Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.
ABL reage às críticas ao Acordo

Volta e meia aparecem críticas – quase sempre tolas ou mal argumentadas – ao acordo ortográfico de 1990. Agora que um inócuo e lamentável decreto, assinado em 27 de dezembro, prorroga até o fim de 2015 o prazo da transição de suas bases no Brasil, acreditamos que aproveitem esses críticos o intervalo para, estudando-as melhor, não lancem tantas injúrias desconexas a um texto preso a uma tradição mais que centenária.

 

Sobre a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em Portugal, Carlos Reis, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, emitiu em 3/3/2013 o parecer que aqui se dispon...

Texto escrito para o Ciberdúvidas, em que o autor, contraditando os números apresentados por Maria Regina Rocha em “A falsa unidade ortográfica”, complementa o seu artigo “Para mal dos pecados de alguns, os números não mentem”, publicado originariamente no jornal Público de 25-02-2013. Nele se procede a uma quantificação mais pormenorizada da mudança que, com o Acordo Ortográfico, abrangeu as formas verbais, o hífen, as consoantes mudas e a acentuação gráfica.

 

O português na encruzilhada

«Os entraves, supostamente linguísticos e técnicos, tantas vezes invocados para contrariar a aplicação do Acordo Ortográfico são sobretudo subterfúgios que visam opacificar uma discussão que se desejaria transparente», escreve a vice-presidente do ILTEC, em artigo saído em 2 de março de 2013, no semanário Expresso, o qual a seguir se transcreve na sua versão mais desenvolvida.

Com o Acordo Ortográfico, aumentou o número de palavras que se escrevem de forma diferente, sustentava Maria Regina Rocha, em "A falsa unidade ortográfica". Número rebatido por Jorge Candeias em artigo saído em 25 de fevereiro de 2013 no jornal “Público”, onde afirma: «A convergência bate a divergência com uma vantagem de mais de cinco para um. E à tão badalada “cedência ao Brasil” corresponde uma “cedência a Portugal” ligeiramente mais numerosa». Segue-se o texto, transcrito na íntegra.

 

Maria Regina Rocha  

«Para que serve um “acordo ortográfico”? Para unificar a ortografia de povos que falam a mesma língua. Ora, com este acordo, a ortografia da Língua Portuguesa não se unificou», sustenta Maria Regina Rocha, neste artigo, saído no jornal Público de 19-01-2013. O texto que aqui se transcreve é a versão que a autora entendeu ficar em linha no Ciberdúvidas.

 

«O Brasil decidiu prolongar por algum tempo o período de transição para a vigência obrigatória do AO, mas manteve-o em vigor. Só isso. O que lemos  em artigos  inflamados [na imprensa portuguesa]? Que o Brasil suspendeu, recuou, cancelou e outras coisas semelhantes. Isto é sério?» As interrogações do professor universitário Carlos Reis, num artigo publicado no semanário Expresso de 9 de fevereiro de 2013.

O adiamento para 2016 da definitiva entrada em vigor do Acordo Ortográfico no Brasil frustrou o projeto da Academia Brasileira de Letras (ABL) de desenvolver um amplo movimento a favor da adoção do português como língua de trabalho oficial na ONU – considera-se neste comunicado que a seguir se transcreve na íntegra, com data de 23 de janeiro de 2013.

 

A decisão de o Governo brasileiro prolongar o período de adaptação do Acordo Ortográfico, adiando a vigência plena no Brasil, é criticada neste artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, da autoria de Arnaldo Niskier, pedagogo e membro da Academia Brasileira de Letras, sob o título original “Somos um país sério?”

Em artigo publicado no Diário de Notícias de 2 de janeiro passado, Vasco Graça Moura regressa à querela ortográfica, desta feita para dar como certo o adiamento da aplicação do Acordo Ortográfico no Brasil. Ora, o que aco...