Os derivados de Óscar, uma cedilha intrusa e pontes galego-portuguesas
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Os derivados de Óscar, uma cedilha intrusa e pontes galego-portuguesas
1. Há palavras apenas ou mais usadas em certas épocas do ano, a marcar certos eventos. Por exemplo, em fevereiro, além dos ruidosos festejos do Carnaval, multiplicam-se as notícias sobre a atribuição dos Óscares da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood – em 2017, a cerimónia realiza-se em 26 de fevereiro – e, com elas, ouve-se e lê-se novamente, aqui e ali, o verbo oscarizar e o seu particípio passado, oscarizado, usado...
Gramática para o bom uso na comunicação
1. No consultório, torna-se ao uso das formas terminadas em nasal na conjugação pronominal: por exemplo, como pronominalizar «leiam este livro»? "Leiam-o"? Igualmente volta o tema da nem sempre fácil da distinção entre prefixos e elementos de composição: no verbo justapor, a forma justa- será o quê? E regressam as questões à volta dos graus dos adjetivos: qual o superlativo absoluto sintético de esguia?
2. Que significa...
Porquê «arrear (o) cabo», os modismos «à condição de» e «por defeito» e sobre conceito de língua correta
1. Qual é a diferença entre arrear e arriar? E o que dizer dos modismos «estar à condição», «funcionar por defeito» e «realizar que...» que enxameiam o discurso mediático, em Portugal? Sobre o primeiro tema, a professora Maria Regina Rocha escreve um texto que deixamos disponível na rubrica O Nosso Idioma, em resposta a dúvidas geradas pela grafia da locução «arrear (o) cabo», utilizada no 4.º programa da 9.ª...
A ortografia e a sua arrastada querela
1. A respeito de João Malaca Casteleiro, um dos membros da delegação portuguesa que elaborou o Acordo Ortográfico de 1990 (AO), escreve-se no jornal digital Observador (13/2/2017): «Passados quase 30 anos, o linguista afirma que nunca pensou que ainda estaria a falar do mesmo assunto. Apesar disso, sente que tem de o fazer para que todos percebam o que estava e está em causa, que nada foi feito ao acaso e que o novo Acordo Ortográfico, tal como é, foi a melhor solução final possível.»...
No Dia Mundial da Rádio, com a toponímia portuguesa e a promoção do idioma em Angola e em França
1. Comemora-se nesta data o Dia Mundial da Rádio, instituído pela UNESCO e aprovado em 2013 pela ONU. Coincidindo com o aniversário da Rádio das Nações Unidas, que arrancou em 1946, trata-se de uma iniciativa que este ano tem por objetivo incentivar a maior participação das audiências e comunidades nas políticas e no planeamento da radiodifusão. Sobre o tema da rádio e algumas palavras derivadas consultem-se, no arquivo do Ciberdúvidas, "Pela...
Atropelos linguísticos e (ainda) a querela ortográfica em Portugal
1. No Correio, o consulente Ângelo A. Vaz fala de dois atropelos à língua portuguesa: nas placas dos percursos pedestres, confundem-se as unidades de tempo com as unidades goniométricas (relativas à medição de ângulos); entre os profissionais de rádio e televisão, é urgente melhorar a dicção, porque são frequentes desleixos como "tamém" (= também) ou "pà" (= «para a»).
2. Como escrever? «Uva passa» ou uva-passa? "Video-arte", ou...
Mexidas no Acordo Ortográfico só no âmbito multilateral
1. No parlamento de Portugal, em audição convocada em 7/2/2016, os deputados da Comissão Parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto rejeitaram as Sugestões para Aperfeiçoamento do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovadas pela Academia das Ciências de Lisboa em 26/1/2017, por considerarem que uma revisão ortográfica no contexto do português europeu só é negociável em sede própria, ou seja, no Instituto Internacional da Língua Portuguesa (ler notícia no jornal...
Dois velhos tropeções, a linguagem náutica no Cuidado com a Língua! e a promoção do português pelo ensino a distância
1. Constantes já de vários esclarecimentos anteriores no Ciberdúvidas são a prolação da palavra acordo, no plural, e o erro da "precaridade", em vez de precariedade. Voltamos a eles no contexto das negociações da concertação social, em Portugal e do que se voltou a ouvir em declarações públicas relacionadas com este tema. Foi o caso da entrevista dada em 5/2/2017 ao programa Conversa Capital (Antena 1) pelo líder da CGTP, Arménio Carlos, que,...
Das vogais à (secular) questão ortográfica
1. Querendo proferir palavras menos habituais, como coevo («da mesma época») ou longevo («com longa vida»), há sempre hesitação. É que, com estas palavras graves, não se consegue saber apenas pela leitura se a vogal e do elemento -evo tem timbre aberto ou fechado, o que obriga a conhecer a sua pronúncia pelo exemplo de quem domina a língua culta ou por uma transcrição fonética, recurso ainda pouco generalizado entre os falantes de...
Dúvidas e curiosidades de uma língua com mil e uma histórias
1. No consultório, pergunta-se se o verbo mandar pode fazer parte de uma construção passiva: será correto dizer «o restaurante foi mandado construir pela presidente da câmara»? Ao encomendar uma piza, pedimos «com muita mozarela» ou «com muito mozarela»? E pede-se para cortar «ao meio» ou «a meio»?
2. Alhadas são «problemas», mas igual forma corresponde ao nome de um lugar, que a jornalista Joana Marques Alves recolheu para uma lista...
