Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Joana Rocha Estudante Porto, Portugal 442

Nas frases:

«O 25 de Abril, que todos conhecemos como a revolução dos cravos, é um dia memorável.»

«Os sismos, abalos telúricos, causam tremendos prejuízos.»

«As cartas Magic, uma invenção japonesa, entretêm as crianças com muita imaginação.»

os constituintes «dos cravos», «telúricos», «japonesa» desempenham a função sintática de modificadores ou complementos do nome?

Tenho alguma dificuldade em distinguir estas duas funções sintáticas.

Agradeço, desde já, o esclarecimento.

Hugo Alexandre Professor Brasil 693

Na frase «Realizei o procedimento conforme as instruções», o constituinte conforme é preposição ou advérbio?

Caso seja preposição (por unir palavras que exercem funções sintáticas distintas: «procedimento» – núcleo do objeto direto; «instruções» – núcleo do adjunto adverbial), por que não poderia ser advérbio, visto que é palavra invariável que modifica o valor da forma verbal «realizei»?

Gostaria de saber também se realmente preposições são definidas como constituintes invariáveis que ligam palavras com funções sintáticas diversas, de acordo com o que supus no texto acima, e se está correta minha análise sintática em relação às palavras procedimento e instruções.

Grato mais uma vez.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 482

Em relação ao verbo opinar, é possível dizer-se «todas as pessoas podem opinar para uma melhor sociedade»?

Muito obrigado.

Sónia Neco Professora Luanda, Angola 473

No segmento «Destinada a alargar a um maior número de leitores a fruição destes tesouros da cultura medieval portuguesa…», o verbo alargar exige um completo oblíquo e um completo direto ou um complemento indireto e um complemento direto?

Muito obrigada!

Julian Alves Estudante Vitória da Conquista – Bahia, Brasil 672

Eu estava lendo um texto, e se me apresentou que a conjunção quando e as locuções conjuntivas «ainda quando» e «mesmo quando» podem ser usadas em orações subordinadas com valores concessivos.

Vocês poderiam destrinçar essa possibilidade de usos, em que quando é usado em orações temporais e é antecedida por mesmo ou por ainda

E também apresentar possíveis orações com essas três palavras, entre aspas, com valores concessivos?

Desde já, meu agradecimento.

Hugo Alexandre Rodrigues Martins Professor Brasil 1K

Na frase "A ação foi admitida pelo juiz, sendo o réu intimado logo após", é possível concluir que o constituinte "sendo o réu intimado logo após" se refere a oração reduzida de gerúndio, no caso, uma oração subordinada adverbial consecutiva em que seu verbo principal "intimar" está flexionado na voz passiva?

Seria uma oração adverbial consecutiva, uma vez que é possível desenvolvê-la da seguinte forma: "A ação foi admitida pelo juiz, de modo que o réu foi intimado logo depois."?

Grato desde já.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 642

A propósito da consulta sobre o tema acima, feita por Maria Fernández, em 01/02/2022, não consegui estabelecer diferença, quanto à factualidade, entre as orações «Ainda que tenha imenso trabalho» e «Mesmo que tenha imenso trabalho».

A meu ver, podem ambas ser tomadas como hipotéticas (talvez pelo valor ambíguo citado pela consultora Carla Marques), o que já não ocorre quando se emprega a conjunção embora: «Embora tenha imenso trabalho, João vai passear (irá à praia).»

O uso dessa conjunção confere um caráter de fato real indubitável à mensagem (ele tem, de fato, um imenso trabalho a fazer). Que não o impedirá de se divertir... Esperto, esse João!

Alberto Sousa Estudante Porto, Portugal 641

Ao ler a frase "Proteja-se a si e aos outros" fiquei com uma dúvida. Qual a razão para usar "a si" e "aos outros"?

Na frase "Proteja-se a si e aos outros" usamos "a si" porque o pronome pessoal reflexo "si" vem acompanhado da preposição "a". Logo, dizemos "Proteja-se a si" tal como dizemos "Convido-o a si". Mas qual é a lógica da segunda parte, "proteja aos outros"? Qual é o papel da preposição "a" contraída com "os outros" neste exemplo, sabendo que "proteger" não é regido pela preposição "a"?

Compreendo que digamos "Vi-o a si ontem", para reforçar o interlocutor, mas não percebo o sentido na frase que agora aparece em muitos cartazes. É que julgo que a frase "Proteja aos outros" não faz sentido.

Parece-me mais correto dizer: "Proteja-se e proteja os outros" ou talvez "Proteja-se a si e proteja os outros". Julgo que é a mesma em "Encontrei-te a ti e aos outros", pelo que deduzo que "a mim/ti/si e aos outros" seja uma fórmula que não depende do verbo que a antecede.

Obrigado pelo esclarecimento!

João Soromenho Lisboa, Portugal 320

Na designação de instituições com o nome de um patrono, aceitam-se como corretas, por exemplo, «Hospital de Egas Moniz», em vez de «Hospital Egas Moniz»?

Adélia Palma Professora Portalegre Fortios, Portugal 623

Qual das frases está correta? Ou estarão as duas?

«Todos os que estavam com ela sorriam e a acarinhavam.»

«Todos os que estavam com ela sorriam e acarinhavam-na.»