Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Carlos Alexandre Coimbra Xavier Fernandes Aviação Comercial-Reformado Maia, Portugal 408

Numa rede social o grupo é composto pelos dois sexos. Na seguinte troca de mensagens por dois elementos (F – feminino e M – masculino):

«F - Bom fim de semana, minhas caras.

M - ... e meus caros!

F1 - Disse bem, minhas caras! Somos todas pessoas!»

É correta a justificação invocada por F1 ou deveria ser sempre «meus caros», conforme M, de modo a abranger todo o grupo?

Para a frase de F estar correta, não deveria ser especificado o vocábulo pessoas, apesar de soar muito mal?

Agradeço o vosso empenho em prol da língua portuguesa.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 315

Na frase «o local onde vivo é Santo Aleixo», é forçoso que se use a preposição após o verbo viver ou seja, «o local onde vivo é "em" Santo Aleixo»?

Obrigado.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 273

Sabendo de antemão que o uso do infinitivo é um terreno pantanoso que requer cuidado para trilhar, atrevo-me a concordar com a posição da consulente Inês Pantaleão, em 17/5/2022.

Em primeiro lugar, não creio que a frase apresentada por ela seja o caso típico de orações com sujeitos diferentes, a exemplo de «O professor mudou o método de ensino para os alunos aprenderem melhor».

A referida oração («os antibióticos perderam eficácia devido à capacidade que as bactérias têm de lhes resistirem...») é um pouco diferente, devendo-se verificar a necessidade de flexão do infinitivo no âmbito somente da oração subordinada («as bactérias têm a capacidade de resistir aos antibióticos»). Para que flexioná-lo, se o sujeito é o mesmo?

É frase semelhante a estas: «Todos tinham receio de enfrentar o tirano», «Nós vivemos da esperança de ver um mundo mais justo», «Não cobiçavam a glória de ficar em posição de destaque».

Outras de estrutura diferente, mas com sujeito único, também não exigem flexão do infinitivo: "Eles quiseram estar presentes à cerimônia", "Esperamos construir a casa em seis meses".

Nesse caso, vale a máxima de "Por que dizer com muito aquilo que pode ser dito com pouco?".

Tiago Crisostomo Servidor público São Paulo, Brasil 311

No trecho abaixo retirado de Sonhos D'Ouro, de José de Alencar, como ficaria a análise sintática de "Palavra que vi o moço"? Fiquei em dúvida.

«É sério, Mrs. Trowshy. Palavra que vi o moço. E a senhora também; não disfarce.»

Henrique Reis Estudante Porto, Portugal 390

No Brasil é muito comum dizer «igual eu» no sentido de «como eu» ou «como a mim». E também é muito comum o uso da figura de estilo elipse. Como exemplo, o emprego destes hábitos em uma frase seria:

«O João fala errado igual eu falo.» → «O João fala errado igual eu.»

Gostaria de saber se na variante do português de Portugal é incorreto este uso e, se sim, qual a forma correta de serem ditas frases como estas?

– O João fala errado igual eu. (O João fala errado igual eu falo.)

 – Ele pensa igual eu. (Ele pensa como eu.)

Obrigado.

Vitor Alberto Lessa Oficial administrativo Brasil 412

Minha dúvida é deveras simples: qual é o sentido da preposição em em textos religiosos, por exemplo, «Por Cristo, com Cristo e em Cristo», «escravo de Jesus em Maria»?

Tratar-se-ia de um sinônimo mais cerimonioso de «por meio de», «mediante», «com o auxílio de», etc.?

Agradeço-vos desde já.

Gilda Silva Aposentada Seixal, Portugal 392

Qual a frase correta?

«Foram realizadas centenas de protestos», ou «foram realizados centenas de protestos»?

Vítor Carvalho Aposentado Odivelas , Portugal 426

Hoje ouvi na TV: «Já chegou o atleta que sagrou-se campeão!»

Então, não deveria dizer-se: «Já chegou o atleta que se sagrou campeão!»?

Ou estamos perante mais uma modernice por conta do acordo ortográfico?

Raul Matos Agente de navegação Aveiro , Portugal 416

A expressão «sinto-te a falta» em vez de «sinto a tua falta» está gramatical e sintaticamente correta? Se sim, serão intercambiáveis em termos de significado?

Desde já obrigado.

Diogo Sobral Explicador Lisboa, Portugal 316

Venho perguntar pela extensão e abrangência do predicativo do sujeito, o que em alguns casos acho difícil de delimitar. Por exemplo:

Fiquei dececionado com o que fizeste.

Pareces um bandido da velho guarda.

És ridículo quando fazes essas coisas.

Muito obrigado!