Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Tempo/Modo/Pessoa/Número (verbos)
Mário Barros Portugal 12K

Como se conjuga o verbo polir (dar lustre, brunir; educar, civilizar)?

Lars Hedin Professor de Português Estocolmo, Suécia 12K

O prezado José Neves Henriques escreveu:
"Sabemos que o indicativo é o modo verbal que nos apresenta os factos verdadeiros, reais ou tidos como tal. E que o conjuntivo (ou subjuntivo no Brasil) é o modo que nos apresenta os factos incertos e os não reais."
Tenho cá esta pergunta:
Se esta é a explicação do conjuntivo / subjuntivo, porque é que usamos este modo em casos como o seguinte:
"É pena que eu não saiba falar chino."
Porque eu não sei falar chino – é um fa[c]to certo e real.
Existem casos nos quais o conjuntivo / subjuntivo é usado para casos certos e reais?
Obrigado.

Eugênio Geppert Chicago, EUA 6K

Na resposta de 15/11/99, "Pretérito perfeito composto do conjuntivo em orações", J.N.H. me explicou nitidamente a sequência de tempos passados nos exemplos que apresentei. Agora entendo que em frases com duas orações, com o verbo principal (verbo 1) em pretérito perfeito simples e com o verbo da oração subordinada (verbo 2) em tempo passado, o verbo 2 vai no pretérito imperfeito do conjuntivo em muitos exemplos.

Seguindo este padrão, eu posso dizer:

1a. Foi bom que ele saísse daqui.

Eu concordo com J.N.H. que a seguinte frase, já apresentada, é incorreta:

2. *Eu não achei que José tenha bebido todo o vinho da garrafa.

A minha dúvida agora é que D. P. Cegalla, na "Novíssima Gramática da Língua Portuguesa", 34.ª edição, p. 489, apresenta este exemplo:

1b. Foi bom que ele tenha saído daqui.

Por que o exemplo 1b é aceitável e o exemplo 2 não o é?

Será que o pretérito perfeito composto do conjuntivo é aceitável porque anuncia um facto passado tido como concluído?

No exemplo 2, o verbo principal, "não achar", não é um verbo que expressa sentimento. Já no exemplo 1b, o verbo principal é de sentimento ("ser bom"). Será que esta diferença tem importância na sequência de tempos?

Márcio Coimbra Brasil 8K

A dúvida é esta - com o verbo preferir, no sentido de querer antes, qual o pronome pessoal, referente a primeira pessoa do singular, que deveria ser utilizado e de que forma, em frases como as que a seguir lhes apresento:

  1. Ela prefere "a mim" a ti.
  2. Ela prefere "mim" a ti.
  3. Ela prefere "eu" a ti.
  4. Ela "me" prefere a ti.
  5. Ela prefere-"me" a ti. 

Estas frases poderiam estar no seguinte contexto: estou conversando com alguém e quero informar a esta pessoa que, entre nós dois, é a mim que uma certa mulher quer mais.

Analisando essas possíveis frases, pensei o seguinte:

  1. A frase "1" não caberia, porque teríamos duas preposições "a", em desacordo com a regência do verbo preferir.

  2. A "2" apresenta o pronome "mim" sem estar antecedido por uma preposição, de forma que também não seria aceitável.

  3. A "3" teria o pronome "eu" na função de objeto direto, o que também não seria possível.

  4. A "4" parece-me, gramaticalmente, a melhor; apesar de me soar meio estranho e até de uma certa forma ambígüa: o "me" poderia ser um pronome de interesse (interesse meu no fato que informo) e, então, a pessoa preferida indicada pela frase já não seria eu, mas sim meu interlocutor.

  5. A "5", uma variante da "4", teria também o inconveniente de uma má colocação do pronome "me", tendo em vista que o pronome "ela", segundo me consta, obrigaria a próclise.

Assim sendo, acredito que somente a frase "4" seria correta, ainda que ambígüa. Por favor, corrijam-me se estiver errado. Talvez não seja possível, com estes pronomes pessoais, construir, da forma como pretendo (preferir alguém a outrem), uma frase que seja clara, e devesse, então, optar por outras alternativas.

Agradeço-lhes qualquer ajuda que leve um pouco de luz a esta confusão que estou fazendo.

Henry Corazza Sef Estatístico Brasil 10K

Sou estatístico e estou escrevendo a minha tese de mestrado. Meu orientador faz questão de dizer que a seguinte frase está correta:

"Há evidências de que a escova A é melhor do que a B". Tenho certeza de que o certo é:

"Há evidências de que a escova A seja melhor do que a B". Como poderei convencê-lo de que a minha frase é a correta?

J. Damião Portugal 28K

Ele fôra (ou fora?) deputado em 1976.
Verbo poder: ele pôde (ou pode?) fazer aquilo porque …
A dúvida surgiu ao ler jornais em que o acento surgia em uns casos e em outros não. Qual a forma correcta? Obrigado, desde já, pela atenção e pela iniciativa.

Madalena S. Tavares 28K

Qual é a forma correcta: eles constroiem ou eles constroem?