1. Chegando a quadra natalícia*, a atividade do nosso consultório faz a tradicional pausa, que, desta vez, se prolonga até 15 de janeiro de 2013. E, como também é tradicional, não deixaremos de colocar em linha, aqui e no Facebook, novos textos nas demais rubricas e respostas a perguntas que ficaram por esclarecer. Esta interrupção vai permitir a migração dos conteúdos do Ciberdúvidas para uma nova plataforma que traz consigo novidades a anunciar oportunamente. Para qualquer assunto não relacionado com dúvidas linguísticas, pedimos que nos contactem pelo endereço habitual: ciberduvidas@ulusofona.pt. A todos os que nos acompanham, os votos de feliz Natal e boa entrada no ano de 2013!
* Na imagem, Natividade, de Josefa de Óbidos (1630-1684).
2. As mensagens escritas que passam nos canais de televisão são pequenos reinos de arbitrariedade em matéria de ortografia e formação de palavras — é o que se conclui de um apontamento de Paulo J. S. Barata, no Pelourinho. Mas nada arbitrário é o uso do neologismo austeritário como tomada de posição nestes tempos de crise, conforme se comenta nas novas respostas.
3. Assinale-se que, no Facebook, se encontra uma seleção das respostas e demais artigos aqui em linha, incluindo alguns apontamentos em registo áudio, como é o caso deste, sobre a diferença entre pegar e apanhar.
4 Permita-se-nos um renovado agradecimento aos amigos do Ciberdúvidas que responderam positivamente à campanha SOS Ciberdúvidas. Sem o seu apoio, não teria sido possível assegurar a continuidade deste serviço de acesso gracioso e acessível a quantos, por todo o mundo, gostam da língua portuguesa e querem saber mais sobre o seu uso e as suas normas. Projeto sem fins lucrativos, o Ciberdúvidas não sobreviverá sem a generosidade de quantos não dispensam a sua consulta regular. Todos os esclarecimentos para a participação neste movimento podem ser solicitados pelo endereço sosciberduvidas@gmail.com.
5. Foi um ano cheio para a Ciberescola e para os Cibercursos, graças à diversificação de recursos (exercícios, testes-diagnósticos) e à promoção de iniciativas como o programa de aprendizagem colaborativa e dois projetos nos ensinos básico e superior. Se quer aprender português ou gostaria de o aperfeiçoar, porque não experimenta a Ciberescola e os Cibercursos? Mais informações aqui.
Noticia a Folha de S. Paulo deste dia: no Brasil, o Governo federal vai adiar para 2016 a plena vigência do Acordo Ortográfico de 1990 (AO). Com este adiamento de três anos, relativamente ao período de transição que permite ainda a coexistência das duas normas, a nova e a de 1945, o Brasil fica em situação similar à de Portugal. Recorde-se que o Brasil adotou oficialmente o AO em janeiro de 2009 (tendo na altura prescrito em três anos o período de transição), e Portugal fê-lo dois anos depois (com a obrigatoriedade de a nova ortografia se aplicar apenas a partir de 2015). A propósito deste assunto, veja-se o comentário do jurista Fernando Guerra, Sobre a "notícia" da morte do Acordo Ortográfico no Brasil.
A propósito das notícias sobre um eventual adiamento da plena vigência do Acordo Ortográfico no Brasil, fica em linha, nas Controvérsias, um comentário do jurista português Fernando Guerra, intitulado "Sobre a `notícia´ da morte do Acordo Ortográfico no Brasil", onde se consideram apressadas as conclusões dos que em Portugal já anteveem o fim, pura e simplesmente, da nova reforma.
Para uma perceção mais direta do que, sobre este assunto, se diz na comunicação social brasileira, veja-se uma reportagem do Jornal das Dez da Globo.tv — aqui.
Quanto às outras rubricas, Paulo J. S. Barata assinala no Pelourinho uma confusão já tradicional, a de "mantém" com "mantêm", enquanto, no consultório, igualmente se discute ortografia, a par de aspetos do léxico e da sintaxe. Refira-se que no Facebook se faculta o acesso ao registo áudio de respostas e artigos selecionados do Ciberdúvidas: neste dia, focam-se as palavras poeta e poetisa.
Prossegue neste dia o colóquio “Cânone, Margem e Periferia nos Espaços da Língua Portuguesa”, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, organizado pelo Centro de Estudos Comparatistas daquela faculdade, no qual mais de uma centena de investigadores nacionais e internacionais se reúnem para debates em torno da literatura, do multiculturalismo e das políticas de língua, entre outros temas. Todos os eventos estão abertos ao público, com entrada livre; o programa de conferências, mesas-redondas e comunicações individuais pode ser consultado aqui.
1. Chegados quase ao fim do ano, vale a pena fazer um balanço das vendas, na Amazon, de livros sobre linguística escritos em português: as áreas da linguística do texto, enunciação e fonologia sobressaem.
2. O Centro de Linguística da Universidade do Porto realiza um workshop subordinado ao tema "Pistas para a Investigação em Linguística + Tecnologia" no dia 20 de dezembro, na sala 201 da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Confirmação de presenças até 17 de dezembro pelo endereço bhsmaia@gmail.com.
3. Numa época de anglicismos tecnocráticos e avassaladores, recupere-se lucidez, falando de «fuga para a frente», uma expressão de origem francesa em foco nas novas respostas. Estes e outros conteúdos passam a estar também disponíveis em registo áudio e vídeo no Facebook: oiça, por exemplo, o apontamento sobre a diferença entre jargão e linguagem técnico-científica.
4. O serviço regular do Ciberdúvidas não tem fins lucrativos e é prestado gratuitamente, mas, para continuar assim, é necessário o auxílio de quantos nos consultam para saber mais sobre a nossa língua comum. Por isso, participe na campanha SOS Ciberdúvidas! Todos os esclarecimentos sobre este movimento poderão ser solicitados pelo endereço sosciberduvidas@gmail.com.
Uma escola bilingue portuguesa e inglesa financiada pelo governo britânico poderá abrir portas dentro de dois anos em Londres, com o objetivo de promover o português como língua internacional. O projeto está a ser desenvolvido em conjunto com o Ministério da Educação britânico por um grupo de professores, um psicólogo, uma assistente social, um arquiteto, um advogado e uma gestora, ingleses e portugueses, em regime de voluntariado.
Na Montra de Livros, deixamos um pequeno apontamento sobre o Vocabulário Ortográfico Atualizado da Língua Portuguesa, um recente lançamento da Academia das Ciências de Lisboa concebido para o português europeu. No consultório, é igualmente tema a ortografia, a propósito do prefixo co-, mas vamos mais longe, para abranger as onomatopeias, as expressões idiomáticas e a sintaxe de verbos e substantivos. No Facebook, estão disponíveis alguns destes conteúdos, agora também em registo áudio e vídeo — oiça, por exemplo, o que é dedicado à dupla negação («não...nada/ninguém/nenhum»), uma característica do português e de outras línguas românicas.
Como já foi anunciado, o Ciberdúvidas passou a divulgar os seus conteúdos no Facebook também em registo áudio e vídeo. Aqui fica um comentário sobre o uso da contração dum, pela voz da consultora Sara Leite:
Dentro em breve, contamos também incorporar registos sonoros em questões e artigos relativos a aspetos da pronúncia do português.
300 anos do Vocabulário de Bluteau é uma exposição patente na Biblioteca Nacional de Portugal, até 21 de fevereiro de 2013, que marca o tricentenário da publicação do Vocabulário Portuguez e Latino (1712-1728), obra fundadora da lexicografia portuguesa. Tendo por comissários os professores universitários e investigadores Telmo Verdelho e João Paulo Silvestre, a exposição é também uma homenagem a Rafael Bluteau (1638-1734), autor deste dicionário e notável inteletual de origem francesa que contribuiu para lançar o espírito das Luzes no Portugal de começos do século XVIII.
É sobre um exemplar desta obra, encontrado na Biblioteca da Câmara dos Deputados, no Brasil, o seguinte apontamento:
A propósito da atribuição do Prémio Nobel à União Europeia, em cerimónia realizada neste dia em Oslo, convém recordar que o nome próprio Nobel, seguindo aliás a acentuação sueca, tem também em português acento tónico na última sílaba ("nobél"; em transcrição fonética, [nɔˈbɛɫ]). Trata-se, portanto, de uma palavra aguda ou oxítona.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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