Em resposta a Sobre a «despenalização da interrupção voluntária da gravidez»:
Cara Edite Prada,
A minha questão é puramente linguística e, se não a entendeu, foi certamente porque eu não a explicitei correctamente.
Citando a sua resposta à minha questão inicial: «Na frase em causa, todas as expressões nominais que se seguem à palavra despenalização veiculam informação que se relaciona directamente com esta palavra. A expressão "da interrupção voluntária da gravidez" restringe o que vai ser despenalizado.»
Assim sendo, tal como disse inicialmente, a título de exemplo, a expressão «em estabelecimento de saúde legalmente autorizado» está directamente vinculada à expressão «despenalização». Por ser intuitivamente impossível acontecer a despenalização num hospital público (a despenalização é um acto jurídico, alheio ao sistema de saúde nacional, como certamente concorda), volto a perguntar se será legítimo considerar que esta frase/pergunta apresenta uma incongruência sintáctica, na medida em que a frase se desenvolve referindo-se à «interrupção voluntária da gravidez» (restringindo prazo, local, etc.), mas, estando, num ponto de vista sintáctico, a referir-se à «despenalização», tornando a frase sem nexo.
Esperando que agora tenha conseguido expressar-me correctamente,
Cumprimentos.
Quando é que se pode usar a expressão «dá pelo nome»?
A pergunta tem razão de ser porque aparece frequentemente escrita ou dita em casos que me suscitam dúvidas, como por exemplo dizer «o edifício "dá pelo nome" de Império», quando é certo que se eu o chamar por esse ou outro nome ele nunca me vai responder. Não dá mesmo pelo nome.
Sou estudante do curso de Direito, estou no 1.º semestre, tenho um seminário na disciplina de Português para apresentar sobre o tema «Coesão Textual» e encontro-me com terríveis dúvidas. Durante minha pesquisa sobre o assunto acima citado, encontrei diversos tipos de coesão, tais como:
Coesão referencial, que se divide em: substituição e reiteração.
Coesão recorrencial, divide-se em: paralelismo, paráfrase, recursos fonológicos e recorrência de termos.
Coesão sequncial, a qual apresenta: temporal e conecção, esta divide-se em: interfrástica, parafrástica e frástica.
Gostaria de saber se estou no caminho certo na minha pesquisa. Se estou acertando, por favor, avisem-me; se estou errando, onde esta meu erro?
Estou com problemas em conceituar essas coesões, gostaria da ajuda de vocês.
Antecipadamente obrigada pela atenção.
Estou em dúvidas na flexão do plural das palavras:
«mico-leão dourado»
«ararinha-azul»
Tenho dúvidas também nas seguintes flexões de semântica:
«Pesquisadores que (...) na defesa da ararinha-azul sabiam que (...) difícil impedir a extinção delas.»
Verbos a se flexionarem: «envolver-se» e «ser» + pronome «lhes»
Aguardo a resposta a essas duas dúvidas.
Obrigada desde já.
Hoje vi uma pergunta que me pedia para revelar os elementos de construção textual utilizados numa certa frase (da qual não me recordo).
Podiam-me elucidar a que parte da língua pertence este tema e a que se refere?
Eu gostaria de saber quando se pede para analisarmos os mecanismos de coesão linguística num determinado texto, que aspectos devemos abordar. Ficaria muito agradecida se me pudessem responder.
Na resposta de 15/11/99, "Pretérito perfeito composto do conjuntivo em orações", J.N.H. me explicou nitidamente a sequência de tempos passados nos exemplos que apresentei. Agora entendo que em frases com duas orações, com o verbo principal (verbo 1) em pretérito perfeito simples e com o verbo da oração subordinada (verbo 2) em tempo passado, o verbo 2 vai no pretérito imperfeito do conjuntivo em muitos exemplos.
Seguindo este padrão, eu posso dizer:
1a. Foi bom que ele saísse daqui.
Eu concordo com J.N.H. que a seguinte frase, já apresentada, é incorreta:
2. *Eu não achei que José tenha bebido todo o vinho da garrafa.
A minha dúvida agora é que D. P. Cegalla, na "Novíssima Gramática da Língua Portuguesa", 34.ª edição, p. 489, apresenta este exemplo:
1b. Foi bom que ele tenha saído daqui.
Por que o exemplo 1b é aceitável e o exemplo 2 não o é?
Será que o pretérito perfeito composto do conjuntivo é aceitável porque anuncia um facto passado tido como concluído?
No exemplo 2, o verbo principal, "não achar", não é um verbo que expressa sentimento. Já no exemplo 1b, o verbo principal é de sentimento ("ser bom"). Será que esta diferença tem importância na sequência de tempos?
Parabéns pela iniciativa que fiquei a conhecer através de um jornal. Gostaria que me respondessem, relativamente a três dúvidas que me assaltam sempre que pego num jornal ou sebenta de estudo, que são as seguintes:
– tenho quase a certeza de, na escola primária, ter aprendido que antes das palavras e e mas não se colocam vírgulas;
– que não se devem começar frases com E (...) ou com Mas... Estou enganada?
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