1. A Universidade de Coimbra é uma das universidades que têm vindo a apostar em serviços fornecidos em regime de e-learning. Até 21 de outubro estão abertas as inscrições para o curso de Escrita Técnica. O curso tem por objetivo melhorar as competências de expressão escrita em português, nos profissionais de instituições/empresas, cujas funções envolvam redação de textos formais/técnicos.
2. Em foco, a ortografia nas novas questões em linha: como se faz a translineação de aprumadinho? Usa-se hífen nos compostos que designam castas de vinho? Médico-científico está correto? "Primeiro-anista", ou primeiranista?
3. Lembramos que os consulentes interessados em participar na campanha SOS Ciberdúvidas devem solicitar todos os esclarecimentos pelo endereço sosciberduvidas@gmail.com.
4. Mantêm-se abertas as candidaturas para os cursos de português língua estrangeira, níveis A2, B1, B2, C1 e C2 da Ciberescola/Cibercursos. Ver informação completa aqui.
Com vista a aumentar o número de jovens timorenses a falar e escrever português, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reconhece, pela voz do seu secretário-executivo, Murade Murargy, que é necessário tomar medidas de apoio financeiro no sentido de ajudar as autoridades de Timor em iniciativas para o aumento da presença da língua portuguesa nessa faixa etária. Por seu lado, o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, considera que a afirmação do português é «assunto de longo prazo», tendo em conta as dificuldades na formação imediata de professores.
O Babelium, centro de línguas da Universidade do Minho, constata o interesse crescente que a língua portuguesa está a despertar um pouco por todo o planeta, nomeadamente nos países asiáticos. Uma parte significativa dos 45 inscritos na edição de 2012 do curso de Português Língua Estrangeira veio da China, do Japão e da Tailândia.
A emissão do programa Língua de Todos de sexta-feira, 5 de outubro, na RDP África (às 13h15*; com repetição no dia seguinte, às 9h15*) evoca o recém-falecido escritor brasileiro Autran Dourado (1926-2012), galardoado em 2000 com o Prémio Camões. No programa Páginas de Português, transmitido no domingo, 7 de outubro, pelas 17h00*, na Antena 2, comentam-se alguns novos eufemismos do chamado “economês” (modelar, balancear, calibrar) e entrevista-se Fernando Pinto do Amaral, para um balanço do Plano Nacional de Leitura e das suas perspetivas nestes tempos de austeridade orçamental.
* Hora de Portugal continental.
Embora a língua portuguesa valha 17 % do Produto Interno Bruto de Portugal, essa dimensão económica anda subaproveitada — é uma das conclusões de um estudo encomendado pelo Camões — Instituto da Cooperação e da Língua. Segundo notícia do jornal Público, a avaliação feita mostra ainda que «a proximidade linguística tem um peso importante no investimento português no estrangeiro e, de forma mais mitigada, no investimento direto estrangeiro em Portugal», além de apontar para a necessidade de «"pensar o ensino da língua como uma indústria", nem que seja pelas oportunidades de emprego possíveis».
Mas não se pense que o valor do português existe só para os seus atuais falantes. Uma das revistas mais conceituadas do mundo, a Monocle, escreve na edição deste mês que «está na hora de aprender a falar português, porque afinal há 250 milhões de lusófonos no mundo».
Dois projetos de investigação do Programa Carnegie Mellon Portugal podem ajudar a projetar o português em todo o mundo, através da inovação nas tecnologias da língua. Um traduz automaticamente fala para fala, outro permite o ensino da língua portuguesa assistido por computador: PT-STAR — Investigação Avançada em Tradução de Fala de e para Português — e REAP.PT — Ensino de Língua Assistido por Computador.
Os nomes próprios traduzem-se? E certos neologismos criados por necessidades téoricas? As respostas encontram-se na nova atualização, na qual se mostra igualmente que há erros que acabam por fazer parte de uma variedade regional, apesar da chamada norma culta — é o caso da mudança semântica e flexional do verbo manter em certos registos do português de Angola. Mas, a propósito de outra pergunta, convém não esquecer que a correção criteriosa é também aquela que não ignora as exceções à regra, como exemplifica a ocorrência do particípio regular libertado na voz passiva.
Não obstante, há erros indesmentíveis: é o que se evidencia no texto Falar bem, respigado de um editorial do diretor do jornal i, Eduardo Oliveira e Silva, a respeito do emprego incorreto de racionamento e de devolução no espaço mediático português. E onde se recomenda o «uso intensivo, quando não obrigatório», do Ciberdúvidas...
Akira Kono, professor de Língua Portuguesa e Linguística na Escola de Letras e Cultura da Universidade de Osaca, no Japão, durante uma conferência sobre o ensino de português naquele país, dá conta da presença cada vez mais forte do Brasil como parceiro económico. O contacto dos japoneses com a língua portuguesa é recorrente: foi no século XVI, com a chegada dos jesuítas ao Japão; foi no princípio do séc XX, com a chegada de imigrantes japoneses ao Brasil — e é agora. De salientar, a propósito, que a Porto Editora detém a primazia, em Portugal, da publicação do dicionário japonês-português.
Como já aqui ficou assinalado, o regresso ao funcionamento regular do Ciberdúvidas só foi possível graças à mobilização de um grupo de consulentes à volta da campanha SOS Ciberdúvidas. Como tributo da nossa gratidão e de homenagem para com eles, fizemos questão de os assinalar devidamente.
Um regresso que contou ainda com um apoio financeiro, até ao fim do corrente ano, do secretário de Estado da Cultura português, Francisco José Viegas, no seguimento de um protocolo estabelecido com o Fundo de Fomento Cultural. Para além do patrocínio com que continuamos a contar da Fundação Vodafone Portugal e do apoio da Universidade Lusófona, em cujas instalações em Lisboa funciona o Ciberdúvidas. Importante foi igualmente o destacamento, por parte do Ministério da Educação português, dos professores Carlos Rocha e Ana Martins para a coordenação do Ciberdúvidas e da Ciberescola e dos Cibercursos, respetivamente.
São apoios decisivos, mas infelizmente ainda aquém dos custos de manutenção do Ciberdúvidas e dos seus outros dois projetos à volta da língua portuguesa. É nessa medida que mantemos o apelo a quantos, por esse mundo fora, consultam regularmente este serviço, gracioso e de acesso irrestrito, para contribuírem de algum modo no SOS Ciberdúvidas. A sua adesão e os indispensáveis esclarecimentos suplementares podem ser solicitados pelo endereço sosciberduvidas@gmail.com.
A todos, os nossos agradecimentos.
A melhor maneira de promover a língua portuguesa é criar as condições para que ela seja abundantemente ensinada, com os melhores meios e recursos. No Brasil, esta consciência é muito clara. A Divisão de Promoção da Língua Portuguesa (DPLP) atua em mais de 40 países por intermédio da Rede Brasileira de Ensino no Exterior (RBEx), de que fazem parte os Centros Culturais Brasileiros, os Institutos Culturais Bilaterais e os leitorados. Por sua vez, a presença de professores brasileiros em Timor-Leste é necessária e bem-vinda.
O Ciberdúvidas, nas secções Ciberescola e Cibercursos, concorre também para este desígnio, através da disponibilização gratuita de exercícios interativos e materiais de ensino, assim como através de cursos a distância, realizados por videoconferência (presentemente com candidaturas abertas). A Ciberescola é também, por isso, um espaço de partilha e de interação com todos os alunos e professores de Português Língua Estrangeira (PLE). Deixamos neste dia alguns conselhos que podem ser úteis na condução de aulas de português para estrangeiros.
A abertura à comunidade de professores e alunos de PLE estende-se ao Facebook, através do nosso grupo (aberto), onde recebemos sugestões e opiniões de todos quantos acompanham o nosso trabalho, e através desta página. Há também o nosso blogue, destinado igualmente a divulgar as ações que empreendemos.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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