Aspas, hífenes e a palavra folclore
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Aspas, hífenes e a palavra folclore
1. Ao consultório, chegam três novas questões:
– Aspas direitas, encurvadas, inclinadas... Afinal, como havemos de escrever as aspas?
– «Janelas de cor azul anil», «janelas de cor azul-anil» ou, simplesmente, «janelas de cor anil»?
– Como surgiu o substantivo folclore em português? Que significado e que conotações tem hoje a palavra?*
* Na imagem ao lado, A Volta da Feira (1905, Coleção Millennium-BCP), de José Malhoa (1855-1933).
2. Entre...
Dos advérbios de modo ao género gramatical
1. «Arduamente e lentamente», ou «árdua e lentamente»: o que é melhor? A resposta encontra-se no consultório, onde se levantam outras dúvidas: deve dizer-se e escrever-se «a fim que...», ou «a fim de que...»? Qual o plural de vígil, adjetivo que se aplica a quem permanece acordado? Na rubrica Controvérsias, ainda a propósito da expressão «os Portugueses e as Portuguesas», que ultimamente ocorre em vez do masculino «os Portugueses», empregado genericamente, disponibilizam-se os textos...
Uma questão de género: «Portugueses», ou «Portugueses e Portuguesas»?
1. Uma língua é uma visão do mundo: mencionam-se com frequência as palavras saudade e jeito ou o contraste entre ser e estar, como marcas culturais do mundo de língua portuguesa. Vem, assim, a propósito a polémica gerada em Portugal por uma crónica publicada no jornal Público (12/02/2016), na qual o autor, o escritor Miguel Esteves Cardoso (MEC), critica acerbamente o uso recente de «os Portugueses e as...
Da flexão adjetival à questão ortográfica
1. No consultório, retoma-se o tópico da flexão de certos adjetivos, a propósito do adjetivo marrom, que tem plural (marrons), mas mantém estas formas tanto no masculino como no feminino. Outra questão liga a etimologia à morfologia e à ortografia: porque se diz e escreve asteroide, com e no meio, se este substantivo parece ter relação com astro? Na Montra de livros, apresenta-se Português...
O ch de cheque e o x de xeque
1. Porque será que numas vezes se usa x, e noutras, ch, para representar o mesmo som? Existe alguma regra? Pode dizer-se que, no meio de palavra, se escreve geralmente x depois de ditongo, como acontece com baixo e seixo; contudo, a distribuição dos dois grafemas – o ch de cheque e o x de xeque – só por razões etimológicas se entende...
Língua poética e patronímicos
1. A presente atualização traz para o consultório três novas perguntas com um tema comum: a identificação de figuras de estilo no discurso poético em português. Fala-se, assim, de hipálage acerca de um poema de Ricardo Reis, um dos heterónimos de Fernando Pessoa (1988-1935); comenta-se uma enumeração que ocorre em versos de outro heterónimo pessoano, Álvaro de Campos; e, finalmente, recua-se até ao século XVI, ao encontro da anástrofe, da perífrase e da metáfora em versos...
Variações vocabulares
1. Perante uma série de formas linguísticas equivalentes e igualmente aceitáveis, será possível identificar uma melhor que as outras? Serão a norma e a padronização inimigas da variação? Ou o problema, sem residir propriamente nas variantes, tem antes que ver com a sua proliferação? E a quem caberá a decisão de as limitar? É esta a discussão que subjaz a três novas perguntas em linha no consultório: diz-se sem erro nem hesitação «centésimos de segundo», mas tem sentido empregar «centésimas de segundo»? Para...
Da ortografia à terminologia, de França à Galiza
1. Depois da brevíssima interrupção do Carnaval, o Ciberdúvidas regressa neste dia às atualizações e, para começar, retoma o (eterno) debate da ortografia do português. No Pelourinho, a desleixada aplicação das novas regras ortográficas num jornal português que passou a segui-las motiva um comentário de José Mário Costa, sobre esses e outros erros – que não só ortográficos – nos media nacionais. Na área das Controvérsias da rubrica Acordo Ortográfico,...
Atualizações do Ciberdúvidas voltam depois do Entrudo,em 10 de fevereiro
1. É Carnaval, ou, como ainda se diz, com certo sabor ancestral, é o tempo do Entrudo, um introito festivo e enganador para a aproximação austera da Quaresma (na imagem, máscara do Carnaval de Lazarim; fonte: Wikipédia). Para retemperar forças, o consultório fecha alguns dias (poucos), mas já com regresso marcado para quarta-feira, dia 10 de fevereiro. Sobre esta nossa “Língua (também) de Carnaval”, deixamos o convite a quantos nos consultam por esse mundo fora: uma (re)visitação a...
Expressões fixas, pontos cardeais e topónimos de Portugal
1. Dos pontos de vista sintático, semântico ou lógico, encontra-se alguma razão para considerar a sequência «na medida do possível» melhor do que «na medida possível»? Não, mas a preferência pela primeira deve-se à sua cristalização histórica, como é característica das expressões fixas, comportando-se globalmente como uma palavra. É este o contexto de uma das novas perguntas do consultório, nas quais se inclui uma questão afim, a da relevância da análise sintática das locuções «além disso» e «além do...
