018 que lhe atribuiu –, o jornalista Nuno Pacheco lembra neste artigooutras vozes, brasileiras e portuguesas, igualmente críticas, ao longo destes mais de 30 anos que já dura esta querela linguística.

* in jornal Público  no dia 22 de fevereiro de 2018.

Quem fala assim não é gago nem gaga

Crónica do humorista português Ricardo Araújo Pereira glosando o tema do "sexo das palavras", publicada na revista  Visão, de 15 de janeiro de 2018.

Metáforas do discurso político*

«Seja qual for a ideologia, metáforas como vírus, purga, contágio, contaminação e infeção surgem com frequência na vida pública», escreve o jornalista e crítico literário Luís M. Faria neste texto publicado na Revista do semanário “Expresso” do dia 10 de fevereiro de 2018, a propósito do vocabulário tecnocrático que abunda na imprensa portuguesa.

*título da responsabilidade editorial  do Ciberdúvidas.

Português ou inglês?

«Os preços dos livros estão a matar o português. Hoje é mais barato comprar em Portugal um livro escrito em inglês do que esse mesmo título traduzido para a nossa língua»

 

[artigo publicado pelo autor no "Jornal de Negócios" do dia 7 de fevereiro de 2018] 

Quando falar português, em Portugal, não basta!*

Faz parte do senso comum dizer que «os brasileiros emigram para Portugal por causa da língua». O problema – no caso específico dos estudantes brasileiros no ensino superior português, como escreve a autora em artigo publicado no Diário de Notícias do dia 5 de fevereiro de 2018 – não reside apenas, nem principalmente, nas conhecidas dificuldades que encontram com a língua portuguesa falada em Portugal: diferenças de vocabulário, concordância, fonética, sotaques, regionalismos, gírias, etc. Pior: «A maioria não sabe que no ensino superior português o conhecimento da língua inglesa é fundamental (é cada vez mais comum o uso do inglês em aulas, bibliografias, participação em conferências e escrita de papers, já que a academia portuguesa quer marcar presença nas principais revistas científicas do mundo, e estas encontram-se, maioritariamente, em inglês).»

 

 

 

«<i>Tá-se </i> bem» – ou um verbo em vias de extinção

A propósito de um episódio  em que não era tasse, mas tá-se, que também não era tá-se mas está-se. E, ainda, um outro de um tive que devia ser um estive, mais o recorrente tropeção na precaridade.

 

 

A <i>Final Four</i> disputou-se mesmo entre equipas portuguesas?

A final da Taça da Liga portuguesa… denominá-la em inglês?!...

À volta da expressão «nem por isso» e de outras que tais
Sobre a «alforreca das respostas negativas», segundo Miguel Esteves Cardoso...

«O nem por isso é a alforreca das respostas negativas. O que mais enfurece nela é a falta não-absoluta de significância», glosava Miguel Esteves Cardoso, na sua crónica no jornal "Público", do dia 21/07/2014: «"Nem por isso": toda a gente sabe o que quer dizer, mas qual é o "isso" por que ocorre o "nem"? (...)» Quatro anos depois, voltou ao tema, para ele ainda não esclarecido, da falta de lógica gramatical desta expressão de uso corrente na coloquialidade dos portugueses. Dela e de outras similares aborda o texto a seguir.  

Se adjectivar, não beba

«Quase tudo o que é brutal, hoje, é o rigoroso oposto do que era brutal no passado. Mas talvez nenhuma outra palavra tenha tido pior sorte do que o adjectivo genial», escreve o humorista português Ricardo Araújo Pereira, em crónica publicada na revista Visão de 11 de janeiro 2018, a seguir transcrita, na íntegra.

«A montanha pariu um rato»

A curiosa e sugestiva expressão «A montanha pariu um rato» é dissecada numa explicação que nos surpreende.