Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Pai
A origem da palavra

«Os romanos usaram essa bela palavra [pai] durante séculos e séculos, sem mudanças, até que, talvez no fim do Império Romano, a palavra começou a mudar até chegar às formas das línguas latinas: pai, padre, pare, père, etc. Estas formas seriam, agora, as definitivas em cada uma destas línguas…». Através deste texto, o professor e tradutor Marco Neves leva-nos numa viagem à volta da origem da palavra pai. Texto publicado em 9 de agosto de 2020 no blogue Certas Palavras e no livro Almanaque da Língua Portuguesa (Guerra & Paz, 2020). 

E se um jornal de Goa voltar a escrever em português? Aconteceu
Os goeses redescobrem a língua portuguesa

Fundado em 1900, O Heraldo é um jornal de Goa que, em 1983, mais de duas décadas depois da integração deste território na Índia, passou a publicar apenas em inglês. Contudo, a pedido dos seus leitores, voltou a incluir conteúdos em português, numa secção publicada ao domingo. «[Goa] tem uma cultura de tolerância que é notável e mantém um código civil que não faz distinção entre comunidades religiosas, um legado português que foi respeitado por Jawaharlal Nehru, o homem que foi o primeiro primeiro-ministro da Índia independente em 1947 e que não desistiu enquanto não incluiu as possessões portuguesas no novo país» – lembra o jornalista português Leonídio Paulo Ferreira em crónica publicada em 6 de setembro de 2020 no Diário de Notícias, para assinalar este e outros acontecimentos que têm marcado a redescoberta da língua portuguesa pelos goeses.

Começar e Recomeçar

Na época em que se começarecomeça, como é típico do início do mês de setembro, uma reflexão da professora Carla Marques em torno dos verbos começarrecomeçar, da sua origem aos seus significados. Uma crónica emitida no programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 6 de setembro de 2020.

O inglês é mais apto do que o português em termos lexicais?
Uma comparação dos dois idiomas pelos dicionários

«[...][O] que torna o inglês tão capaz de denominar muitos e também novos conceitos não é qualquer característica intrínseca que o torne “melhor”, mas sim as condições históricas, sociais, económicas, culturais que rodearam o seu desenvolvimento» –sustenta a linguista Margarita Correia no artigo que adiante se transcreve, com a devida vénia, da ediçãode1 de setembro do jornal Diário de Notícias.

Crónica nostálgica de gestos quase em extinção
A propósito do verbo lembrar-se, de Georges Perec e de memórias (nada) banais

Retomando um livro comemorativo do 25 de Abril de 1974, que publicou com o título Lembro-me quecuja sintaxe recebeu reparos injustificados  –, o jornalista Ferreira Fernandes, inspirando-se no escritor francês Georges Perec (1936-1982), chega «a esta crónica, nostálgica de gestos desaparecidos e hoje quase impensáveis de serem praticados», associando várias memórias pessoais e profissionais, que vão da Angola colonial a uma duvidosa vitória luso-angolana num campeonato europeu de futebol. Texto transcrito, com a devida vénia, da edição de 29 de agosto de 2020 do jornal Público.

Qual é a origem da palavra <i>esquerda</i>?
Uma viagem até aos Pirenéus

«A direita tem uma origem latina muito directa. Já a esquerda esconde algumas surpresas. Nesta viagem pelas palavras, vamos da nossa língua ao Velho Oeste, passando pelos Pirenéus.»

É a proposta do professor universitário e tradutor Marco Neves com o apontamento adiante transcrito com a devida vénia, a respeito da etimologia da palavra esquerda. Texto publicado em 30 de agosto de 2020 na página Certas Palavras. (mantém-se ortografia de 1945 que é seguida no original).

Um ponto pouco final
Uso e desuso da pontuação entre gerações

«Cosslett não estava a querer extinguir o ponto final – estava a querer redefini-lo de acordo com a maneira como é usado por gerações diferentes. É um objetivo tradicional, interessante e útil»

Crónica do escritor Miguel Esteves Cardoso, incluída na edição de 26 de agosto de 2020 do jornal Público, onde o autor aborda o desuso de determinada pontuação, nomeadamente o ponto final. Mantém-se a ortografia do original, anterior ao acordo vigente.

Que nos contam as palavras <i>racismo</i> e <i>xenofobia</i>?
Sobre a introdução de duas palavras no português

«É provável que as palavras [racismo e xenofobia]  tenham circulado na sociedade antes das primeiras atestações registadas. Em português, ambas chegam com relativo atraso, algures no século XX, e por meio do francês, a grande referência cultural portuguesa até meados desse século.» A respeito da história dos internacionalismos racismo e xenofobia, um texto da linguista Margarita Correia publicado no Diário de Notícias de 25 de agosto de 2020.

As 20 palavras mais engraçadas da língua portuguesa
Para rir um pouco...

 Balacobaco, chumbrega, faniquito, gororoba,  mequetrefe, serelepe,  tribufu, urucubaca, xexelento e ziquizira são 10 exemplos de  palavras  tão incomuns quanto o riso que provocam a quem as oiça pela primeira vez neste pequeno artigo publicado no sítio eletrónico brasileiro Escola Educação. 

 

Língua Franca do Boçalnarismo
Autoritarismo e linguagem

«Nos discursos do presidente da República e seus seguidores, uma forma de linguagem emerge – agressiva, repetitiva, ecoando, sobretudo nas redes sociais, o seu barulho ensurdecedor. Vou denominá-la de LFB (Língua Franca do Boçalnarismo)». São declarações do sociólogo brasileiro Renato Ortiz num ensaio onde apresenta exemplos dessa mesma linguagem. Texto original no jornal Nexo, publicado no dia 15 de agosto de 2020, e aqui transcrito com a devida vénia.