A expressão «mover mundos e fundos» com o sentido «fazer todos os possíveis» existe?
Nas frações que têm os denominadores múltiplos de 10, de 20 a 90, a leitura pode ser feita também como nos numerais ordinais. O mesmo pode ser feito para múltiplos de 100, de 200 a 900. E os denominadores múltiplos de 1.000, 10.000, 100.000, 1.000.000, etc.?
O verbo provar, no sentido de «experimentar«, é transitivo direto ou indireto? «Eu provo a comida», ou «da comida»?
Obrigado.
«Poças de maré» pode ser considerada uma palavra composta?
A expressão "pelado" tem de estar entre aspas (ou itálico)?
Por exemplo: «Em dia de sol, ventoso e frio, campo pelado mas bem tratado.»
A outra minha dúvida é se infraestruturas se escreve sem ou com hífen.
Exemplos: «Boas infraestruturas e uma equipa jovem e dinâmica», «foram realizadas de forma a criar as infraestruturas necessárias para que o clube continuasse a engrandecer a freguesia.»
Obrigado pela ajuda.
As palavras areia, mar, bandeira, ondas fazem parte do campo lexical ou semântico da palavra praia? E as palavras saudade, paixão… podem estar de alguma forma relacionadas com o campo semântico de praia?
Obrigada.
Gostaria de que me esclarecessem quanto à pronúncia brasileira: esôfago com o fechado? Havia-a em Portugal? A par de esófago, havia a pronúncia esôfago?
Será devida ao espanhol? Penso que o português do Brasil regista muitos espanholismos, conservados, de alguma maneira, em razão de Portugal ter caído sob a regência de Espanha durante a União Ibérica, de 1580 a 1640. Nalguns dialetos do Sudeste (São Paulo) e do Sul do Brasil, talvez em virtude da imigração portuguesa, ouvidos atentos percebem destroços de falares portugueses misturados com a sucessiva falta de escola que durou quase todo o período republicano da nossa história: o o de António não sofre a nasalização do n, da mesma maneira que o o de fenómeno soa como o o de mó. Certamente Carlos Fino tem razão ao dizer que o Brasil foi «desbravado, alargado e defendido» por portugueses[1], e certamente o Brasil, por infelicidade, caiu no marasmo por azo da queda da monarquia dos Braganças, o que pode abranger também Portugal, mas isso escapa ao escopo da minha pergunta.
Desejava saber se para além de estômago, há outras palavras que se acentuam graficamente com acento circunflexo nos mesmos contextos, ou se estômago é a única exceção. Quanto à nasalização da vogal anterior que se verifica nomeadamente no Nordeste brasileiro, onde há muitos engenhos caiados de branco, região envelhecida de forte tradição portuguesa, a julgar pelos apelidos das pessoas, pelo que se escreve Antônio, embora a vogal nesse contexto não seja fechada como o é em alemão; em alemão, Antonius, sim, o o é de facto fechado e o n não passa a sua nasalização à vogal anterior, por isso que considero errónea a grafia com acento circunflexo, porque a escrita é tentativa imperfeita de representar os sons da fala e porque o o naquele contexto não é fechado, mas nasal.
Pois bem, havia essa pronúncia nasal no Português europeu velho com nasalização da vogal tónica por azo da consoante nasal?
Obrigado.
[1 N.E. – O consulente refere-se a um texto do jornalista português Carlos Fino, intitulado "Portugal-Brasil: em defesa de uma relação especial".]
Recentemente, tive conhecimento que a palavra rímel não deve ser utilizada porque é uma marca de "máscara de pestanas". Dicionários como a Infopédia e o Priberam continuam a ter esta palavra listada como termo para definir "máscara de pestanas". O mesmo acontece em relação a outras marcas, como gilete e kispo.
Não se pode mesmo utilizar estes termos por serem marcas comerciais?
Considerando que as ilhas são britânicas, eu escrevo Ilhas Malvinas ou Ilhas Falkland*? *Quando não estiver acompanhado da palavra "Ilhas", usa-se no plural: as Falklands.
Num texto dado à estampa ("Pela democracia e pelas liberdades na Catalunha", Público, 23/04/2019), um dos subscritores identifica-se como "mediólogo". Sendo quem é – o professor universitário especialista na área dos media J.-M. Nobre-Correia –, depreende-se que a palavra pretende significar isso mesmo: estudioso dos media.
Acontece que não encontro essa definição regidstada em nenhuma fonte autorizada. Pelo contrário, no Brasil, o termo equivale a «especialista em classe média – classe-mediólogo» (cf. revista Veja).
Fico agradecido pelo esclarecimento.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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