Palavras sem uso e variantes com uso
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Palavras sem uso e variantes com uso
Porque se diz lindamente («ela canta lindamente»), mas não "bonitamente" («ela veste-se "bonitamente")? É a propósito desta particularidade do uso dos advérbios de modo que a rubrica O Nosso Idioma divulga uma reflexão feita pelo escritor e professor universitário português Fernando Venâncio, em texto publicado no número de novembro de 2013 da revista Ler. Quanto a variantes que se usam efetivamente, mas podem não ter aprovação normativa, o consultório dedica duas novas respostas: uma, às...
Tempos verbais, advérbios, regionalismos
Nas novas respostas disponíveis no consultório: – falamos de como o contexto discursivo e situacional condiciona a escolha dos tempos verbais numa frase; – surpreendemos-nos novamente com o comportamento caprichoso dos advérbios, desta feita, a aparecerem junto de substantivos, como se fossem adjetivos; – e registamos o regionalismo precha, variante de percha, «vara ou viga de madeira»....
A mensagem que nos entrou diretamente no coração
«Se falares a um homem numa linguagem que ele compreenda, a tua mensagem entra na sua cabeça. Se lhe falares na sua própria linguagem, a tua mensagem entra-lhe diretamente no coração.»
Nelson Mandela (1918-2013)
Com o falecimento de Nelson Mandela (1918-2013), desapareceu uma das poucas referências vivas destes conturbados tempos em que vivemos. «O homem das nossas vidas», como lhe chamou, em homenagem, o jornal português i. Dele assinalamos esta evocação, da autoria do jornalista, poeta e escritor...
Envelhecer por palavras
Que queremos dizer com a palavra meia-idade? Quando começa o período assim chamado? Quando acaba? Evidenciam-se bastantes divergências na definição das balizas etárias desta fase da vida humana, tal como acontece com o significado de muitas palavras com certa instabilidade semântica, não alheia a modas e revoluções culturais. A propósito desta indefinição de fronteiras, que lógicos e linguistas denominam vagueza, Paulo J. S. Barata propõe, na rubrica O Nosso Idioma, uma breve...
Dos coletivos ao pronome se
Três novas questões que se juntam às muitas existentes no consultório: Pomar é um substantivo coletivo? E dezena? Bafejado é o particípio passado de bafejar, ou é também um adjetivo? A frase «vende-se casas» está correta? Como classificar o pronome se nesse contexto? Mais alguma pergunta?...
Peculiaridades do português
Entre as características inconfundíveis do português, vêm de imediato à ideia os ditongos nasais, velhos conhecidos de quantos o estudam como língua estrangeira. Mas há outros aspetos que também lhe conferem personalidade, como sucede com o contraste entre vogais abertas e fechadas, muito raramente assinalado na ortografia quando se trata da sílaba tónica das palavras graves; lembremos tola, grafia partilhada por dois vocábulos diferentes (homógrafos): diz-se "tôla", para qualificar a pessoa...
Plural e plurais
Em português, como noutras línguas, existe a categoria de plural, geralmente marcada em substantivos e adjetivos pelo sufixo flexional -s: gato → gatos. Todos sabemos, porém, que nem sempre é assim tão simples; por exemplo, os nomes acabados em -ão costumam ser problemáticos: quantas vezes não lembramos às nossas crianças que o plural de capitão é capitães? Há casos em que não há alteração morfológica:...
Descrever e codificar usos linguísticos
Sabia que se registam, pelo menos, quatro classificações para a palavra dúzia? E que o verbo aparecer tem complementos, mas que estes são opcionais? Finalmente: será correto usarmos a construção «desde segunda até sexta», em vez desta outra, mais habitual, «de segunda a sexta»? Nesta atualização, voltamos também a chamar a atenção para a rubrica O Nosso Idioma, na qual se disponibiliza o texto "Zero: com (ou sem) plural", do jornalista Wilton Fonseca, à volta da velha...
Práticas consagradas de um lado e de outro do Atlântico
1. Velha, a querela à volta da conversão para português de expressões de medida – como, por exemplo: «dois litros» vs. «dois litro» ou «dezenas de milhares» vs. «dezenas de milhar» – é, de novo, retomada, agora a propósito do texto do jornalista Wilton Fonseca, "Zero: com (ou sem) plural". Publicado na sua crónica semanal no diário português i, e que fica disponível na rubrica O Nosso Idioma, é ele próprio uma reabordagem a práticas consagradas de forma...
Errar é linguístico?
Em matéria de língua, o que é um erro? Intuitivamente, parece fácil responder: um desvio às regras da norma-padrão, que é um produto histórico-cultural, não exclusivamente linguístico. E um erro é sempre um erro onde quer que se fale o português? A resposta já não é tão direta, porque o português não tem sido codificado da mesma maneira no Brasil e em Portugal, nem, mais recentemente, em Angola ou Moçambique. E será possível definir uma lista de erros comum a essas variedades nacionais? Impossível, não é, apesar dos diferentes juízos...
