DÚVIDAS

A pronúncia de síndroma/e, glicemia, anemia, etc.
Conforme as nossas escolas médicas, há grandes variações no género e pronúncia de termos médicos de origem grega. Tanto se diz "glicémia", "leucócitos", como "glicemia", "leucocitos", embora toda a gente diga "anemia" e não "anémia". Em Lisboa e Coimbra, diz-se «os enzimas» e, quanto a estes, por exemplo, "polimerase". No Porto, diz-se «as enzimas» e a "polimérase". Maior confusão ainda: «o "sindroma"» (como aprendi em Lisboa), «o síndrome», «a síndrome». Pode haver alguma regra com sentido etimológico e fonético?
DNA
Vejo no Glossário que se critica o uso da abreviatura ADN para ácido desoxirribonucleico, por ser à inglesa. Discordo, por não me parecer que as siglas estejam sujeitas à gramática. Neste caso, se não há dúvidas quanto à designação por extenso, também não deve haver em relação à sigla, mas por outra razão. Já há muito que a União Internacional de Bioquímica definiu que as siglas devem ser únicas, em todos os países, para facilidade de comunicação científica. Quanto a muitas outras siglas, em outros domínios, creio que é o uso que acaba por as legitimar. Quase toda a gente diz ONU, OMS, SIDA (mas os brasileiros dizem AIDS), AVC, TAC, etc. Mas, pelo contrário, quase ninguém diz OTAN, mas sim NATO. Da mesma forma, OCDE. Então agora, com a profusão de siglas tecnológicas, muitos são os exemplos: ADSL, GPS, FTP, ABS, HTTP, PCR, etc. Quem é que se lembra de defender o seu aportuguesamento?
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