Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

O mau uso do pronome relativo onde em duas notícias de jornal, apontado pelo ex-diretor de Informação da agência de notícias Lusa, na sua crónica semanal no jornal português i.

 

Há erros que acontecem a todos. Há erros que acontecem aos melhores. Mas num jornal  que se reclama ser de referência como o Diário de Notícias há erros que não devem, não podem, acontecer.

Na edição de 9 de fevereiro (p. 36), numa notícia relativa ao jogo da Taça de Portugal entre o Nacional da Madeira e o Sporting, escreve-se:

«É que falência técnica, poderia juntar-se a falência desportiva, pois o campeonato há muito que deixou de ser um objetivo […].»

Dois casos assinalados pelo autor: a notícia que trocou «320 diamantes incrustados» por «320 diamantes encrostados» e a suspensão do Acordo Ortográfico no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Artigo publicado originalmente no jornal i de 10/02/2012.

 

Escreveu o “Correio da Manhã” que o Palácio de Saint James divulgou a lista dos presentes de casamento recebidos por William e Kate e que entre os «mais bizarros» havia um saco-cama, uns binóculos e um alfinete com 302 diamantes “encrostados”. (...)

«Cerca de 146 detidos! A coisa é grave. Além deles, há 52 pessoas feridas! Portanto, os detidos não são pessoas», comenta o antigo diretor da agência de notícias Lusa, na coluna que assina às sextas-feiras no diário português i, sobre o mau uso da língua nos media portugueses.

 

A questão prende-se, obviamente, com aquele «no», contração da preposição «em» com o artigo «o», porque lufa-lufa é um substantivo feminino e não masculino. O corretor que utilizo assinala o erro. Certamente que o do jornalista que fez a transcrição da entrevista também.

Extrato do artigo do provedor do leitor do Público, de 29/01/20012, sob o título original «Nomes, identidades, escolha de palavras».

Dois casos – um anúncio-promoção do Metopolitano de Lisboa e uma frase descuidada no Telejornal da RTP 1 – aqui apontados pelo antigo diretor da agência de notícias Lusa, na coluna que assina às sextas-feiras no diário português i.

 

«Em jornalismo, palavras, frases e parágrafos são reduzidos. As palavras longas, as frases complexas e os parágrafos extensos ficam para os ficcionistas.» O bê-á-bá da escrita jornalística lembrado nesta crónica do antigo diretor da agência de notícias Lusa, a propósito de um «tijolo compacto» de 575 palavras «para repetir quase sempre a mesma informação».

 

Alguém consegue entender a frase «descida homóloga»? — pergunta o jornalista Wilton Fonseca, a propósito de uma notícia de jornal, na sua crónica no jornal i, de 6/1/2012

A língua portuguesa é cool. O cool em português não tem a panóplia de significados que pode ter na língua de David Cameron que foi muito cool, quer dizer, unfriendly, na ultíssima e decisiva cimeira da União Europeia, at least em relação à Frau Merckel. No idioma de Passos Coelho, a palavra,...