Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Aleksandr Ivanov Tradutor Moscovo, Rússia 1K

Sou tradutor profissional e gosto muito do vosso trabalho, considerando-o extremamente útil e importante, especialmente para os tradutores profissionais. A minha pergunta é:

Qual das duas frases nos exemplos abaixo é correta? (refiro-me à preposição "de" ou "em" que precede a palavra "vídeo")

– Isilda Gomes dirige-se aos portimonenses em mensagem de vídeo;

– Não foi a única iniciativa do Papa, que também enviou uma mensagem em vídeo aos participantes.

As minhas tentativas de encontrar uma resposta convincente na Internet não deram resultado.

Desde já agradeço a atenção dada à minha pergunta.

Miguel de Azevedo Técnico superior Porto, Portugal 2K

A propósito do misterioso objecto que tem, nos últimos dias, aparecido e desaparecido nos EUA reparei na grafia monólito, que me era até aqui desconhecida, uma vez que sempre disse/escrevi "monolito" — sem a tónica na segunda sílaba e sem acento agudo.

Pergunto se esta norma será recente já que trabalhos académicos que encontrei, em português europeu, usam da grafia "monolito". E, pela mesma lógica, escrevemos "monografia" e não "monógrafia" ou, se quisermos, "monocelha" e não "monócelha". "Megafone", e não "megáfone", etc etc.

Uma pedra/pedra única, mono + lito, "monolito".

O que me está a escapar?

 

 O consulente adota a ortografia de 1945.

Hélia Galvana TEFL Faro, Portugal 2K

Por que razão catarse se pronuncia "catarZe" e não "catarSe"?

Franqueira Neto Jornalista Macau, Região Administrativa Especial de Macau – China 986

Costumo aplicar o termo «grandes (ou pequenas) dimensões», no plural, para coisas mensuráveis em termos espaciais, já que a largura, altura, etc. corresponderiam, cada uma, a uma dimensão; e, por outro lado, «grande (ou pequena) dimensão», para coisas que não se medem dessa forma.

Por exemplo: «um móvel de grandes dimensões», mas «um ataque aéreo de grande dimensão».

Recentemente, tenho-me deparado com um uso diverso, nomeadamente um caso em que se falava em «contentores de lixo de grande dimensão».

Isto é correcto ou fazia sentido a distinção que tenho vindo a aplicar?

 

 O consulente adota a ortografia de 1945.

Lucas Tadeus Oliveira estudante Mauá, Brasil 1K

Em «Olegário só podia votar contra», é correto terminar a frase com a preposição? Aliás, fora este caso, há exceções para terminar frase com preposição?

Obrigado.

Roberlei Gentil Toniete Vendedor Santo André - SP, Brasil 2K

Referir-se à pessoa que nasce no Brasil como brasileiro ou brasileira me parece um equívoco. Na verdade, remete a um tratamento pejorativo e que foi nacionalmente incorporado.

O termo tem origem na forma que o antigo português tratava seu patrício ao retornar a Portugal, vindo do Brasil. Na língua portuguesa, as palavras com sufixo -eiro ou -eira designam atividade laboral. São os casos de pedreiro, costureira, marceneiro, torneiro, e por aí vai.

Consultando dicionários, encontrei como principais gentílicos, brasiliano e brasílico. Há outros. As pessoas de língua inglesa tentam nos ajudar nos chamando de Brasilian. Os de língua espanhola também. Nos chamam de brasileños.

Vendo alguns gentílicos nacionais, vejo que na Bahia há maleiro, que é pejorativo. No Piauí há piauizeiro, que também é pejorativo. Ambos com sufixo -eiro.

Acredito que está na hora de nos recompormos e mudarmos a forma com que nos chamamos.

Grato.

Eduardo Augusto B S Siqueira Engenheiro Volta Redonda, Brasil 1K

Tenho visto utilizarem o portanto no lugar da expressão «tanto é que». Por exemplo:

«O Brasil é um país desigual, tanto é que existem favelas ao lado de condomínios de luxo.»

Eu vejo falarem «O Brasil é um país desigual, portanto que existem favelas ao lado de condomínios de luxo [sic]».

Esta forma soa tão mal para mim.

Gostaria de saber se há algum fundamento nesta utilização e se há algum sinônimo para a expressão «tanto é que».

Luísa Costa Hölzl Leitora do Instituto Camões em Salzburgo Munique, Alemanha 1K

Nesta frase de uma crónica do escritor brasileiro Luís Fernando Veríssimo «O homem perguntou se o que o garoto estava fazendo era ornamentos para os torreões do castelo», não teria de haver concordância entre o predicativo do sujeito e o auxiliar ser?

Grata pela ajuda.

Amelia Russo de Sá Aposentada das Nações Unidas Moçambique/ Portugal 1K

No artigo "Reduções de palavras que não são abreviaturas" de 26-11-2020, João Nogueira da Costa afirma o seguinte :

«O adjetivo belo tem a forma reduzida bel que se usa unicamente com o vocábulo prazer: «fazer algo a seu bel-prazer.»

A minha pergunta é : por que é a palavra belver (ou "bel-ver"?) não é considerada uma forma reduzida como bel-prazer? .

Muito obrigada pela atenção

Sara Leite Professora Feira, Portugal 5K

Qual é o tempo verbal mais adequado – presente do conjuntivo ou futuro do conjuntivo – às seguintes frases?

Caso seja possível usar ambos os tempos verbais, existe alguma diferença de significado entre as frases resultantes?

Quais as regras gerais de aplicação de um ou outro tempo verbal nas orações relativas?

Podemos discutir outras propostas que considerem melhores. Podemos discutir outras propostas que considerarem melhores

Podes escolher a casa que quiseres. Podes escolher a casa que queiras

Podes escolher uma casa que quiseres. Podes escolher uma casa que queiras

Aquele que quiser, pode vir comigo. Aquele que queira, pode vir comigo

Podes fazer o que queiras. Podes fazer o que quiseres

Fique onde eu lhe diga. Fique onde eu lhe disser.