Falar português ainda mais (e melhor) em 2014
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Falar português ainda mais (e melhor) em 2014
Enquanto se acaba 2013 e o novo ano é uma expetativa, propomos: – insistir na importância da revisão dos textos jornalísticos, com um comentário conjunto de Paulo J. S. Barata e José Mário Costa, no Pelourinho; – terminar com algumas hesitações relativamente ao uso de formas verbais da 3.ª pessoa do plural, da locução «sendo que» e da palavra parabéns – tudo tópicos da nova atualização do consultório; – na rubrica O Nosso Idioma, refletir sobre a necessidade de promover o português como língua científica,...
Um estrangeirismo, um angolanismo e muitos alentejanismos
Em O Nosso Idioma, Paulo J. S. Barata traça a história de mandatório, um decalque do anglicismo mandatory, «obrigatório». Na mesma rubrica, Edno Pimentel fala sobre um desvio no uso do verbo nascer no português coloquial de Angola (texto original publicado em 26/12/2013, no semanário Nova Gazeta). E, na Montra de Livros, apresenta-se a nova edição do Dicionário de Falares Alentejanos, de Vítor Fernando Barros e Lourivaldo Martins Guerreiro. Finalmente, no...
Um Natal livre de erros
É Natal, e a aproximação do ano novo leva-nos a recuperar a esperança e a verbalizá-la com promessas, orientações e vaticínios: «farei», «vais fazer», «hão de fazer». Aludindo ao uso de haver como auxiliar e ao erro de longa tradição que constitui a forma "hadem", em lugar da normativa hão de, a rubrica O Nosso Idioma divulga um texto do jornalista e poeta Luís Carlos Patraquim, que transforma a referida incorreção num símbolo da crise que se vive em Portugal.
Mas, fugindo de pensamentos...
Parlamento português protela petição anti-Acordo Ortográfico
Em Lisboa, a Assembleia da República adiou a discussão da petição pública que reclama a desvinculação de Portugal do Acordo Ortográfico de 1990 (AO). Ao que se sabe, será marcada nova data em 2014, apreciando-se igualmente na altura um projeto de resolução subscrito pelos deputados Ribeiro e Castro, Michael Seufert (ambos do CDS) e Mota Amaral (PSD), em que propõem «a criação urgente» de um novo grupo de trabalho – o anterior já foi extinto – sobre a aplicação do acordo de 1990, em Portugal,...
Cortesmente falando
«É só mais um bocadinho...» – ouve-se em Portugal, como quem diz «se faz favor». Mas entre falantes angolanos, sobretudo da província de Benguela, só chega mesmo a ser marca de cortesia, conforme salienta Edno Pimentel em mais uma crónica disponibilizada em O Nosso Idioma, sobre a convivência entre norma e uso no português de Angola (texto original publicado no semanário Nova Gazeta de 19/12/2013). No consultório, retomam-se tópicos relativos ao léxico, à morfologia e à sintaxe da nossa...
Circunlóquios e outras questões de língua
Circunlóquio, pleonasmo, redundância, tautologia – eis as denominações de um problema de elaboração do pensamento com devastadoras repercussões no estilo e na inteligibilidade do discurso. É certo que por pleonasmo se entende também um efeito com valor expressivo (daí a legitimidade do famoso «vi claramente visto» de Camões), mas, em O Nosso idioma, Paulo Barata apresenta uma série de casos de repetição inútil, sem...
Particípios em atividade: necessitado e divertido
Em português, a conjugação verbal inclui os particípios passados, que se formam geralmente com os sufixos -ado (na 1.ª conjugação: abandonar > abandonado) ou -ido (na segunda e terceira conjugações: comer > comido; partir > partido) e aos quais se atribui sentido passivo, quando se trata de verbos transitivos: «o pavilhão foi abandonado». Mas há...
Consultório do Ciberdúvidas regressa a 6 de janeiro
Como é tradição na quadra do Natal, também o consultório faz uma pausa nas suas atualizações, para regressar pouco depois do Ano Novo, a 6 de janeiro. Contudo, não deixarão de ficar em linha questões que aguardem resposta e novos artigos nas demais rubricas. Neste período de balanço e de expetativa em relação ao novo ano, ocorre também assinalar em 2013 a drástica redução dos já escassos apoios que o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa recebia, não só agravando dificuldades de funcionamento mas retirando-lhe ainda capacidade para...
«Para Marrocos», ou «para o Marrocos»?
Quando falamos do extremo sul de Portugal continental, é impossível ignorar que o nome Algarve tem origem árabe (de al gharb, «oeste, ocidente, poente»), nele se descobrindo a mesma raiz de Magrebe – do árabe maghrib, «Ocidente»1, denominação do noroeste do continente africano. O legado dos povos desta região evidencia-se constantemente na nossa língua, que, na Idade Média, absorveu numerosos arabismos, certamente alterados pelo substrato berbere dos...
Da concordância à história de palavras
Se um clube de futebol tiver nome no plural – por exemplo, Belenenses, Flamengos –, como se faz a concordância? Qual será a origem do apelido (ou sobrenome) Faria? A que cor pretendia Fernão Mendes Pinto (c. 1510-1583) referir-se quando usou o adjetivo roxo na Peregrinação? As respostas constituem a nova atualização do consultório. ...
