«Pode conhecer-se muitos lugares», ou «pode-se conhecer muitos lugares»?
Na frase «associamos aquela época a um mundo de barbárie», qual é a função sintática de «a um mundo de barbárie»?
Se atentarmos na definição de complemento indireto apresentada na vossa página por Edite Prada:
«[...] o complemento indireto tem, segundo a Moderna Gramática Portuguesa de Bechara, pág. 42, as seguintes características:
a) «É introduzido pela preposição a ou mais raramente para»;
b) a palavra que o expressa «designa um ser animado ou concebido como tal»;
c) «expressa o significado gramatical de ‘beneficiário’ ou destinatário»;
d) «é comutável pelo pronome pessoal objetivo lhe/lhes» (= a ele/a eles).
Pela descrição de Bechara, podemos concluir que o complemento indireto é um nome antecedido de uma preposição que pode ser a ou para.»
Se procedermos à substituição de «a um mundo de barbárie» por lhe, obtemos a frase: «Associamos-lhe aquela época.». Esta frase suscita-me duas questões. Por um lado parece-me que a sua aceitabilidade é discutível, por outro acho que não preenche a característica enunciada em c). Em síntese, «a um mundo de barbárie» é ou não um complemento indireto?
Agradeço o vosso trabalho.
Uma mulher fala:
«O salário de todos está atrasado. Eu mesma/mesmo não recebi o meu ainda.»
1: Qual é o correto neste caso?
2: Qual a função sintática?
A expressão «poder-so-ia dizer», significando «poder-se-ia dizer isso», está correta? Acho difícil encontrar informação sobre essa fusão de pronomes (p. ex., como em «traz-mo»).
Durante as férias, enquanto lia Kafka, deparei com esta frase que me deixou sobressaltado, não se desse o caso de que não soubesse que fazer, sequer dizer, quanto à concordância. Senão, vejamos: «As crueldades que está na sua natureza eles cometerem.» A fim de que resolvesse esta incongruência, primeiro, elaborei outra frase que pretendia análoga: «Está na sua natureza eles cometerem crueldades.» Não considerei pertinente, pois, introduzir o determinante artigo definido feminino plural.
Obrigado.
Na expressão «não vos faz querer ler o livro», se eu quiser substituir «o livro» por um pronome pessoal, como devo proceder? Eu responderia «não vo-lo faz querer ler», mas estou em dúvida também com «não vos faz querer lê-lo». Qual das formas está correta (ou ambas são corretas)?
Agradeço a atenção.
Na frase «Não tenho nada que te dar nos teus anos», como se classifica a oração «que te dar nos teus anos»?
Grata pela vossa ajuda.
No verso «Ah, que ninguém me dê piedosas intenções» [de Cântico Negro], de José Régio, a que classe e subclasse pertence a palavra que?
Obrigada.
A frase «Eu gostaria de lhe oferecê-lo» é correta?
Em:
«Havia cinco alunos, dos quais três já desistiram de ir ao evento.»
Qual a função sintática que o pronome relativo exerce na oração a qual pertence?
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