Nas frases:
«O 25 de Abril, que todos conhecemos como a revolução dos cravos, é um dia memorável.»
«Os sismos, abalos telúricos, causam tremendos prejuízos.»
«As cartas Magic, uma invenção japonesa, entretêm as crianças com muita imaginação.»
os constituintes «dos cravos», «telúricos», «japonesa» desempenham a função sintática de modificadores ou complementos do nome?
Tenho alguma dificuldade em distinguir estas duas funções sintáticas.
Agradeço, desde já, o esclarecimento.
Na frase «Realizei o procedimento conforme as instruções», o constituinte conforme é preposição ou advérbio?
Caso seja preposição (por unir palavras que exercem funções sintáticas distintas: «procedimento» – núcleo do objeto direto; «instruções» – núcleo do adjunto adverbial), por que não poderia ser advérbio, visto que é palavra invariável que modifica o valor da forma verbal «realizei»?
Gostaria de saber também se realmente preposições são definidas como constituintes invariáveis que ligam palavras com funções sintáticas diversas, de acordo com o que supus no texto acima, e se está correta minha análise sintática em relação às palavras procedimento e instruções.
Grato mais uma vez.
Em relação ao verbo opinar, é possível dizer-se «todas as pessoas podem opinar para uma melhor sociedade»?
Muito obrigado.
No segmento «Destinada a alargar a um maior número de leitores a fruição destes tesouros da cultura medieval portuguesa…», o verbo alargar exige um completo oblíquo e um completo direto ou um complemento indireto e um complemento direto?
Muito obrigada!
Eu estava lendo um texto, e se me apresentou que a conjunção quando e as locuções conjuntivas «ainda quando» e «mesmo quando» podem ser usadas em orações subordinadas com valores concessivos.
Vocês poderiam destrinçar essa possibilidade de usos, em que quando é usado em orações temporais e é antecedida por mesmo ou por ainda?
E também apresentar possíveis orações com essas três palavras, entre aspas, com valores concessivos?
Desde já, meu agradecimento.
Na frase "A ação foi admitida pelo juiz, sendo o réu intimado logo após", é possível concluir que o constituinte "sendo o réu intimado logo após" se refere a oração reduzida de gerúndio, no caso, uma oração subordinada adverbial consecutiva em que seu verbo principal "intimar" está flexionado na voz passiva?
Seria uma oração adverbial consecutiva, uma vez que é possível desenvolvê-la da seguinte forma: "A ação foi admitida pelo juiz, de modo que o réu foi intimado logo depois."?
Grato desde já.
A propósito da consulta sobre o tema acima, feita por Maria Fernández, em 01/02/2022, não consegui estabelecer diferença, quanto à factualidade, entre as orações «Ainda que tenha imenso trabalho» e «Mesmo que tenha imenso trabalho».
A meu ver, podem ambas ser tomadas como hipotéticas (talvez pelo valor ambíguo citado pela consultora Carla Marques), o que já não ocorre quando se emprega a conjunção embora: «Embora tenha imenso trabalho, João vai passear (irá à praia).»
O uso dessa conjunção confere um caráter de fato real indubitável à mensagem (ele tem, de fato, um imenso trabalho a fazer). Que não o impedirá de se divertir... Esperto, esse João!
Ao ler a frase "Proteja-se a si e aos outros" fiquei com uma dúvida. Qual a razão para usar "a si" e "aos outros"?
Na frase "Proteja-se a si e aos outros" usamos "a si" porque o pronome pessoal reflexo "si" vem acompanhado da preposição "a". Logo, dizemos "Proteja-se a si" tal como dizemos "Convido-o a si". Mas qual é a lógica da segunda parte, "proteja aos outros"? Qual é o papel da preposição "a" contraída com "os outros" neste exemplo, sabendo que "proteger" não é regido pela preposição "a"?
Compreendo que digamos "Vi-o a si ontem", para reforçar o interlocutor, mas não percebo o sentido na frase que agora aparece em muitos cartazes. É que julgo que a frase "Proteja aos outros" não faz sentido.
Parece-me mais correto dizer: "Proteja-se e proteja os outros" ou talvez "Proteja-se a si e proteja os outros". Julgo que é a mesma em "Encontrei-te a ti e aos outros", pelo que deduzo que "a mim/ti/si e aos outros" seja uma fórmula que não depende do verbo que a antecede.
Obrigado pelo esclarecimento!
Na designação de instituições com o nome de um patrono, aceitam-se como corretas, por exemplo, «Hospital de Egas Moniz», em vez de «Hospital Egas Moniz»?
Qual das frases está correta? Ou estarão as duas?
«Todos os que estavam com ela sorriam e a acarinhavam.»
«Todos os que estavam com ela sorriam e acarinhavam-na.»
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