Trata-se realmente de um complemento nominal, porque o substantivo perigo selecciona uma expressão que pode referir-se à natureza do perigo ou à entidade afectada por ele. No Dicionário de Regimes e Substantivos (São Paulo, Globo, 1995), de Francisco Fernandes, o substantivo perigo tem regência construída com as seguintes preposições:
a) de: «estar em perigo de vida» (= «o perigo afecta a vida»);
b) em: «não há perigo em atravessar o rio neste ponto» (= «atravessar o rio não é um perigo»);
c) para: «mantinham-se sempre despertas as ambições sem perigo para a liberdade» (= «o perigo não afecta a liberdade»).