O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
«Uma questão de terminologia»
Em causa o deficiente emprego de expresões e palavras da arbitragem no futebol

«[...] [V]erifico que é comum o uso de uma terminologia do futebol que, sendo perceptível para quem assiste (ou lê, ou ouve), se baseia em palavras que não existem ou não são correctas, de acordo com as leis de jogo» – escreve Pedro Henriques, comentador de arbitragem e ex-árbitro português, no artigo que assinou no jornal Público, em 18 de setembro de 2018, e em que define e corrige alguns termos recorrentes no discurso mediático sobre arbitragem no futebol.

«Para desmoer»
Do uso popular ao registo (já) dicionarístico

Crónica* do escritor e humorista Miguel Esteves Cardoso à  volta  da expressão popular em Portugal «para desmoer» (= «para facilitar a digestão; para desentorpecer»), aludindo a um anterior esclarecimento no Ciberdúvidas.

* in jornal "Público" do dia 16 de setembro de 2018

Vírgula sim ou vírgula não?

Há vírgula obrigatórias? Há vírgulas proibidas? Sandra Duarte Tavares dá indicações muito úteis sobre como aplicar as vírgulas em frases e textos.

A «transversalidade» de Cristina Ferreira

A palavra transversalidade é atualmente utilizada ao serviço da descrição de diferentes realidades: tanto se aplica a uma dimensão pedagógica como à personalidade de alguém. Mas o que significa verdadeiramente?... 

«Foice o tempo»

«Foice o tempo» ou «Foi-se o tempo»? Uma reflexão de Maria Eugénia Leitão* sobre a dimensão do tempo e sobre a forma como os humanos o percecionam. Há, efetivamente, uma «foice» que nos leva o tempo...

 

*Transcrito, com a devida vénia, do semanário Sol", de 31 de agosto 2018.

À volta dos significados de <i>ter</i> e <i>experienciar</i> numa perspetiva jovem

As novas formas de encarar a vida parecem estar relacionadas com a atribuição de uma importância diferente aos verbos ter e experienciar e seus respetivos significados.

A volta do y, do k e do w

« (...) Portugal decretara o fim do y (e do k, do w, do ph, do th, dos mm, dos mn e dos nn) na sua grande reforma ortográfica de 1911 que o Brasil, teimoso e desobediente, não seguira. Com isso, naqueles primórdios do século, o milenar Portugal já modernizara a sua língua enquanto o Brasil, que se julgava avançado e do Novo Mundo, continuara a escrever coisas como phonographo, Nictheroy e hypertrophia. Para piorar, condenara seus Ruys a um lado do Atlântico enquanto os Ruis ficavam do outro. (...)»

Assim se confessa o jornalista e escritor brasileiro Ruy Castro, que, em crónica publicada no Diário de Notícias de 2 de setembro de 2018, conta o que tem sido escrever o seu nome próprio com y no meio dos (des)entendimentos ortográficos entre o Brasil e Portugal.

O entãosismo

A propósito dos debates à volta da atualidade política internacional  na Europa, o historiador e cronista* Rui Tavares cria o neologismo entãosismo, com base no marcador discursivo «e então...?» e para traduzir o inglês whataboutism, termo aplicável a uma variante do argumento tu quoque, isto é, um contra-argumento falacioso através do qual se acusa o interlocutor de não praticar o que diz.

* in jornal "Público" de 31 de agosto de 2018.

Liberal já significou «generoso»; <br> hoje interpreta-se «egoísta»
Mudanças semânticas no discurso polírtico-ideológico em Portugal

«Algumas das palavras mais importantes do nosso vocabulário político mudaram de sentido no século XVIII para adquirirem um significado mais amplo», lembra neste artigo* o historiador Rui Tavares, a propósito do lançamento de um novo partido em Portugal que se reclama de «liberal» – à semelhança de outros dois já existentes, igualmente no espectro ideológico de direita. 

* in  jornal  português "Público". de 22 de agosto de 2018

«Andar à torrina/torrinha/torreira do sol»
Usos diferentes no Alentejo e na Cova da Beira

No Alentejo usa-se a expressão «andar à torrina do sol», similar ao que ocorre na Cova da Beira: «andar à torrinha do sol» e «andar à torreira do sol», também não dicionarizadas. Qual a origem delas?