Gostaria de saber se existe em português o correspondente à expressão inglesa frame story, a qual é, de acordo com a Wikipedia em inglês: «A frame story (also known as frame tale, frame narrative, etc.) is a literary technique that sometimes serves as a companion piece to a story within a story, whereby an introductory or main narrative is presented, at least in part, for the purpose of setting the stage either for a more emphasized second narrative or for a set of shorter stories. The frame story leads readers from a first story into another, smaller one (or several ones) within it.»
Traduziria eu assim: «É uma técnica literária que algumas vezes serve como peça associada a uma história dentro de uma história, por meio da qual uma narrativa introdutória ou principal é apresentada, pelo menos em parte, com o propósito de estabelecer o cenário tanto para enfatizar melhor a segunda narrativa como para uma série de histórias curtas. A frame story conduz os leitores a transporem-se de uma primeira história para outra menor (ou várias menores) dentro dela.»
A expressão correspondente a frame story poderia ser «história intercalada»?
Agradeço antecipadamente a gentileza de vossa resposta.
Pedia a escansão dos versos «Quem ora soubesse/ onde o amor nace/ que o semeasse». Nos versos apresentados há encontros vocálicos no 2.º e 3.º versos.
Obrigada.
Como se chamam os sumários que, nalguns livros, antecedem as narrativas dos vários capítulos? Uns são bastante curtos («Em que a donzela vai prosseguindo sua história», Menina e Moça, cap. II), outros mais esclarecedores («De como o autor (...) se resolveu a viajar na sua terra (...). Parte para Santarém. Chega ao Terreiro do Paço, embarca no vapor de Vila Nova (...). A Dedução Cronológica e a Baixa de Lisboa. Lord Byron e um bom charuto. Travam-se de razões os Ílhavos e os Bordas-de-água (...)», Viagens na Minha Terra, cap. I). Isto implica designações diferentes?
Obrigado.
No livro de Raul Brandão As ilhas desconhecidas existe um capítulo cujo título é «a pesca da baleia». Tratando-se de um mamífero e das técnicas de arpoamento, não será mais correto dizer-se «caça à baleia»?
Muito agradeço a vossa ajuda neste imbróglio marinho.
Pode-se considerar o poema abaixo um soneto, apesar de não seguir as regras da métrica próprias desse tipo de composição poética?
O DESEJO DO HOMEM
Tenta o homem, em busca insana,
Numa caminhada de virtudes nua,
Satisfazer a própria voz, que clama:
“Qual o sentido da existência tua?”
Em meio a tantos anseios perdido,
Não sabe ao certo o que almejar
Atormenta-o um desejo escondido
Na sombra de um Amor singular
Cursando o deserto interior
Que a graça maior consentir,
Na hora em que menos supor,
Abismado, irá enfim descobrir
Que, se em tudo existe um valor,
Só em Deus tem razão de existir.
Na frase que se segue, estamos perante que recursos retóricos (metáfora, comparação, personificação...): «...foi como se um sino tivesse tocado no coração do mundo»?
No Auto da Barca do Inferno, [de Gil Vicente], nomeadamente na cena do Onzeneiro, o recurso estilístico presente na expressão «me deu Saturno quebranto» é a metáfora, ou o eufemismo?
Poderiam me explicar se a frase «O povo estourou de tanto rir» é uma metonímia, ou uma metáfora?
Gostaria de saber se a figura de estilo presente nestes versos é a anástrofe ou o hipérbato:
«Rosas amo dos jardins de Adónis,
Essas volucres amo, Lídia, rosas»
No verso «Barco indelével pelo espaço da alma» está presente uma metáfora, ou uma hipálage?
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