Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.

Primeiro falaram catedráticos, linguistas, editores. Depois enfrentaram-se Vasco Graça Moura e Carlos Reis. Quando chegou aos deputados, a prudência dominou.

«Sem Acordo [Ortográfico], Portugal poderá ver-se ultrapassado pelo Brasil, e outros países da CPLP poderão ser aliciados por outros grupos linguísticos, como está já a acontecer no caso de Moçambique e a sua participação crescente na Commonwealth inglesa», defende o professor da Universidade Lusófona  e membro da Academia Portuguesa de História Teotónio R. de Souza , em entrevista ao “Semanário" de Abril de 2008

O Acordo Ortográfico está, finalmente, no campo de batalha. E é bom que esteja para que se percebam, com maior profundidade, os argumentos de paladinos e detractores. Ontem [7 de Abril de 2008], no parlamento [português], numa iniciativa por todos louvada (os pró e os contra), discutiu-se acerrimamente o assunto. Em Timor, por exemplo, há quem tema que, não havendo acordo, os professores portugueses e brasileiros não se entendam em relação ao ensino. Isso mesmo foi ali dito e, naturalmente, s...

Dá-se, no nosso português, desde há séculos, um lento processo de fechamento (os linguistas falam em elevação) das vogais que, num vocábulo, precedem a sílaba tónica. Veja-se como pronunciamos «despertador», «adormecer», «metamorfosear», e como os pronuncia um brasileiro. Este processo de obscurecimento e consonantização da nossa fala vai seguramente prosseguir. E uma coisa parece certa: o novo Acordo Ortográfico vem dar-lhe um valente empurrão.

Em entrevista à jornalista da Antena 1 Maria Flor Pedroso [emitida no dia 5 de Abril de 2008, disponível aqui], o novo ministro da Cultura português, José António Pinto Ribeiro, voltou a defender o Acordo Ortográfico, considerando-o um «instrumento relevante» para a promoção da língua portuguesa no mundo.

PRECISÕES INICIAIS:

1. O novo acordo ortográfico designa-se por acordo de 1990, data de assinatura de todos os países que o subscreveram, e não erroneamente de 1991, data da ratificação inicial de Portugal. Compreende-se que assim seja, para unificar o título; caso contrário, poderia ter diferentes designações no universo da língua, consoante a data das ratificações dos diversos países.

O Acordo Ortográfico não diz respeito apenas à leitura e não envolve só portugueses e brasileiros. Leio em declarações recentes de Maria Lúcia Lepecki o seguinte: «Sempre achei que o Acordo Ortográfico não é preciso; um brasileiro lê perfeitamente a ortografia portuguesa e um português lê perfeitamente a ortografia brasileira.» Salvo o devido respeito por aquela minha prezada colega, acho a afirmação escassa.

O dr. Vasco Graça Moura e outras pessoas sensatas fizeram o erro de atacar o Acordo Ortográfico luso-brasileiro em pormenor. A essência dessa monstruosidade acabou por se perder numa discussão técnica por que ninguém se interessa e que ninguém consegue seguir. A essência da questão é, ...

O Prémio

Não percebo a crítica que Vital Moreira faz ao meu último artigo no seu blogue Causa Nossa. Diz ele que tanto o Acordo como o Protocolo Modificativo foram ratificados pelo Brasil, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe e por isso «já estão juridicamente em vigor em relação a esses três Estados». Mas diz também que Portugal já tinha ratificado o Acordo em 1991 «que não chegou a entrar em vigor por não ter sido ratificado por todos».

O acordo ortográfico outra vez

Nesse excelente serviço prestado a todos os utentes da língua que é o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa podemos ler vários artigos que discutem o novo acordo ortográfico. O grosso dos argumentos a favor e contra parecem situar-se em dois grupos.